24/04/2019
Agente do mercado vai para a Caixa; Sindicato denuncia política de desmonte do banco
(Arte: Marcio Baraldi)
Aos poucos os postos de comando da Caixa Econômica Federal estão sendo aparelhados por agentes de mercado. Segundo o Valor Econômico, Luiz Fernando Figueiredo vai assumir a presidência do conselho de administração da Caixa Econômica Federal no lugar de Hélio Magalhães, que vai comandar o conselho de administração do Banco do Brasil.
Luiz Fernando Figueiredo é sócio fundador e CEO da Mauá Capital, empresa de gestão de recursos independentes que tem cerca de 6,5 bilhões de reais sob sua tutela. Luiz também foi diretor do Banco Central do Brasil e um dos fundadores da Gávea Investimentos.
Ainda de acordo com o Valor Econômico, o Banco do Brasil levantou dúvidas sobre a existência de um suposto "conflito de interesses" entre a gestora Mauá Capital, da qual Figueiredo é sócio, e o BB, sobretudo em relação à subsidiária BB DTVM.
“Causa preocupação que um agente do mercado presidirá o conselho de administração do principal banco público do país responsável pela gestão de diversos programas sociais. Essa indicação sinaliza que a função social do banco estará ainda mais ameaçada”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
Diante de um cenário ameaçador ao caráter social dessas instituições, o Sindicato dos Bancários de catanduva e Região tem ampliado a sua luta contra a política de desmonte da Caixa e as tentativas de privatização do banco público, seja por meio do diálogo nos locais de trabalho com clientes e bancários ou de atividades nas ruas, que visam enfatizar a necessidade de ampliação da resistência de toda a população.
“É fundamental que toda a sociedade continue na luta para pressionar o governo, a fim de evitar que a Caixa seja enfraquecida, diminuída ou privatizada. A Caixa é responsável pelo repasse de importantes programas, como o Fies e o Bolsa Família. Também é o banco do FGTS, do PIS, do Seguro-Desemprego e líder na concessão de crédito habitacional, fundamental para que milhares de pessoas realizem o desejo da casa própria. Sempre foi muito mais que um banco e por isso é tão importante que todos estejam unidos e organizados em sua defesa”, enfatiza o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, confirmou a existência de negociações para a venda das operações de cartões e seguridade. “Se elas saírem, em até dois anos dá para devolver R$ 40 bilhões [ao Tesouro].”
Entrega da Lotex
O leilão para a entrega das loterias operadas pela Caixa está previsto para ocorrer no dia 9 de maio, em mais um movimento claro de desmonte das políticas sociais operadas pelo banco.
Em 2017, as loterias Caixa registraram, de forma global, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Desse montante, quase metade (48%) foi destinada aos programas sociais. Se a venda for efetivada, o montante deverá ser reduzido drasticamente, já que o leilão prevê repasse social de apenas 16,7%.
Luiz Fernando Figueiredo é sócio fundador e CEO da Mauá Capital, empresa de gestão de recursos independentes que tem cerca de 6,5 bilhões de reais sob sua tutela. Luiz também foi diretor do Banco Central do Brasil e um dos fundadores da Gávea Investimentos.
Ainda de acordo com o Valor Econômico, o Banco do Brasil levantou dúvidas sobre a existência de um suposto "conflito de interesses" entre a gestora Mauá Capital, da qual Figueiredo é sócio, e o BB, sobretudo em relação à subsidiária BB DTVM.
“Causa preocupação que um agente do mercado presidirá o conselho de administração do principal banco público do país responsável pela gestão de diversos programas sociais. Essa indicação sinaliza que a função social do banco estará ainda mais ameaçada”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
Diante de um cenário ameaçador ao caráter social dessas instituições, o Sindicato dos Bancários de catanduva e Região tem ampliado a sua luta contra a política de desmonte da Caixa e as tentativas de privatização do banco público, seja por meio do diálogo nos locais de trabalho com clientes e bancários ou de atividades nas ruas, que visam enfatizar a necessidade de ampliação da resistência de toda a população.
“É fundamental que toda a sociedade continue na luta para pressionar o governo, a fim de evitar que a Caixa seja enfraquecida, diminuída ou privatizada. A Caixa é responsável pelo repasse de importantes programas, como o Fies e o Bolsa Família. Também é o banco do FGTS, do PIS, do Seguro-Desemprego e líder na concessão de crédito habitacional, fundamental para que milhares de pessoas realizem o desejo da casa própria. Sempre foi muito mais que um banco e por isso é tão importante que todos estejam unidos e organizados em sua defesa”, enfatiza o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, confirmou a existência de negociações para a venda das operações de cartões e seguridade. “Se elas saírem, em até dois anos dá para devolver R$ 40 bilhões [ao Tesouro].”
Entrega da Lotex
O leilão para a entrega das loterias operadas pela Caixa está previsto para ocorrer no dia 9 de maio, em mais um movimento claro de desmonte das políticas sociais operadas pelo banco.
Em 2017, as loterias Caixa registraram, de forma global, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Desse montante, quase metade (48%) foi destinada aos programas sociais. Se a venda for efetivada, o montante deverá ser reduzido drasticamente, já que o leilão prevê repasse social de apenas 16,7%.
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