Contraf-CUT questiona o banco Bradesco devido a onda de demissões

A Contraf-CUT, junto com os Sindicatos, vem questionando o banco Bradesco devido ao grande número de demissões ocorridas nos últimos meses. Em reuniões com o Movimento Sindical, onde o banco foi cobrado, o Bradesco alegou que a quantidade de desligamentos está ocorrendo a pedidos de aposentados e bancários que pretendem estudar fora do país e que, somente uma pequena parte dos desligamentos estaria relacionada com desempenho insatisfatório.
Mas, a realidade é outra. O que demonstra que o banco está faltando com a verdade. Pois, estão sendo demitidos bancários que fizeram carreira na empresa e que se destacaram pelo desempenho. Em sua maioria são pais e mães de família, alguns prestes a se aposentar, outros com deficiência.
“Os bancários estão indo trabalhar com medo. Estão com stress emocional muito forte, pois não sabem se vão ser o próximo na lista de corte. Além disso, estão enfrentando uma sobrecarga de trabalho, visto que o banco está reduzindo o quadro funcional, o que acarreta o adoecimento dos bancários. As atividades do movimento sindical vão continuar e se intensificar caso o banco não mude de postura”, explicou Carlindo Dias de Oliveira, o Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.
A Contraf-CUT e os sindicatos estão acompanhando a movimentação da direção do HSBC, pois apesar de estar com o quadro funcional extremamente enxuto continua demitindo. Foram extintos 1.466 postos de trabalho, o que não condiz com o desempenho financeiro do Bradesco, que só no primeiro trimestre lucrou R$ 4,113 bilhões.
Região
Na região de Catanduva, de acordo com levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários, a instituição financeira demitiu nove trabalhadores nos quatro primeiros meses deste ano. Em todo o ano passado, foram 12 cortes.“O Bradesco triplicou as demissões mensais este ano em nossa região. Mas segue lucrando, sem justificativa para reduzir empregos. Enquanto isso, os bancários estão sobrecarregados e adoecendo. E o atendimento à população só piora”, critica o dirigente Júlio César Trigo.
Em consulta feita em outras localidades do Estado, o Sindicato atestou que as demissões na região de Catanduva estão em ritmo mais acelerado. “Resta saber se é devido à economia regional ou uma postura adotada pelos gestores”, sugere Trigo, em referência ao diretor Antônio Piovezan e ao gerente regional Paulo Osnir Costacurta.
Protestos e paralisações
Nestas últimas semanas de forte mobilização, os bancários do Estado de São Paulo paralisaram as atividades de várias agências, entre elas a Agência Suzano Regional Itaquera, em Mogi das Cruzes e a Agência Itaquaquecetuba, no Centro de Guarulhos.
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