17/09/2018

Campanha: Aditivo do Santander é assinado. Acordo assegura direitos e amplia garantias

 
Jailton Garcia / Contraf-CUT
(Foto: Jaílton Garcia/Contraf-CUT)

 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos assinaram na sexta-feira (14) o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que terá validade até 2020. Também foram assinados o acordo específico do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) e os termos de compromisso para manutenção do Banesprev e da Cabesp.

“A assinatura deste aditivo e deste programa mostra a força e a importância de nossa organização nacional, que ajuda a trazer mais conquistas para os bancários, tanto na mesa conjunta que trata da nossa CCT quanto nas mesas específicas por bancos. Nossa união sempre traz ganhos para a categoria”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Esta assinatura vem coroar o movimento que fizemos nacionalmente. A unidade dos trabalhadores na mesa da Fenaban se refletiu também na mesa do Santander e possibilitou que chegássemos a esse acordo. Todos os sindicatos, junto com os trabalhadores em cada base, pressionaram pela assinatura e garantiram esta importante conquista por dois anos neste momento de incertezas que estamos vivendo”, destacou secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Mario Raia.

O acordo aditivo do Santander é originário do extinto Banespa e, mesmo após a privatização do banco, foi mantido até os dias de hoje graças à luta dos trabalhadores. Muitas das cláusulas do acordo do Santander serviram de referência para a CCT da categoria. 

Avanços

O Encontro Nacional dos bancários do Santander definiu que, neste ano, a prioridade seria a manutenção dos direitos.

Um dos avanços nesta edição do acordo foi a inclusão de um termo de compromisso no qual o banco se compromete a conversar com o movimento sindical antes de implantar qualquer norma referendada na reforma trabalhista. 

Também vale destacar a chamada cláusula de Afastamento e Alta da Previdência Social, que trata do adiantamento emergencial ao trabalhador que recebe avaliação como inapto ao trabalho pelo médico do banco, enquanto aguarda a realização de nova perícia no INSS. Se o INSS não conceder o benefício, o trabalhador não sofrerá o desconto deste adiantamento.

O ACT ainda mantém cláusulas importantes como as que tratam das Bolsas Auxílio Estudo para a primeira graduação e pós-graduação, licença não remunerada de até 30 dias por ano para acompanhamento de casos de saúde de parente de primeiro grau, licença adoção entre outras.

Negociações permanentes

Foram mantidos também o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e o Fórum de Saúde, reuniões permanentes com o banco para discutir os problemas da categoria. Foi compromissado inclusive que a primeira reunião do Fórum de Saúde será ainda em setembro.

PPRS

Os representantes dos trabalhadores conquistaram, a título de remuneração variável, com o acordo do PPRS o aumento do piso a ser pago a todos os trabalhadores indistintamente. O novo valor agora passa a ser de R$ 2.550,00, a ser pago junto com a segunda parcela da PLR. O aumento para esse valor foi também uma grande conquista da categoria, pois inicialmente o banco queria apenas aplicar o reajuste oferecido pela Fenaban.

Cabesp e Banesprev

Foram renovados os Termos de Compromisso Cabesp e Banesprev, assinados desde quando o Santander comprou o Banespa, mas cujo o tempo de validade inicialmente era de apenas 60 meses para o Banesprev e 18 meses para a Cabesp.

Fonte: Contraf-CUT, Com edição de Seeb Catanduva

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