11/03/2019
Com alta na renda variável e FIPs, deficit acumulado da Funcef diminui R$ 1,6 bilhão

Renda variável teve rentabilidade de 19,77%, investimentos estruturados renderam 14,88% e
operações com participantes,11,8%, enquanto títulos do Tesouro Nacional ficaram em 9,8%
O balancete de novembro de 2018, disponibilizado pela Funcef no dia 1 de março, mostra que o deficit acumulado nos planos teve redução de 24,6%. O valor foi equivalente a R$ 1,6 bilhão e chegou a R$ 4,911 bilhões. Os resultados foram puxados pela rentabilidade da renda variável e dos FIPs, e poderiam ter sido ainda mais expressivos se a carteira de investimentos da Fundação não estivesse tão concentrada em títulos públicos.
Com a redução do deficit, torna-se improvável um novo equacionamento. A notícia faz crescer ainda mais a expectativa dos participantes de que a Funcef fará a revisão dos planos de equacionamento em vigor, como forma de reduzir o impacto das contribuições extraordinárias no bolso de milhares de trabalhadores.
Renda variável e FIPs puxam resultado para cima
Até novembro do ano passado, a rentabilidade dos planos foi de 11,92% ante meta de 7,54%. Os ativos de renda variável tiveram o melhor desempenho, com rentabilidade de 19,17%. A Funcef mantém ¼ de seus ativos em renda variável.
Entre esses investimentos está o Fundo Carteira Ativa II, por meio do qual se dá a participação na Vale. Esse ativo foi contabilizado por R$ 7,1 bilhões ante R$ 5.4 bilhões de dezembro de 2017, numa variação positiva de 31,5%.
Os investimentos estruturados, com 14,88%, foram novamente outro destaque na carteira da Funcef. Nessa modalidade se enquadram os FIPs, como Neo Energia (Belo Monte), por exemplo. Embora apresentem a segunda maior rentabilidade, os estruturados respondem por apenas 2,7% da carteira da Fundação.
Crédito aos participantes rende mais que títulos públicos
A maior parte dos investimentos dos planos da Funcef está aplicada em ativos de renda fixa, como os títulos do Tesouro Nacional. Quase 60% desses ativos estão nos chamados títulos públicos, que entregaram rentabilidade de 9,8% entre dezembro de 2017 e novembro de 2018. No Novo Plano, a concentração em renda fixa chega a 69,37%.
“Os gestores da Funcef estão na zona de conforto. Se fizessem como outros fundos, que equilibram melhor suas carteiras e colocam mais recursos em renda variável, por exemplo, poderíamos ter resultados ainda mais expressivos agora”, avalia a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
A grande concentração em ativos mais conservadores e com menor rentabilidade tem sido comum nos últimos anos, o que levou a Funcef a perder várias oportunidades de recuperação.
A renda fixa perde, inclusive, para as operações com participantes, segmentação que contempla ainda a linha de crédito do Credplan. O retorno obtido pela Fundação, a partir dos juros cobrados dos participantes, chegou a 11,8% no período, enquanto os títulos públicos pagaram 9,8%.
A Funcef ganha mais cobrando juros dos participantes do que com os títulos do Tesouro Nacional.
Com a redução do deficit, torna-se improvável um novo equacionamento. A notícia faz crescer ainda mais a expectativa dos participantes de que a Funcef fará a revisão dos planos de equacionamento em vigor, como forma de reduzir o impacto das contribuições extraordinárias no bolso de milhares de trabalhadores.
Renda variável e FIPs puxam resultado para cima
Até novembro do ano passado, a rentabilidade dos planos foi de 11,92% ante meta de 7,54%. Os ativos de renda variável tiveram o melhor desempenho, com rentabilidade de 19,17%. A Funcef mantém ¼ de seus ativos em renda variável.
Entre esses investimentos está o Fundo Carteira Ativa II, por meio do qual se dá a participação na Vale. Esse ativo foi contabilizado por R$ 7,1 bilhões ante R$ 5.4 bilhões de dezembro de 2017, numa variação positiva de 31,5%.
Os investimentos estruturados, com 14,88%, foram novamente outro destaque na carteira da Funcef. Nessa modalidade se enquadram os FIPs, como Neo Energia (Belo Monte), por exemplo. Embora apresentem a segunda maior rentabilidade, os estruturados respondem por apenas 2,7% da carteira da Fundação.
Crédito aos participantes rende mais que títulos públicos
A maior parte dos investimentos dos planos da Funcef está aplicada em ativos de renda fixa, como os títulos do Tesouro Nacional. Quase 60% desses ativos estão nos chamados títulos públicos, que entregaram rentabilidade de 9,8% entre dezembro de 2017 e novembro de 2018. No Novo Plano, a concentração em renda fixa chega a 69,37%.
“Os gestores da Funcef estão na zona de conforto. Se fizessem como outros fundos, que equilibram melhor suas carteiras e colocam mais recursos em renda variável, por exemplo, poderíamos ter resultados ainda mais expressivos agora”, avalia a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
A grande concentração em ativos mais conservadores e com menor rentabilidade tem sido comum nos últimos anos, o que levou a Funcef a perder várias oportunidades de recuperação.
A renda fixa perde, inclusive, para as operações com participantes, segmentação que contempla ainda a linha de crédito do Credplan. O retorno obtido pela Fundação, a partir dos juros cobrados dos participantes, chegou a 11,8% no período, enquanto os títulos públicos pagaram 9,8%.
A Funcef ganha mais cobrando juros dos participantes do que com os títulos do Tesouro Nacional.
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