08/06/2016

Congresso estadual da Caixa escolhe delegados para o Conecef

Foram escolhidos neste sábado, dia 4, os delegados de São Paulo que irão representar o Estado no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). A eleição ocorreu durante o Congresso Estadual da Fetec-CUT/SP realizado na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Duas chapas disputaram a escolha dos delegados, “Nossa Luta” e “Oposição Unificada”. A chapa “Nossa Luta” saiu vencedora com 69 votos contra 29. Com isso, serão 34 delegados pela “Nossa Luta” e 14 da “Oposição Unificada”, todos empregados da ativa. Os aposentados tiveram chapa única. O Conecef ocorrerá entre 17 e 19 de junho.

Com a presença do cientista político Emir Sader, a atual conjuntura política do país foi discutida durante o congresso. No debate foram esclarecidos os obstáculos que os empregados da Caixa enfrentarão de agora em diante. “Voltamos à época em que travamos grandes batalhas contra governos neoliberais. Já foi anunciado que provavelmente 300 agências serão fechadas, com isso também haverá cortes e demissões. Por isso devemos ficar atentos, nosso embate só está começando”, apontou o diretor-presidente da Apcef/SP, Kardec de Jesus Bezerra, ao participar do evento.

O Sindicato foi representado pelo dirigente Antônio Júlio Gonçalves Neto, o Tony. “A participação dos empregados foi fundamental para criarmos uma pauta concreta sobre os problemas das agências. Agora, é arregaçar as mangas e partir pra a luta em defesa dos bancários e da Caixa 100% pública”.

Maria Rita Serrano, empregada da Caixa e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, lembrou que a escolha de Gilberto Occhi para a presidência do banco refirma a intenção do governo interino em privatizar a instituição. “O papel de Occhi é facilitar esse processo, mas o leque de ameaças é grandioso e o projeto privatista é bem maior que a Caixa”, ressaltou.

Rita ainda alertou que o PL 555, conhecido como “Estatuto das Estatais”, que visava transformar todas as empresas públicas em sociedades anônimas, voltará com seu texto original. “O PL 555 mudou após forte pressão dos trabalhadores, mas o que querem agora é que o texto antigo seja aprovado. Se queremos o desenvolvimento do país a Caixa tem de crescer e não diminuir”, concluiu.

Fonte: Apcef/SP

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS