13/08/2018
Movimento sindical questiona omissão do banco sobre suspensão do Saúde Caixa
Na sexta-feira (10), a Fenae enviou à direção da Caixa ofício solicitando explicações e providências sobre a suspensão do Saúde Caixa. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a entrada de novos usuários no programa de saúde, devido a problemas relacionados à cobertura assistencial como negativas de atendimento e descumprimento de prazos máximos. Até o momento, a Caixa não se pronunciou e deixa os usuários sem saber o que está acontecendo.
Com a omissão da direção da Caixa, diversas informações passaram a circular entre os trabalhadores. Para esclarecer o critério de admissão de novos usuários durante o período de suspensão, a Fenae procurou a ANS. De acordo com o órgão regulador, os planos suspensos não admitem novos titulares, mas permitem o ingresso de novo cônjuge e filhos. O Saúde Caixa poderá sair da condição de “suspenso” em setembro, quando a ANS fará um novo ciclo de monitoramento.
“Está evidente a consequência do sucateamento imposto pela direção da Caixa ao programa de saúde de seus empregados e aposentados. A negligência é grave e, diante disso tudo, a Caixa se omite e sequer se pronuncia”, questiona a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus. A recente reestruturação nas GIPES e a terceirização de todo o atendimento são fatores que influenciaram na perda de qualidade.
Entenda a situação
O Saúde Caixa está suspenso pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento. Esse programa da ANS é baseado nas reclamações de usuários sobre problemas relacionados à cobertura assistencial. A partir dessas informações, as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas. As operadoras enquadradas nas faixas superiores do monitoramento apresentam um pior resultado.
Há mais de seis meses, o Saúde Caixa se mantém líder no ranking de reclamações da ANS. Em fevereiro, o Índice Geral de Reclamações (IGR) do programa era de 8,69 ocorrências para cada 10 mil usuários, muito além da média do segmento, que era de 2,78. Dados de junho mostram que o IGR do Saúde Caixa subiu para 9,63, enquanto a média do segmento está em 3,04.
Consulte o Índice de Reclamações
Saúde Caixa: eu defendo
Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac, Social Caixa e Anacef lançaram em maio a campanha Saúde Caixa: eu defendo, com o objetivo de conscientizar e mobilizar ativos e aposentados sobre os riscos provocados pelas resoluções CGPAR, do governo federal.
As resoluções publicadas pelo governo e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da Caixa nas despesas com saúde de seus trabalhadores, à revelia do modelo de custeio previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
"O Saúde Caixa é um patrimônio dos empregados que deve ser defendido, assim como as empresas e bancos públicos. O Sindicato repudia essas propostas que representam um sério risco para os beneficiários do plano, funcionários da ativa, aposentados, pensionistas e seus dependentes. É mais um ataque contra os trabalhadores e organizaremos a resistência para proteger nossos direitos", defende o diretor do Sindiato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.???????
O que muda com a CGPAR
Usuários apoiam PDC 956/18
Está disponível no site da Câmara dos Deputados a enquete sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), com o objetivo de sustar a resolução da CGPAR que determina as alterações no Saúde Caixa. Para acessar a enquete e apoiar o PDC 956/2018, clique aqui.
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