01/04/2020

Mesmo sob decreto de isolamento, população lota agências da Caixa Econômica Federal




Apesar do decreto do governador do Estado de São Paulo, que busca diminuir a circulação de pessoas na rua e da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para manter o isolamento social, a Caixa tem registrado filas imensas todos os dias na frente de suas agências.

A APCEF/SP tem recebido relatos diariamente desta situação, além da reclamação de não haver luvas, álcool em gel e máscaras suficientes para o atendimento. “Bancário não é imune, temos família e pessoas em situação de risco em casa”, indignou-se um empregado na rede social, entre várias das manifestações de empregados da Caixa.

A Caixa tem divulgado o atendimento prioritário pelos canais digitais e apenas serviços considerados essenciais deveriam ser atendidos na agência. No entanto, a realidade é bem diferente. “Uma senhora me disse que aproveitou a quarentena pra resolver umas coisinhas no banco”, contou outro empregado. A projeção é que o cenário piore ainda mais com os pagamentos dos auxílios emergenciais ainda a serem sancionados pelo governo. “Tem gente que fica na fila só pra saber quando vai poder receber o auxílio emergencial, que nem foi aprovado ainda”, relatou outro empregado da Caixa.

A campanha de marketing que a Caixa havia dito que faria nos meios de comunicação, para informar e conscientizar a população, até agora não saiu do papel.

Reivindicações continuam – Por conta das reivindicações da APCEF/SP, Sindicatos dos Bancários, CEE e Comando Nacional, a Caixa tomou diversas medidas como o teletrabalho nas áreas-meio e, nas agências, 70% dos empregados estão em regime de home office e o restante em regime de escala semanal. No entanto, a Caixa ainda precisa tomar outras providências para proteger a saúde dos empregados que permanecem nas agências, terceirizados e da população.

Os representantes dos empregados sugerem que seja feito agendamento para atendimento da população, além da disponibilização de meios digitais para que as pessoas possam receber o auxílio emergencial.

Outra reivindicação diz respeito à não cobrança de metas e à suspensão da reestruturação. 

Entidades cobram ações para garantir materiais de proteção

A APCEF/SP, representando o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, e a Agecef/SP enviaram nesta quarta-feira, 1 de abril, ofício à Gilog/SP, Gipes/SP e SUVSP reforçando a cobrança de compra imediata de máscaras, luvas e álcool em gel para uso diário dos empregados.

As entidades representativas têm recebido denúncias de diversos trabalhadores sobre a falta dos materiais, indispensáveis para proteção da saúde de todos neste momento de pandemia do novo coronavírus.

Apesar do aumento no valor do pronto-pagamento para a aquisição destes materiais essenciais, na prática, as unidades têm se deparado com a indisponibilidade dos produtos para compra.

No ofício, as entidades sugerem a compra centralizada com posterior distribuição a mais rápido possível.

:: Clique aqui para ler o ofício.

:: Caso tenha problemas em sua unidade, clique aqui e denuncie.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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