10/12/2018
Banco Itaú adia resposta sobre reajuste do PCR
(Foto: Contraf-CUT)
Em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), na quinta-feira (6), em São Paulo, o banco Itaú não apresentou a resposta sobre as propostas de reajuste do valor das bolsas de estudo e do Programa Complementar de Resultados (PCR).
O banco não deu uma nova data para a apresentação da resposta, mas uma nova reunião deve ser agendada ainda para 2018.
“O banco ainda está estudando a proposta. Esperamos que na próxima reunião isso seja resolvido e, quando for pago, o PCR venha com o valor calculado da forma como pedimos”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.
Em reunião realizada no dia 8 de novembro, os trabalhadores entregaram uma proposta para que a PCR passe a distribuir 2% do lucro líquido do banco aos funcionários. Mais do que valorizar a PCR, essa proposta vai no mesmo sentido do que o banco prega, que é a valorização dos esforços de seus trabalhadores.
“Nos nove primeiros meses de 2018 o Itaú obteve um lucro líquido de R$ 19,255 bilhões. É possível avançar na proposta e oferecer um pouco mais para para os bancários”, ressaltou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e membro da COE do Itaú, Mauri Sergio Martins de Souza.
> Lucro do Itaú chega a R$ 19,25 bi nos nove primeiros meses do ano
Bolsas de estudos
Com relação às bolsas de estudos, os trabalhadores reivindicam o reajuste do valor, que atualmente vai até R$ 390,00, e também o aumento do número de bolsas concedidas. Hoje o banco concede 5.500 bolsas. “A demanda por bolsas de estudo é muito maior. Para 2018, houveram 8.742 inscrições. Toda empresa tem interesse que seus funcionários busquem formação para poderem atender seus clientes. A bolsa de estudo é um incentivo para que isso aconteça”, reivindicou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Turnover
O banco apresentou os dados sobre o número de demissões e de contratações de funcionários (turnover) em 2018. A taxa de tounover ficou em aproximadamente 10%. “No saldo o banco contratou mais do que demitiu neste ano, mas os novos funcionários entram ganhando muito menos do que os demitidos. O banco reduz o ganho dos funcionários e aumenta seu lucro. Os funcionários se sentem desvalorizados e ficam inseguros. Isso não contribui em nada com o clima no ambiente de trabalho”, criticou Mauri.
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