27/04/2015
Banco assedia e reduz quadro de funcionários; clientes ‘se ajudam’
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É cada vez mais gritante a falta de funcionários nas agências do Bradesco. Com o Projeto Atendimento, implementado pela instituição financeira, os clientes estão sendo paulatinamente “retirados” do interior do banco e direcionados para canais alternativos de atendimento.
Essa situação intensifica os desligamentos, tendo em vista a suposta redução do fluxo nas agências. “Essa lógica incoerente está sendo preservada apesar das ações que o Sindicato vem desempenhando e da pressão sobre o banco”, comenta o diretor Roberto Carlos Vicentim.
Na área de autoatendimento de Urupês, a redução de funcionários faz com que clientes ajudem uns aos outros, devido à ausência de uma pessoa que possa orientá-los no manuseio do equipamento. O relato é do dirigente sindical Euclides de Almeida Prado. “Houve demissões recentes nessa agência, que tem cada vez menos funcionários”, lamenta.
Os cortes de pessoal ocorrem apesar do lucro de R$ 15,359 bilhões que a instituição obteve no ano passado. A cifra corresponde a um salto de 25,9% sobre o valor de 2013.
Apesar das cobranças do Sindicato, o Bradesco, por sua vez, segue na contramão da valorização do trabalhador. O fato é bastante evidente na agência de Catanduva, cujos clientes continuam sendo direcionados a outros canais de atendimento - a despeito da pressão sindical.
Para Euclides, essa política de medo está impressa nos olhos dos bancários. “Eles nunca sabem se estarão empregados no dia seguinte” declara. Segundo ele, a falta de funcionários nas agências causa sobrecarga de serviços, assédio moral, estresse, insegurança e prejudica a qualidade do atendimento.
Além disso, são frequentes as cobranças excessivas, metas elevadas e o assédio moral - caso da agência de Pindorama, cujas denúncias tornaram-se recorrentes. “O Sindicato está atento às demissões e aos casos de assédio, não vamos baixar a guarda”, protesta Roberto.
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