30/10/2018
Crise pra quem? Lucro do Itaú ultrapassa os R$ 19 bilhões nos nove meses de 2018

O Banco Itaú obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 19,255 bilhões nos nove primeiros meses de 2018, com crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2017 e de 1,1% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) permaneceu estável em doze meses, ficando em 21,7%.
O menor custo do crédito e as maiores receitas com prestação de serviços foram os principais componentes que contribuíram para o desempenho.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 7,7% em doze meses, totalizando R$ 28,4 bilhões. O montante foi mais do que suficiente para cobrir as despesas de pessoal (R$ 17,6 bilhões).
“Somente com estas receitas secundárias, o banco conseguiu cobrir 161,58% das despesas que tem com os trabalhadores. É bom frisar que o valor destas receitas é ínfimo perto do que o banco fatura com as demais operações comerciais”, explicou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves. “Com tamanho lucro, o banco tem todas as condições para atender as reivindicações dos trabalhadores e melhorar a PLR, a PCR e outras verbas”, ressaltou o dirigente.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto, também destaca que a alta na lucratividade do Itaú deveria motivar o banco a colocar em prática sua responsabilidade social, contratando mais trabalhadores, reduzindo a sobrecarga de trabalho nas agências e melhorando o atendimento ao cliente.
"Os números divulgados pelo banco demonstram que o Itaú tem condiçõe suficientes de contribuir com a geração de emprego no país. Mas ao invés disso, extingue vagas e sobrecarrega os funcionários, colaborando para o adoecimento físico e mental desses trabalhadores. Nossa luta por mais contratações no maior banco privado do Brasil continua."
Emprego e postos de atendimento
A holding encerrou junho de 2018 com 87.070 empregados no país, com abertura de 4.669 novos postos de trabalho em doze meses, sendo 926 no trimestre. Segundo o banco, a expansão do quadro de funcionários deve-se à aquisição das operações de varejo do Citibank no Brasil (com 2.897 trabalhadores) e as contratações de consultores de seguros na rede de agências, além da maior contratação na área de tecnologia, visando acelerar o processo de transformação digital. No período, o saldo foi de 8 agências físicas e 17 agências digitais abertas (que somaram 3.531 e 173 unidades, respectivamente, em setembro de 2018). Entretanto, ao se considerar que 71 agências físicas do Citibank foram incorporadas ao grupo, o saldo, de fato, é de 63 agências físicas fechadas em doze meses.
Carteira
A carteira de crédito do banco apresentou crescimento de 10,6% em doze meses e 2,1% no trimestre, atingindo R$ 636,4 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 11,2% em relação a setembro de 2017, chegando a R$ 199,1 bilhões, com destaque para cartão de crédito, que cresceu 20,1% e crédito pessoal, com alta de 11,6%. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) no país somaram R$ 171,2 bilhões, com alta de 5,6%. O crescimento no segmento de grandes empresas foi de 0,7%, devido à baixa demanda por crédito no longo prazo.
Na América Latina, a carteira de crédito cresceu 26,5% em doze meses. O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,3 pontos percentuais no período, ficando em, apenas, 3,5%, desconsiderando-se a América Latina. Diante disso, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) caíram 22,6%, totalizando R$ 11,250 bilhões.
Veja abaixo a tabela resumo dos dados do balanço elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ou, se preferir, leia análise na íntegra.
O menor custo do crédito e as maiores receitas com prestação de serviços foram os principais componentes que contribuíram para o desempenho.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 7,7% em doze meses, totalizando R$ 28,4 bilhões. O montante foi mais do que suficiente para cobrir as despesas de pessoal (R$ 17,6 bilhões).
“Somente com estas receitas secundárias, o banco conseguiu cobrir 161,58% das despesas que tem com os trabalhadores. É bom frisar que o valor destas receitas é ínfimo perto do que o banco fatura com as demais operações comerciais”, explicou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves. “Com tamanho lucro, o banco tem todas as condições para atender as reivindicações dos trabalhadores e melhorar a PLR, a PCR e outras verbas”, ressaltou o dirigente.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto, também destaca que a alta na lucratividade do Itaú deveria motivar o banco a colocar em prática sua responsabilidade social, contratando mais trabalhadores, reduzindo a sobrecarga de trabalho nas agências e melhorando o atendimento ao cliente.
"Os números divulgados pelo banco demonstram que o Itaú tem condiçõe suficientes de contribuir com a geração de emprego no país. Mas ao invés disso, extingue vagas e sobrecarrega os funcionários, colaborando para o adoecimento físico e mental desses trabalhadores. Nossa luta por mais contratações no maior banco privado do Brasil continua."
Emprego e postos de atendimento
A holding encerrou junho de 2018 com 87.070 empregados no país, com abertura de 4.669 novos postos de trabalho em doze meses, sendo 926 no trimestre. Segundo o banco, a expansão do quadro de funcionários deve-se à aquisição das operações de varejo do Citibank no Brasil (com 2.897 trabalhadores) e as contratações de consultores de seguros na rede de agências, além da maior contratação na área de tecnologia, visando acelerar o processo de transformação digital. No período, o saldo foi de 8 agências físicas e 17 agências digitais abertas (que somaram 3.531 e 173 unidades, respectivamente, em setembro de 2018). Entretanto, ao se considerar que 71 agências físicas do Citibank foram incorporadas ao grupo, o saldo, de fato, é de 63 agências físicas fechadas em doze meses.
Carteira
A carteira de crédito do banco apresentou crescimento de 10,6% em doze meses e 2,1% no trimestre, atingindo R$ 636,4 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 11,2% em relação a setembro de 2017, chegando a R$ 199,1 bilhões, com destaque para cartão de crédito, que cresceu 20,1% e crédito pessoal, com alta de 11,6%. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) no país somaram R$ 171,2 bilhões, com alta de 5,6%. O crescimento no segmento de grandes empresas foi de 0,7%, devido à baixa demanda por crédito no longo prazo.
Na América Latina, a carteira de crédito cresceu 26,5% em doze meses. O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,3 pontos percentuais no período, ficando em, apenas, 3,5%, desconsiderando-se a América Latina. Diante disso, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) caíram 22,6%, totalizando R$ 11,250 bilhões.
Veja abaixo a tabela resumo dos dados do balanço elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ou, se preferir, leia análise na íntegra.

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