12/02/2016
Mudanças no CAT e ITM prejudicam bancários do Itaú; Sindicato cobra diálogo
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Mudanças vindas de cima, de uma hora para outra, sem diálogo com trabalhadores, estão tumultuando a rotina dos funcionários das centrais de atendimento alocadas no CAT e no ITM, concentrações do Itaú na capital paulista. As alterações impostas pelo banco são relacionadas com a escala de plantões aos finais de semana e com a proibição, conhecida como “operação mesa limpa”, de portar celulares, mochilas e até mesmo a Folha Bancária nos Postos de Atendimento (PAs).
Segundo o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Sérgio Lopes, o Serginho, os funcionários das centrais de atendimento não possuem mais liberdade para trocar os dias dos plantões, sendo permitida apenas a troca de turnos.
“Isso pegou todos de surpresa e prejudicou a sua rotina e das suas famílias. Existem, por exemplo, adventistas, que não podem trabalhar aos sábados. Outros são pais separados, que tem só os finais de semana para ficar com os filhos. Recebemos muitas reclamações sobre esta mudança”, critica o dirigente.
“Não somos contra estabelecer regras para evitar que bancários trabalhem sem descanso, acumulando finais de semana, mas isso não pode ser feito sem qualquer diálogo. Cobramos do banco que converse com o Sindicato para que se chegue a um meio termo, uma solução boa para todos”, destaca o também dirigente sindical e bancário do Itaú Rodrigo Pires.
“Operação mesa limpa”
Outra mudança que está criando transtornos é a chamada “operação mesa limpa”, que consiste na proibição do funcionário portar celular, mochila e outros objetos na sua PA. “O trabalhador fica isolado. Muitos têm filhos pequenos ou idosos em casa. Não podem ficar incomunicáveis em uma emergência. Já no caso do bancário que estuda, que carrega livros e cadernos, muitas vezes a mochila não cabe no armário. Também tem os deficientes físicos, muitos que dependem de muletas ou próteses, e precisam se deslocar até o armário. E, o mais grave: pertences pessoais estão sendo revistados”, relata Rodrigo.
“No CAT, os funcionários que trazem marmita podiam guardá-las na sua mochila, embaixo da mesa. Agora, com a nova regra, muitos utilizam os armários, que em alguns casos ficam muito longe da PA, o que faz com que o trabalhador perca parte dos seus 15 minutos de almoço”, critica Serginho.
Aderência
Segundo o dirigente sindical e bancário do Itaú, Antônio Soares, o Tonhão, outra reclamação dos trabalhadores das centrais de atendimento é a aderência seca, como é chamado o tempo que o funcionário fica logado no sistema de atendimento. “Tudo penaliza o trabalhador. Por exemplo, na central PF [pessoa física] a meta de aderência é de 86%, na central PJ [pessoa jurídica] é de 95%, uma meta desumana e impossível de ser alcançada”, critica.
“Além disso, se ele tem de sair para o almoço às 12h e recebe uma ligação às 11h57, vai ter que estourar o tempo para saída. Se o supervisor chama o atendente para um feed back, ele precisa se deslogar e terá este tempo descontado. Com isso, pode não bater a meta, ser advertido e até mesmo demitido”, acrescenta o dirigente.
De acordo com os dirigentes sindicais, o Itaú foi comunicado sobre as reclamações decorrentes das mudanças impostas no ITM e CAT, mas até agora não retornou os questionamentos do Sindicato.
Segundo o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Sérgio Lopes, o Serginho, os funcionários das centrais de atendimento não possuem mais liberdade para trocar os dias dos plantões, sendo permitida apenas a troca de turnos.
“Isso pegou todos de surpresa e prejudicou a sua rotina e das suas famílias. Existem, por exemplo, adventistas, que não podem trabalhar aos sábados. Outros são pais separados, que tem só os finais de semana para ficar com os filhos. Recebemos muitas reclamações sobre esta mudança”, critica o dirigente.
“Não somos contra estabelecer regras para evitar que bancários trabalhem sem descanso, acumulando finais de semana, mas isso não pode ser feito sem qualquer diálogo. Cobramos do banco que converse com o Sindicato para que se chegue a um meio termo, uma solução boa para todos”, destaca o também dirigente sindical e bancário do Itaú Rodrigo Pires.
“Operação mesa limpa”
Outra mudança que está criando transtornos é a chamada “operação mesa limpa”, que consiste na proibição do funcionário portar celular, mochila e outros objetos na sua PA. “O trabalhador fica isolado. Muitos têm filhos pequenos ou idosos em casa. Não podem ficar incomunicáveis em uma emergência. Já no caso do bancário que estuda, que carrega livros e cadernos, muitas vezes a mochila não cabe no armário. Também tem os deficientes físicos, muitos que dependem de muletas ou próteses, e precisam se deslocar até o armário. E, o mais grave: pertences pessoais estão sendo revistados”, relata Rodrigo.
“No CAT, os funcionários que trazem marmita podiam guardá-las na sua mochila, embaixo da mesa. Agora, com a nova regra, muitos utilizam os armários, que em alguns casos ficam muito longe da PA, o que faz com que o trabalhador perca parte dos seus 15 minutos de almoço”, critica Serginho.
Aderência
Segundo o dirigente sindical e bancário do Itaú, Antônio Soares, o Tonhão, outra reclamação dos trabalhadores das centrais de atendimento é a aderência seca, como é chamado o tempo que o funcionário fica logado no sistema de atendimento. “Tudo penaliza o trabalhador. Por exemplo, na central PF [pessoa física] a meta de aderência é de 86%, na central PJ [pessoa jurídica] é de 95%, uma meta desumana e impossível de ser alcançada”, critica.
“Além disso, se ele tem de sair para o almoço às 12h e recebe uma ligação às 11h57, vai ter que estourar o tempo para saída. Se o supervisor chama o atendente para um feed back, ele precisa se deslogar e terá este tempo descontado. Com isso, pode não bater a meta, ser advertido e até mesmo demitido”, acrescenta o dirigente.
De acordo com os dirigentes sindicais, o Itaú foi comunicado sobre as reclamações decorrentes das mudanças impostas no ITM e CAT, mas até agora não retornou os questionamentos do Sindicato.
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