18/01/2018

Quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal investigados pela PF são afastados

Foram afastados quatro vice-presidentes da Caixa, investigados em operações da Polícia Federal. São eles: Antônio Carlos Ferreira, do Corporativo; Deusdina dos Reis Pereira, Fundos de Governo e Loterias; José Henrique Marques da Cruz, Clientes, Negócios e Transformação Digital; e Roberto Derziê de Sant'Anna, Governo.

"Em meio às denúncias de corrupção, é importante salientar que a maioria dos empregados da Caixa é de carreira, inclusive em cargos diretivos, e que o caso em questão mostra que os atuais mecanismos de governança corporativa da Caixa são capazes de apurar e corrigir possíveis desvios de conduta no banco. Por isso, o movimento sindical é contrário a qualquer alteração no estatuto social da Caixa que vise transferir ao mercado a responsabilidade pela gestão de um banco público tão importante para o país. É necessário lutar pela Caixa 100% Pública e pela retomada e fortalecimento da nossa democracia como os únicos meios para defendermos a Caixa que o povo brasileiro quer", enfatiza o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Cunha - O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB, hoje chamado de MDB), um dos principais protagonistas do processo de impeachment que retirou do cargo a ex-presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014 com 54 milhões de votos, teve solicitada pelo Ministério Público Federal uma pena de 387 anos de prisão por receber propinas. Cunha é acusado, no âmbito da operação Sépsis, da Polícia Federal, de receber valores de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimento do FGTS, operado pela Caixa. Na mesma ação, o MPF pede também a condenação do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB).

“Cunha liderou um golpe contra a democracia ao dar prosseguimento a um processo descabido de impeachment, que retirou do cargo uma presidenta democraticamente eleita com 54 milhões de votos, ao ver que o PT não estaria do seu lado no Conselho de Ética e assim não conseguiria evitar que seu mandato fosse cassado, o que garantiria a ele foro privilegiado em outro processo no qual era acusado de corrupção. Agora, diante dos novos fatos e do pedido de condenação pelo MPF, é notório que Cunha não só aplicou um golpe na democracia, mas também liderou um golpe contra a Caixa”, enfatiza Dionísio.

"As tentativas de desmonte de empresas públicas tão importantes, promovidas pelo governo Temer e sua base aliada, demonstram que a corrupção caminha ao lado da privatização. E esse fato precisa ser interpretado por toda a sociedade como um sinal de alerta para nos unirmos e nos mobilizarmos em defesa da democracia e de instituições fundamentais como a Caixa Econômica Federal, patrimônio do povo brasileiro. Lutar por uma Caixa 100% pública e por condições dignas de trabalho aos seus empregados é lutar pelo desenvolvimento econômico e social do país", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Antônio Júlio Gonçalves Neto, o Tony.

Fonte: Seeb SP

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