18/02/2020
Déficit da Funcef aumenta ao longo de 2019; montante negativo chegou a R$ 6,4 bilhões

A Funcef divulgou o resultado consolidado referente ao período de janeiro a novembro de 2019 e os números são desanimadores. O deficit acumulado nos planos de benefício da fundação chegou a R$ 6,447 bilhões, representando aprofundamento de R$ 1,224 bilhão na comparação com dezembro de 2018.
O resultado apresentado pela Fundação agrava a situação dos participantes. Após equacionar os R$ 5,4 bilhões negativos em 2016, a fundação conseguiu acumular, só no ano de 2017, R$ 6,5 bilhões de reais de deficit. No ano de 2018, com resultado positivo de R$ 1,3 bilhão, o deficit acumulado regrediu para R$ 5,2 bilhões, mas no acumulado do ano de 2019 o deficit não só já neutralizou o resultado positivo do ano anterior como aumentou para R$ 6,4 bilhões.
Como o deficit correspondente ao ano de 2016 foi integralmente equacionado por meio das contribuições extraordinárias, o deficit apresentado em 2019 diz respeito somente aos anos de 2017, 2018 e 2019.
Acompanhando os demais resultados mensais de 2019, o Reg/Replan Saldado apresentou perda de R$ 1,207 bilhão nos onze meses do ano, e o Não Saldado marcou R$ 42,7 negativos.
No Novo Plano houve ganho, mas insuficiente para eliminar o negativo acumulado. O REB apontou positivo de R$ 10 milhões. Para esses dois planos, deficits ou superavits se aplicam ao grupo de aposentados e pensionistas. Por sua modalidade, na fase contributiva o participante ainda acumula saldo para o cálculo do benefício. Mas esse saldo, evoluindo aquém do esperado, formará reserva menor e, no futuro, benefício menor.
Segundo análise do Observatório do Participante, os investimentos estruturados, operações com participantes e ações a mercado trouxeram maiores ganhos. “Os investimentos estruturados, segmento que inclui os fundos de investimentos em participações (FIP), marcaram rentabilidade de 12,73%. Operações com participantes (empréstimos), positivo de 10,77%, e ações a mercado, 26,32%. Por outro lado, Fundo Carteira Ativa II (Cia. Vale) registrou variação negativa de 12,1%, com perda R$ 845,2 milhões. A participação nesse fundo é significativa no Reg/Replan, forma saldada e não saldada. No Novo Plano e REB, bem menos. Para os demais segmentos destacados, o de renda fixa se sustentou com títulos públicos na curva (a serem resgatados no vencimento). Os títulos públicos a mercado (disponíveis para negociação independentemente do vencimento) tiveram rentabilidade de 5,65%, portanto inferior à meta”.
Apesar dos investimentos estruturados apresentarem a maior rentabilidade no Saldado, plano que apresenta o maior deficit da Funcef, a alocação de recursos neste segmento é mínima. Apenas 2,4% dos investimentos estão direcionados a essa carteira, que apresenta rentabilidade de 13,12%. Comparativamente, renda fixa, investimento que concentra 55% de todos os investimentos do plano, apresentou rentabilidade de 8,9%.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Sindicato e Contraf-CUT solicitam antecipação da PLR da Caixa
- Movimento sindical e BB voltam às negociações para custeio do Plano Associados da Cassi
- Bora bater aquele bolão no Clube dos Bancários!
- Bancários aprovam proposta do Bradesco para novo PPR Supera
- Itaú antecipará pagamento da PLR e da PCR para o dia 25
- 1º semestre da Funcef registra rentabilidade acima da meta atuarial
- Representantes do GT Banco do Futuro definem pautas da próxima reunião com a Caixa
- Sindicato celebra o Dia do Bancário com show de prêmios e reconhecimento à categoria
- Bancários do Bradesco votam proposta do Programa Supera em assembleias nesta sexta-feira (29)
- Receita enquadra fintechs nas mesmas exigências de transparência dos bancos
- Dia do Bancário: história de luta, conquistas e transformação social
- Megaoperação revela que PCC utiliza fintechs para lavar bilhões de reais
- Dia do Bancário: Sindicato presente nas agências reforça diálogo e defesa de direitos
- Sindicato alerta para nova tentativa de golpe utilizando nosso parceiro jurídico Crivelli Advogados
- Sindicato vai às ruas em defesa do Banco do Brasil e da soberania nacional