29/10/2019
Seeb Catanduva apoia a candidatura de Maria Rita Serrano para o CA da Caixa Federal
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, à exemplo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades representativas, apoia a candidatura à reeleição da atual conselheira, Rita Serrano, para a eleição de representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, que vai ocorrer entre os dias 18 e 22 de novembro.
“Esse apoio é que dá o respaldo para fazer o enfrentamento que precisamos realizar no Conselho contra o fatiamento da Caixa e o ataque aos direitos dos empregados. É a primeira vez que as entidades se unem em uma eleição, por entenderem que o momento exige uma visão mais ampla e o fortalecimento da nossa capacidade de luta. A empresa e o país estão sob risco e precisamos estar juntos para resistir”, disse a conselheira, se referindo à união das entidades representativas dos empregados do banco, sindicatos e federações de bancários, e centrais sindicais em torno de uma mesma candidata, que luta em defesa da Caixa 100% pública e dos direitos dos trabalhadores, ameaçados pela política privatista do atual governo.
O coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, lembrou que a eleição para conselheiro represente dos trabalhadores é uma conquista histórica da categoria. “As entidades representativas estão juntas para ter esse mandato de caráter coletivo. Nós fizemos uma discussão na comissão, que tem um representante por federação do país, para dar apoio à candidatura que entendemos que representa nossa posição de defesa da Caixa 100% pública”.
O diretor do Sindicato dos Bancários e empregado da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto, ressalta o compromisso de Rita Serrano e sua atuação no movimento sindical, na luta pelos direitos dos trabalhadores. "A atuação de Rita Serrano junto aos empregados da Caixa e pela manutenção dos Bancos Públicos é reconhecida de longa data pela categoria bancária. Os empregados precisam, agora, estar unidos para garantir sua reeleição e também dar o apoio necessário, estar mobilizados para impedir que as decisões do CA prejudiquem os empregados e a própria população", destaca Tony.
Eleição
O primeiro turno do pleito ocorrerá de 18 a 22 de novembro. O resultado será divulgado no dia 22 de novembro no Portal do Empregado. Caso nenhum candidato obtenha 50% mais um dos votos, haverá segundo turno de 2 a 6 de dezembro. Foram inscritas 203 candidaturas.
Podem votar todos os empregados ativos, mesmo estando de férias ou licença. A eleição será realizada pela rede do banco. O empregado deverá acessar eleicaoca.caixa, usando sua matrícula e senha.
CA Caixa
O Conselho de Administração é a principal instância decisória do banco. Define as políticas de atuação da empresa. Na Caixa, possui oito membros: o presidente do banco, seis conselheiros indicados pelo Ministério da Economia e um eleito.
Conquista histórica dos trabalhadores, como resultado da luta das entidades sindicais e associativas de todo o país, a eleição de representante dos empregados na Caixa tornou-se realidade a partir de 2013, quando ocorreu o primeiro pleito.
O papel do conselheiro eleito é representar os anseios dos trabalhadores, defender a integridade do banco e fiscalizar as ações da gestão. Podem participar do pleito empregados da Caixa que tenham formação escolar e profissional condizente com o cargo e outros critérios previstos no estatuto do banco. O eleito não pode participar das pautas que tratam das relações de trabalho.
Rita Serrano
Empregada da Caixa desde 1989, Rita Serrano participa do CA desde 2014, quando ocupou o cargo de suplente, sendo eleita titular em 2017. Mestre em Administração e graduada em Estudos Sociais e História, a atual conselheira tem longa trajetória no movimento sindical e social. Foi presidente do Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012, coordena desde 2015 o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e atualmente faz parte do Conselho Fiscal da Fenae.
“Um grande marco da nossa gestão foi ter conseguido impedir que a Caixa se tornasse S.A. (sociedade anônima) por duas vezes. A primeira por conta do Projeto de Lei 555, quando liderei, por meio do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, o processo contra a aprovação do projeto. E, em seguida, no debate da mudança estatutária da Caixa, em 2017, pois conseguimos articular uma grande frente nacional e a iniciativa foi derrotada”, relatou a conselheira.
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