04/08/2018
Campanha: Mesa de negociação com Banco do Brasil fica zerada na pauta econômica
A rodada de negociação sobre as cláusulas econômicas ficou sem proposta de avanço ou melhoria no acordo coletivo dos funcionários do Banco do Brasil. Esta foi a quinta rodada de negociação e não foi apresentada nenhuma proposta para as cláusulas econômicas.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco que apresentasse proposta para as cláusulas econômicas e também para os temas debatidos nas rodadas anteriores. Desde o início das negociações houve solicitação que o banco apresentasse algumas propostas de avanço no decorrer do processo negocial, o que não aconteceu.
O banco informou que fará uma proposta envolvendo cláusulas econômicas no dia 07/08, próxima terça-feira, na sequência da mesa da Fenaban, quando os bancos ali reunidos farão a proposta de índice de reajuste e dos demais itens.
Descomissionamentos
A Comissão de Empresa explicitou ao banco a insatisfação dos funcionários com a proposta feita pelo banco de redução dos ciclos avaliatórios de GDP para descomissionamento por desempenho. O banco quer reduzir dos atuais 3 ciclos para apenas 1 ciclo, ou seja, um semestre.
A repercussão da proposta foi extremamente negativa e os funcionários relataram aos representantes do BB que há um grande temor e desespero dos funcionários, causado pelo próprio banco.
Chegaram aos sindicatos relatos de reuniões entre gerentes e superintendes onde os diretores da DISUD e DIRED orientaram os gestores a encher a GDP dos funcionários com anotações para preparar o descomissionamento.
"Cobrança anota e elogio só fala"
O relato mais assustador repassado pelo gerentes gerais é que a DISUD tem orientado os gestores a anotar todas as cobranças e que os elogios sejam feitos apenas verbalmente, numa escancarada deturpação da GDP, como já foi criticado em matérias anteriores da Contraf-CUT e do Sindicato.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o que assusta os bancários e bancárias é que a cláusula do acordo que o banco quer alterar para pior, é justamente a proteção que os funcionários têm contra os maus gestores, os assediadores e contra os acertos de contas. "O que queremos da GDP é que o banco cumpra o que ele mesmo escreve sobre gerenciamento de GDP, sobre avaliação dos pares e auto avaliação e sobre o desenvolvimento de competências. Estes conceitos deixaram de ser considerados há muito tempo", completou.
Intervalo de almoço, banco de horas e demais itens
Os representantes dos funcionários argumentaram ao banco as preocupações em relação a proposta de flexibilização do intervalo de almoço apresentada pelo BB na reunião anterior. Muitos funcionários estão temerosos de que a flexibilização faça com que em alguns locais de trabalho a redução ou ampliação seja colocada como obrigatória para a atender apenas a necessidade do serviço e não pela vontade do funcionários.
O banco apresentou também uma proposta de banco de horas, ainda sem redação definitiva. Os funcionários argumentaram que o problema dos bancos de horas é justamente o não pagamento de horas extras e que isso pode ser um problema se houver redução de intervalo obrigatória.
A CEBB cobrou uma redação que contemple essa preocupação e o tema será debatido com todos os bancários, uma vez que foi também apresentado na mesa da Fenaban.
Os representantes dos funcionários reivindicaram do banco a realização de um censo da diversidade dentro do banco, com a construção feita em conjunto com os sindicatos, para que se tenha um mapa dos funcionários, no intuito de se produzir políticas afirmativas para o conjunto do corpo funcional do BB.
Campanha pelo NÃO na Cassi para a proposta do banco
A Comissão de Empresa da Contraf-CUT informou ao negociadores do BB que lamenta a decisão do Banco em atropelar o processo de negociação e tentar impor aos associados tantas mudanças no estatuto que retiram direitos e aumentam as despesas dos funcionários.
Os representantes dos funcionários falaram que a proposta contém muitas mudanças no Estatuto e o atropelo do BB e a retirada de direitos faz com que os sindicatos já se posicionem contrários à proposta.
A Contraf-CUT apresentou ao banco propostas para a Cassi e o pedido de retomada das negociações que foram solenemente ignorados.
Os representantes dos funcionários lembram ao BB que nunca uma proposta de alteração teve tantos sindicatos, entidades associações de aposentados e conselhos de usuários fazendo campanha pelo não e que isso deve ser avaliado pelo banco.
Os sindicatos ainda informaram ao banco o perigo de uma proposta com risco atuarial apontado ainda no âmbito do Conselho da Cassi. Os cálculos da proposta são frágeis e pode acontecer o mesmo erro do acordo anterior, que era para durar até 2019 e o banco errou nas contas.
De acordo com o coordenador da Comissão de Empresa, "continuamos fazendo um apelo ao bom senso do BB quanto a votação de uma proposta ruim, com problemas de cálculos e muitas retiradas de direitos. Não podemos aceitar mudanças no Estatuto da Cassi que passam para o controle do banco o futuro dos associados, com redução de poderes para os funcionários e aposentados na governança. O que nos parece é que a equipe que cuidou da proposta apenas se preocupou em apresentar qualquer coisa para satisfazer uma meta e fez como as vendas casadas que são canceladas depois. É este o risco que corremos: destruir a Cassi pela arrogância do BB e chorar o prejuízo depois. Queremos negociação onde os associados sejam ouvidos", finalizou.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco que apresentasse proposta para as cláusulas econômicas e também para os temas debatidos nas rodadas anteriores. Desde o início das negociações houve solicitação que o banco apresentasse algumas propostas de avanço no decorrer do processo negocial, o que não aconteceu.
