13/11/2018
Exclusão e humilhação: Santander, precisamos conversar sobre meritocracia
(Imagem: Freepik)
Além de critério para a seleção dos bancários que irão participar da festa de fim de ano, o banco Santander tem utilizado constantemente a ilusória meritocracia para promover e destacar os “melhores” funcionários. Ao mesmo tempo, após atingir um determinado patamar salarial, estes últimos viram alvo de demissões sem justa causa.
Neologismo híbrido – formado pelo latim mereo (merecer) e pelo grego kratía (poder) –, o método estabelece uma relação direta entre mérito e poder. Todavia, o mito da meritocracia gera inúmeros problemas de discriminação, exclusão, falta de transparência e, no caso do Santander, a distorção de seu conceito. O que se percebe, no banco, é um modelo de gestão dúbio, contraditório, excludente, ineficiente e que, ao invés de estimular os trabalhadores, adoece, humilha e demite.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Luiz Eduardo Campolungo, destaca que o Sindicato sempre defendeu que a meritocracia quando utilizada como forma de valorização corrobora para um ambiente competitivo e doentio. E que, muito mais do que aumento de salário, os bancários do Santander querem respeito nas relações e condições de trabalho, garantia de emprego e transparência.
"Todos os funcionários são responsáveis pelo lucro líquido gerencial do Santander, que totalizou R$ 8,993 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, e por isso, merecem ser valorizados da mesma maneira. O discurso utilizado sobre meritocracia só colabora com a injustiça e com o abismo social e econômico do país", critica o diretor.
Atingir uma meta de alavancar negócios em um país em crise e num banco que pratica taxas e tarifas abusivas não se trata apenas de esforço pessoal e individual dos trabalhadores. Aspectos e situações externas, fatores na maioria das vezes fora do controle do trabalhador, interferem no alcance ou não da meta. Não atingir o objetivo, portanto, não significa que o bancário 'não se esforçou' o suficiente.
Vale lembrar que há muitas áreas que não possuem ferramentas adequadas para o bancário alcançar as metas estabelecidas. O caso mais emblemático é o da gerência digital, pois o Santander não tem sistemas eficientes de gestão da plataforma digital.
Campolungo destaca ainda que o banco finge conceder vantagens para uma parte de seus funcionários utilizando a meritocracia e, ao mesmo tempo, promove cortes usando como critério, via de regra, os altos salários. "Os bancários se empenham em atingir as metas impostas pela instituição, obtém salários acima do score da área e automaticamente viram alvo de desligamentos sem justa causa. O banco concede vantagens a parte de seus funcionários utilizando a remuneração como critério, ao mesmo tempo em que promove cortes usando como justificativa essa mesma questão. É contraditório!"
Deste modo, resta uma pergunta ao Santander: que meritocracia é esta que penaliza e persegue quem se destaca?
Neologismo híbrido – formado pelo latim mereo (merecer) e pelo grego kratía (poder) –, o método estabelece uma relação direta entre mérito e poder. Todavia, o mito da meritocracia gera inúmeros problemas de discriminação, exclusão, falta de transparência e, no caso do Santander, a distorção de seu conceito. O que se percebe, no banco, é um modelo de gestão dúbio, contraditório, excludente, ineficiente e que, ao invés de estimular os trabalhadores, adoece, humilha e demite.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Luiz Eduardo Campolungo, destaca que o Sindicato sempre defendeu que a meritocracia quando utilizada como forma de valorização corrobora para um ambiente competitivo e doentio. E que, muito mais do que aumento de salário, os bancários do Santander querem respeito nas relações e condições de trabalho, garantia de emprego e transparência.
"Todos os funcionários são responsáveis pelo lucro líquido gerencial do Santander, que totalizou R$ 8,993 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, e por isso, merecem ser valorizados da mesma maneira. O discurso utilizado sobre meritocracia só colabora com a injustiça e com o abismo social e econômico do país", critica o diretor.
Atingir uma meta de alavancar negócios em um país em crise e num banco que pratica taxas e tarifas abusivas não se trata apenas de esforço pessoal e individual dos trabalhadores. Aspectos e situações externas, fatores na maioria das vezes fora do controle do trabalhador, interferem no alcance ou não da meta. Não atingir o objetivo, portanto, não significa que o bancário 'não se esforçou' o suficiente.
Vale lembrar que há muitas áreas que não possuem ferramentas adequadas para o bancário alcançar as metas estabelecidas. O caso mais emblemático é o da gerência digital, pois o Santander não tem sistemas eficientes de gestão da plataforma digital.
Campolungo destaca ainda que o banco finge conceder vantagens para uma parte de seus funcionários utilizando a meritocracia e, ao mesmo tempo, promove cortes usando como critério, via de regra, os altos salários. "Os bancários se empenham em atingir as metas impostas pela instituição, obtém salários acima do score da área e automaticamente viram alvo de desligamentos sem justa causa. O banco concede vantagens a parte de seus funcionários utilizando a remuneração como critério, ao mesmo tempo em que promove cortes usando como justificativa essa mesma questão. É contraditório!"
Deste modo, resta uma pergunta ao Santander: que meritocracia é esta que penaliza e persegue quem se destaca?
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