19/09/2019
Bancários conquistam GT para discutir emprego e remuneração com o banco Itaú
A direção do Itaú esteve na manhã de quarta-feira (18) na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para se reunir com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Remuneração e emprego foram os principais temas da pauta.
Ficou definido que um grupo de trabalho (GT) será criado para debater remuneração. A reivindicação veio após a pesquisa realizada com os trabalhadores sobre os programas Score de Qualidade de Venda (SQV) e o Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir), apresentados para o banco na quarta-feira.
O levantamento mostrou que o SQV, lançado pelo banco para avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários, na verdade, tem penalizado os trabalhadores, com impactos negativos na saúde, como estresse e depressão. Já o Agir, a opinião da categoria é que o programa é injusto, pois estabelece – muitas vezes – metas inalcançáveis.
“O objetivo da criação do grupo de trabalho é alterar a forma de cobrança abusiva das metas e criar um pagamento proporcional dentro do programa, que hoje não existe. Atualmente, só recebe o Agir quem alcança 100% da meta estabelecida no programa. O que é injusto, pois a meta junta os números pessoais e os coletivos de cada agência”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.
"Há anos o Sindicato, e demais entidades representativas dos trabalhadores, tenta negociar os programas próprios do Itaú, a fim de diminuir as metas, e que elas sejam claras e alcançáveis. O GT para discutir emprego e remuneração é, portanto, uma conquista dos trabalhadores", reforçou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Sérgio Luís de Castro Ribeiro.
Emprego
Durante a reunião, o banco apresentou os números atuais de funcionários, por faixa etária e por áreas de atuação e os números de admissão de 2018 e de desligamento desde 2018. Os dados serão passados para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fazer um estudo que será debatido na próxima reunião, que deve acontecer entre 16 e 17 de outubro. Porém, os dirigentes sindicais já alertaram para o alto número de demissões ocorridas, em 2019, cerca de 8 mil.
O banco se comprometeu ainda a trazer para o encontro, os números atualizados de admissão de 2019 e o número de funcionários por raça e gênero. Além de possíveis alterações administrativas, como fechamento de agências e mudanças de nomenclaturas e funções dos cargos nas áreas operacionais e comerciais.
Convite
Os dirigentes sindicais aproveitaram a reunião para endossar o convite ao diretor de Pessoas a participar da reunião ampliada de representantes sindicais, com datas indicadas para o dia 28 de novembro ou dia 05 de dezembro. A pauta será a avaliação e o aprofundamento sobre os temas pertinentes às funcionárias e aos funcionários do banco que orientam as iniciativas das entidades sindicais em todo o país.
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