O banco informou que fará uma proposta envolvendo cláusulas econômicas no dia 07/08, próxima terça-feira, na sequência da mesa da Fenaban, quando os bancos ali reunidos farão a proposta de índice de reajuste e dos demais itens.
Descomissionamentos
A Comissão de Empresa explicitou ao banco a insatisfação dos funcionários com a proposta feita pelo banco de redução dos ciclos avaliatórios de GDP para descomissionamento por desempenho. O banco quer reduzir dos atuais 3 ciclos para apenas 1 ciclo, ou seja, um semestre.
A repercussão da proposta foi extremamente negativa e os funcionários relataram aos representantes do BB que há um grande temor e desespero dos funcionários, causado pelo próprio banco.
Chegaram aos sindicatos relatos de reuniões entre gerentes e superintendes onde os diretores da DISUD e DIRED orientaram os gestores a encher a GDP dos funcionários com anotações para preparar o descomissionamento.
"Cobrança anota e elogio só fala"
O relato mais assustador repassado pelo gerentes gerais é que a DISUD tem orientado os gestores a anotar todas as cobranças e que os elogios sejam feitos apenas verbalmente, numa escancarada deturpação da GDP, como já foi criticado em matérias anteriores da Contraf-CUT e do Sindicato.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o que assusta os bancários e bancárias é que a cláusula do acordo que o banco quer alterar para pior, é justamente a proteção que os funcionários têm contra os maus gestores, os assediadores e contra os acertos de contas. "O que queremos da GDP é que o banco cumpra o que ele mesmo escreve sobre gerenciamento de GDP, sobre avaliação dos pares e auto avaliação e sobre o desenvolvimento de competências. Estes conceitos deixaram de ser considerados há muito tempo", completou.
Intervalo de almoço, banco de horas e demais itens
Os representantes dos funcionários argumentaram ao banco as preocupações em relação a proposta de flexibilização do intervalo de almoço apresentada pelo BB na reunião anterior. Muitos funcionários estão temerosos de que a flexibilização faça com que em alguns locais de trabalho a redução ou ampliação seja colocada como obrigatória para a atender apenas a necessidade do serviço e não pela vontade do funcionários.
O banco apresentou também uma proposta de banco de horas, ainda sem redação definitiva. Os funcionários argumentaram que o problema dos bancos de horas é justamente o não pagamento de horas extras e que isso pode ser um problema se houver redução de intervalo obrigatória.
A CEBB cobrou uma redação que contemple essa preocupação e o tema será debatido com todos os bancários, uma vez que foi também apresentado na mesa da Fenaban.
Os representantes dos funcionários reivindicaram do banco a realização de um censo da diversidade dentro do banco, com a construção feita em conjunto com os sindicatos, para que se tenha um mapa dos funcionários, no intuito de se produzir políticas afirmativas para o conjunto do corpo funcional do BB.
Campanha pelo NÃO na Cassi para a proposta do banco
A Comissão de Empresa da Contraf-CUT informou ao negociadores do BB que lamenta a decisão do Banco em atropelar o processo de negociação e tentar impor aos associados tantas mudanças no estatuto que retiram direitos e aumentam as despesas dos funcionários.
Os representantes dos funcionários falaram que a proposta contém muitas mudanças no Estatuto e o atropelo do BB e a retirada de direitos faz com que os sindicatos já se posicionem contrários à proposta.
A Contraf-CUT apresentou ao banco propostas para a Cassi e o pedido de retomada das negociações que foram solenemente ignorados.
Os representantes dos funcionários lembram ao BB que nunca uma proposta de alteração teve tantos sindicatos, entidades associações de aposentados e conselhos de usuários fazendo campanha pelo não e que isso deve ser avaliado pelo banco.
Os sindicatos ainda informaram ao banco o perigo de uma proposta com risco atuarial apontado ainda no âmbito do Conselho da Cassi. Os cálculos da proposta são frágeis e pode acontecer o mesmo erro do acordo anterior, que era para durar até 2019 e o banco errou nas contas.
De acordo com o coordenador da Comissão de Empresa, "continuamos fazendo um apelo ao bom senso do BB quanto a votação de uma proposta ruim, com problemas de cálculos e muitas retiradas de direitos. Não podemos aceitar mudanças no Estatuto da Cassi que passam para o controle do banco o futuro dos associados, com redução de poderes para os funcionários e aposentados na governança. O que nos parece é que a equipe que cuidou da proposta apenas se preocupou em apresentar qualquer coisa para satisfazer uma meta e fez como as vendas casadas que são canceladas depois. É este o risco que corremos: destruir a Cassi pela arrogância do BB e chorar o prejuízo depois. Queremos negociação onde os associados sejam ouvidos", finalizou.
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