12/02/2015
BB tem lucro de R$ 11,3 bilhões, aumento de 9,6%, e paga a PLR no dia 27
O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 11,343 bilhões em 2014 (R$ 3,020 bilhões no quarto trimestre), o que representa um crescimento de 9,6% em relação a 2013, mas fechou 588 postos de trabalho, mesmo criando 74 novas agências em todo o país. A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 9,8% em doze meses, atingindo um montante de R$ 760,9 bilhões, e a rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido anualizado (ROE) foi de 15,1%, praticamente estável em relação ao ano anterior.
O BB vai depositar a PLR semestral no dia 27 de fevereiro, após o pagamento dos dividendos aos acionistas.
Confira aqui quadro resumido do balanço do BB preparado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
"Embora em ritmo menor que nos anos anteriores, o que é preocupante em um momento de desaquecimento da economia, o crédito e o lucro continuam crescendo", avalia Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Preocupante também é que o banco, apesar do lucro alto, está reduzindo o número de funcionários e não está preenchendo as vagas em aberto nas unidades. E esse é um tema que queremos discutir com a empresa."
O BB encerrou 2014 com 111.628 funcionários, com 588 postos de trabalho a menos que no ano anterior. Foram abertas 74 agências no mesmo período.
Operações de crédito
As operações com pessoa física cresceram 6,8% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 179,8 bilhões, o que representa 23,6% do total das operações de crédito. Já as operações com pessoa jurídica alcançaram R$ 354,1 bilhões, com elevação de 9,9% no período, totalizando 46,5% do total do crédito. A carteira do agronegócio cresceu 13,9%, totalizando R$ 164,9 bilhões, representando 21,7% do total da carteira do banco. A carteira de crédito imobiliário cresceu 59,1% em 12 meses, num total de R$ 38,8 bilhões.
Inadimplência estagnada
O índice de inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,05 pontos percentuais no ano, ficando em 2,03% em dezembro de 2014. Apesar da baixa inadimplência e de a carteira de crédito não ter crescido tanto, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 18,9%, totalizando R$ 18,5 bilhões.
Aumento da Selic traz mais lucros
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic. O primeiro cresceu 46,8%, totalizando R$ 44,0 bilhões. Isso significa que o BB, com a majoração da taxa básica de juros, reduziu a oferta de crédito para a compra de títulos da dívida pública, a exemplo do que estão fazendo todos os bancos privados. Já o resultado com aplicações compulsórias teve alta de 20,7%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 7,6% em doze meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 8,2%, com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 135,92% em dezembro de 2014.
Fonte: Contraf-CUT
O BB vai depositar a PLR semestral no dia 27 de fevereiro, após o pagamento dos dividendos aos acionistas.
Confira aqui quadro resumido do balanço do BB preparado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
"Embora em ritmo menor que nos anos anteriores, o que é preocupante em um momento de desaquecimento da economia, o crédito e o lucro continuam crescendo", avalia Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Preocupante também é que o banco, apesar do lucro alto, está reduzindo o número de funcionários e não está preenchendo as vagas em aberto nas unidades. E esse é um tema que queremos discutir com a empresa."
O BB encerrou 2014 com 111.628 funcionários, com 588 postos de trabalho a menos que no ano anterior. Foram abertas 74 agências no mesmo período.
Operações de crédito
As operações com pessoa física cresceram 6,8% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 179,8 bilhões, o que representa 23,6% do total das operações de crédito. Já as operações com pessoa jurídica alcançaram R$ 354,1 bilhões, com elevação de 9,9% no período, totalizando 46,5% do total do crédito. A carteira do agronegócio cresceu 13,9%, totalizando R$ 164,9 bilhões, representando 21,7% do total da carteira do banco. A carteira de crédito imobiliário cresceu 59,1% em 12 meses, num total de R$ 38,8 bilhões.
Inadimplência estagnada
O índice de inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,05 pontos percentuais no ano, ficando em 2,03% em dezembro de 2014. Apesar da baixa inadimplência e de a carteira de crédito não ter crescido tanto, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 18,9%, totalizando R$ 18,5 bilhões.
Aumento da Selic traz mais lucros
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic. O primeiro cresceu 46,8%, totalizando R$ 44,0 bilhões. Isso significa que o BB, com a majoração da taxa básica de juros, reduziu a oferta de crédito para a compra de títulos da dívida pública, a exemplo do que estão fazendo todos os bancos privados. Já o resultado com aplicações compulsórias teve alta de 20,7%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 7,6% em doze meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 8,2%, com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 135,92% em dezembro de 2014.
Fonte: Contraf-CUT
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