19/07/2016
Bancários do Bradesco pedem socorro!
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Diretores do Sindicato estão lidando com apelos e pedidos de socorro dos funcionários da área comercial do Bradesco. Os bancários relatam que está insuportável trabalhar nas agências devido à cobrança diária por metas, feita sobretudo pelo diretor regional Antonio Piovezan. A ganância, segundo os depoimentos, chega a ser “sanguinária”.
“O Bradesco chegou a uma situação absurda de cobranças e pressão sobre os bancários, que estão desesperados para cumprir as metas, fixadas diariamente. O trabalhador não pode descumprir nada e, com isso, sua vida se torna um inferno”, detalha o dirigente Júlio César Trigo.
Segundo ele, a direção do banco encaminha aos funcionários, todas as manhãs, uma planilha com o que deverá ser comercializado naquela data. Até às 11 horas, o bancário é obrigado a informar qual e quantos itens ele venderá durante o dia. Das 16 às 17 horas, ele deve prestar contas ao banco.
“Caso o bancário não tenha cumprido o que prometeu pela manhã, sem saber como seria seu dia, assessores da gerência regional começam uma verdadeira perseguição, com sucessivas ligações telefônicas questionando motivos e exigindo o cumprimento da meta”, relata.
O Sindicato levou o caso ao setor de Relações Sindicais do banco. Esta não é a primeira vez que Piovezan é denunciado pela sistemática de cobranças. Antes, ele teria sido orientado a mudar de postura, mas continua tendo o mesmo comportamento equivocado e desrespeitoso.
“O assédio moral do Bradesco adoece os bancários e destrói vidas. Transforma o ambiente de trabalho em um inferno e isso reflete na qualidade do atendimento à população. Por isso estamos reforçando essa denúncia e exigindo solução. Precisamos combater esse mal”, frisa.
Terror e crime contra a saúde
O Bradesco já acumula condenações trabalhistas por assédio moral em seu histórico. Num desses casos, um gerente foi vítima de retaliações por parte da direção do banco, que motivaram consequências devastadoras à sua saúde.
O laudo pericial demonstrou que ele passou a apresentar transtorno ansioso e diversos sinais depressivos, como desmotivação, dependência de drogas, agressão, cinismo, afastamento, perda de sono e sentimento de incompetência, além de insatisfação e infelicidade com o trabalho.
Após perder a carteira de clientes, ele teve o local de trabalho alterado várias vezes, deixou de receber funções, devia sair da sala durante reuniões, teve o nome retirado da planilha de avaliação, não tinha meta individual e não era gestor de nenhum produto.
Com isso, passou a ser motivo de chacotas, perdeu contato social, foi excluído de festas e preterido por outros funcionários.
Segundo o relator do processo no Tribunal Regional do Trabalho, o assédio moral ficou evidenciado pelo conjunto de atos comprovadamente hostis contra o trabalhador. Ele qualificou como terror psicológico e ostensiva perseguição as práticas contínuas de superiores e colegas, que provocaram “danos físicos, psíquicos e existenciais”.
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