02/03/2018
Liminar suspende efeitos da revogação do RH 151 e mantém incorporação de função
(Foto: Freepik)
A desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, vice-presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), deferiu na quarta-feira (28) liminar requerida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e determinou a imediata suspensão dos efeitos da revogação do RH 151 pela Caixa Econômica Federal. Revogado em novembro passado, o RH 151 assegura incorporação de função aos empregados da Caixa descomissionados após pelo menos 10 anos no exercício do cargo. (Confira a liminar).
A magistrada confirmou o argumento principal da Contraf-CUT e disse que o RH 151 é norma interna da Caixa e, por isso, incorpora o contrato de trabalho dos empregados, devendo ser respeitado. Dessa forma, de acordo com a liminar, o banco deverá aplicar o normativo interno, procedendo a incorporação da gratificação de função para os empregados quando houver dispensa da função sem justo motivo.
Vale lembrar que o RH 151 prevê a incorporação da gratificação, quando:
a) a dispensa da função gratificada/cargo comissionado efetivo/função comissionada, por interesse da administração (sem justo motivo);
b) o exercício da respectiva função por período maior ou igual a 10 anos.
O normativo foi revogado pela direção do banco em novembro do ano passado.
“Como sempre defendemos, não há amparo legal para acabar com a incorporação de função, pois, o RH 151 integra o nosso contrato de trabalho”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Antônio Júlio Gonçalves Neto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, acrescenta que a união dos trabalhadores é fundamental para manutenção dos direitos e fortalecimento da Caixa. "É muito importante que nós, empregados , estejamos cada vez mais mobilizados contra os projetos de desmonte do banco arquitetados pelo governo. Exemplo disso é a revogação do normativo. Somente nossa organização poderá ser capaz de barrar retrocessos e garantir uma Caixa 100% pública. Defender a Caixa é defender também seus trabalhadores. É, sobretudo, defender o Brasil!"
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