14/11/2018
Trabalhadores distribuem carta aberta à Ana Botín reivindicando respeito e valorização
Na manhã de quarta-feira (13), a presidenta mundial do Grupo Santander, Ana Botín, visitou os trabalhadores da Torre, matriz do banco espanhol no Brasil. A executiva realizou uma conversa com cerca de mil funcionários, em auditório fechado. O movimento sindical, representado na ocasião pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, aproveitou a presença da presidenta mundial do Santander para distribuir carta aberta na qual cobra melhores condições de trabalho, fim das demissões compulsórias, liberdade sindical e responsabilidade social por parte do banco espanhol.
Para os representantes dos trabalhadores, a visita de Ana Botín ao Brasil é uma ótima oportunidade para reivindicar a interferência da matriz espanhola do Santander, na pessoa da presidenta mundial, para que as negociações com o banco tenham efetividade; que os trabalhadores sejam tratados com respeito, sem que decisões sejam tomadas pela direção do banco no Brasil de forma unilateral, lesando bancários; o fim das demissões compulsórias, que só ocorrem no Brasil; liberdade sindical; e responsabilidade social, com a redução das tarifas e juros cobrados dos clientes brasileiros, ampliando assim a oferta de crédito.
A presidenta Ana Botín também visitou uma agência localizada em São Mateus, na zona leste da capital paulista, onde também foi recebida com protestos pelos trabalhadores. Na unidade foi feita a leitura da carta aberta para funcionários e clientes.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, destaca que o Brasil é o país responsável pela mais lucratividade do Santander e que os bancários, no mínimo, merecem respeito através de melhores condições de trabalho e o fim das demissões injustificadas.
"Os trabalhadores brasileiros mais uma vez comprovaram sua competência e talento. Esperamos que Ana Botín, presidenta mundial do Grupo, destine a atenção necessária às codições de trabalho as quais os bancários estão submetidos e retribua a dedicação destes trabalhadores com a devida valorização", diz Trigo.
Discurso
No seu discurso, proferido para cerca de mil trabalhadores da Torre, Ana Botín destacou a necessidade de um avanço cada vez maior do Santander nos meios digitais, citou o projeto Café Work, e destacou a atuação social do banco. Já o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, abriu a sua fala destacando o bom desempenho do banco na pesquisa de clima.
A presidenta Ana Botín também visitou uma agência localizada em São Mateus, na zona leste da capital paulista, onde também foi recebida com protestos pelos trabalhadores. Na unidade foi feita a leitura da carta aberta para funcionários e clientes.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, destaca que o Brasil é o país responsável pela mais lucratividade do Santander e que os bancários, no mínimo, merecem respeito através de melhores condições de trabalho e o fim das demissões injustificadas.
"Os trabalhadores brasileiros mais uma vez comprovaram sua competência e talento. Esperamos que Ana Botín, presidenta mundial do Grupo, destine a atenção necessária às codições de trabalho as quais os bancários estão submetidos e retribua a dedicação destes trabalhadores com a devida valorização", diz Trigo.
Discurso
No seu discurso, proferido para cerca de mil trabalhadores da Torre, Ana Botín destacou a necessidade de um avanço cada vez maior do Santander nos meios digitais, citou o projeto Café Work, e destacou a atuação social do banco. Já o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, abriu a sua fala destacando o bom desempenho do banco na pesquisa de clima.
“A pesquisa exaltada por Sérgio Rial não tem relação com a realidade da rotina dos bancários no Santander. As pessoas não se sentem seguras para respondê-la de forma verdadeira. Nós, no Sindicato, diante das denúncias e reclamações que recebemos diariamente, temos a real dimensão das condições de trabalho no banco”, critica a coordenadora da COE do Santander, Maria Rosani.
Para a dirigente, a fala de Ana Botín também possui graves equívocos em relação à realidade brasileira e sobre as condições de trabalho no Santander.
“A presidenta Ana Botín ressaltou o papel do Brasil para o Santander e a atuação social do banco no país, além de pontuar com muita ênfase a necessidade de aprofundar a transformação digital no banco. Temos que contrapor sua fala de forma crítica no sentido de que ela ignora que uma parcela expressiva da população brasileira não está incluída digitalmente, que quem deve escolher o canal de atendimento é o usuário e não ser uma imposição do banco, e que os empregos dos bancários devem ser preservados. Além disso, quando cita o projeto Café Work, um novo formato de atendimento em shoppings, nos preocupa que uma pretensa inovação seja utilizada para passar por cima da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, desrespeitando jornada e outros direitos. Para se ter responsabilidade social no país, o Santander deve antes de tudo respeitar os direitos acordados com seus funcionários e parar de colaborar com a já elevada taxa de desemprego no Brasil, cessando sua política de demissões compulsórias”, conclui Rosani.
Para a dirigente, a fala de Ana Botín também possui graves equívocos em relação à realidade brasileira e sobre as condições de trabalho no Santander.
“A presidenta Ana Botín ressaltou o papel do Brasil para o Santander e a atuação social do banco no país, além de pontuar com muita ênfase a necessidade de aprofundar a transformação digital no banco. Temos que contrapor sua fala de forma crítica no sentido de que ela ignora que uma parcela expressiva da população brasileira não está incluída digitalmente, que quem deve escolher o canal de atendimento é o usuário e não ser uma imposição do banco, e que os empregos dos bancários devem ser preservados. Além disso, quando cita o projeto Café Work, um novo formato de atendimento em shoppings, nos preocupa que uma pretensa inovação seja utilizada para passar por cima da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, desrespeitando jornada e outros direitos. Para se ter responsabilidade social no país, o Santander deve antes de tudo respeitar os direitos acordados com seus funcionários e parar de colaborar com a já elevada taxa de desemprego no Brasil, cessando sua política de demissões compulsórias”, conclui Rosani.
Leia a íntegra abaixo:
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