20/03/2018

Banco do Brasil parabeniza ‘caixa’ que não exercia função por ter de vender produtos

O Banco do Brasil publicou, em sua agência de notícias, matéria destacando como caixas nas Plataformas de Suporte Operacional (PSOs) têm colaborado de forma positiva com a venda de produtos nos guichês. Desde novembro do ano passado, o BB vem solicitando que os caixas façam a oferta de produtos durante o atendimento. A prática, no entanto, é rechaçada pelo Sindicato, uma vez que a função de caixa é cuidar do numerário, e as vendas no guichê configuram acúmulo de função, apresentando risco aos bancários e à instituição.

Além disso, a matéria publicada pressiona os trabalhadores ao destacar uma bancária de São Paulo lotada em unidade de agência que figura entre as melhores vendedoras. Nos comentários da notícia, contudo, colegas observaram que a bancária não havia atuado como caixa um dia sequer nos últimos meses, mas sim em outro ambiente e com outras condições que propiciaram o resultado. Para o Sindicato, as funções negocial e de caixa não são complementares e devem ser realizadas em tempos e espaços diferentes.

O movimento sindical recebeu denúncias relatando que, embora a meta de venda seja designada de forma genérica para cada unidade, à medida que os bancários realizam as vendas elas são publicadas informando o colega que ajudou a cumpri-la. 

A ferramenta de controle de vendas dos caixas, embora fixe metas coletivas, divulga de forma individual os resultados em ranking para todos os colegas vinculados às PSOs.

"As agências estão super lotadas com o sucateamento imposto pela direção do banco. O Sindicato defende o combate ao ranqueamento, haja vista que a prática configura assédio moral, provoca constrangimento e expõe o trabalhador aos colegas", defende Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região. 

Assuma o Controle

Em Catanduva e região, o trabalhadores do BB que se sentirem assediados ou constrangidos por péssimas práticas corporativas podem apresentar denúncias acessando a página Denuncie, no site do Sindicato, ou via WhatsApp (17) 99259-1987. O sigilo do denunciante é garantido!
Fonte: Seeb SP, com edição do Seeb Catanduva

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