19/11/2014
Sob pressão dos trabalhadores, Santander melhora proposta de aditivo e PPRS
Em reunião realizada nesta terça-feira, 18, com os representantes dos trabalhadores, o banco Santander melhorou a proposta para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), apresentando uma proposta para o para o acordo de Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS). O novo acordo vale por dois anos, assim como os anteriores.
Esta foi a sexta rodada de negociações entre os dirigentes sindicais e a direção do banco espanhol. Nas rodadas anteriores o banco não havia apresentado nenhuma proposta e bancários, insatisfeitos, realizaram no último dia 11 um Dia Nacional de Luta para pressionar o Santander por uma proposta que contemplasse os interesses da categoria. “Nós mandamos um recado ao banco e, finalmente, fomos atendidos. É preciso valorizar e garantir avanços para os trabalhadores”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Aparecido Augusto Marcelo, que também é funcionário do Santander. A proposta do Santander garante a manutenção das cláusulas existentes do aditivo com algumas atualizações.
Educação
As 2.500 bolsas de estudo que o banco disponibiliza serão mantidas, sendo que 2.000 são para a primeira graduação e 500 são direcionadas à pós-graduação. O benefício garante desconto de 50% nas mensalidades, limitado a R$ 442,80, com a aplicação do reajuste de 8,5% conquistado este ano pela categoria a partir de janeiro de 2015 e do reajuste que vier a ser obtido em 2015 a partir de janeiro de 2016.
Para Marcelo, a conquista representa um avanço para os trabalhadores: “É a primeira vez que conseguimos bolsas para a pós-graduação. Há temos os funcionários vêm buscando isso”.
SantanderPrevi
O grupo de trabalho do SantanderPrevi, criado nos acordos anteriores, será mantido com o objetivo de discutir um processo eleitoral democrático no fundo de pensão, que hoje possui 44 mil participantes. Uma primeira reunião foi marcada para o dia 4 de dezembro, com prazo de conclusão dos trabalhos no dia 30 de abril de 2015.
“A participação dos trabalhadores em um processo eleitoral democrático e transparente é essencial para que os bancários sintam-se representados pelos eleitos. Essa foi uma importante conquista”, ressalta o diretor do Sindicato.
Igualdade de oportunidades
Em relação à cláusula de igualdade de oportunidades, o banco concordou com a formação de um grupo de trabalho para a discussão dos dados estatísticos relacionados ao tema.
Saúde
Com o novo acordo, o funcionário demitido poderá dar continuidade ao plano de saúde após o término do prazo estipulado na CCT para assistência médica e hospitalar.
Condições de trabalho
Diante da cobrança dos dirigentes sindicais para a melhoria das condições de trabalho, que tem provocado sobrecarga, estresse, adoecimentos e afastamentos, o banco propõe a criação de uma nova cláusula para tratar das relações laborais e prestação de serviços financeiros, explicitando as práticas recomendadas aos gestores para uma gestão orientativa, práticas não permitidas e práticas recomendadas perante os clientes. O banco se compromete a realizar ampla divulgação das regras de conduta.
No texto, a ser anexado ao aditivo, consta que "as reuniões de planejamento das agências devem ser restritas ao horário da manhã e limitadas a 30 minutos, sempre durante a jornada de trabalho. Devem ser usadas para orientar e dar foco de maneira inspiradora e motivacional, sempre observando o respeito aos funcionários e sem caráter exclusivo de acompanhamento de produção".
Dentre as práticas não permitidas, o banco relaciona as proibições incluídas na convenção coletiva, como a "exposição de ranking nominal em qualquer ambiente público, mesmo áreas internas da agência" e a "cobrança de cumprimento de resultados, no telefone particular do funcionário".
PPRS
O banco apresentou também a proposta de PPRS. O valor de R$ 1.720 pago em fevereiro de 2014 será reajustado pelos índices de reajuste dos dois últimos anos. Com isso, o valor a ser pago em fevereiro de 2015 será corrigido em 8% da Campanha 2013 passando para R$ 1.858. Já o valor a ser creditado em fevereiro de 2016 será reajustado em 8,5% da Campanha 2014, ficando em R$ 2.016.
Folga-assiduidade
O Santander ficou de discutir internamente no prazo de 30 dias as medidas necessárias para se adequar ao cumprimento da cláusula 24ª da convenção coletiva que trata da folga-assiduidade. Esse direito não está vinculado à data de aniversário, como vem sendo feito equivocadamente pelo banco. Essa folga deve ser gozada no melhor dia a critério do funcionário em conjunto com o gestor.
Saúde do trabalhador
Foi agendada indicativamente para o próximo dia 28 uma nova reunião com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, para continuar a discussão sobre a denúncia de existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto.
Os dirigentes sindicais esperam respostas para as medidas cobradas na reunião anterior, como o fim da utilização do prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema.
Avaliação
Para a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a proposta do banco melhorou e traz avanços significativos para os funcionários. Trata-se do único banco privado que possui um aditivo com várias conquistas além da convenção coletiva da categoria.
As reivindicações não atendidas continuarão na agenda de luta do movimento sindical e serão discutidas especialmente no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho.
A Contraf-CUT aguarda a redação final do aditivo e dos demais documentos, a fim de divulgar encaminhamentos aos sindicatos para a realização de assembleias dos funcionários do Santander e deliberação acerca da proposta do banco, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Esta foi a sexta rodada de negociações entre os dirigentes sindicais e a direção do banco espanhol. Nas rodadas anteriores o banco não havia apresentado nenhuma proposta e bancários, insatisfeitos, realizaram no último dia 11 um Dia Nacional de Luta para pressionar o Santander por uma proposta que contemplasse os interesses da categoria. “Nós mandamos um recado ao banco e, finalmente, fomos atendidos. É preciso valorizar e garantir avanços para os trabalhadores”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Aparecido Augusto Marcelo, que também é funcionário do Santander. A proposta do Santander garante a manutenção das cláusulas existentes do aditivo com algumas atualizações.
Educação
As 2.500 bolsas de estudo que o banco disponibiliza serão mantidas, sendo que 2.000 são para a primeira graduação e 500 são direcionadas à pós-graduação. O benefício garante desconto de 50% nas mensalidades, limitado a R$ 442,80, com a aplicação do reajuste de 8,5% conquistado este ano pela categoria a partir de janeiro de 2015 e do reajuste que vier a ser obtido em 2015 a partir de janeiro de 2016.
Para Marcelo, a conquista representa um avanço para os trabalhadores: “É a primeira vez que conseguimos bolsas para a pós-graduação. Há temos os funcionários vêm buscando isso”.
SantanderPrevi
O grupo de trabalho do SantanderPrevi, criado nos acordos anteriores, será mantido com o objetivo de discutir um processo eleitoral democrático no fundo de pensão, que hoje possui 44 mil participantes. Uma primeira reunião foi marcada para o dia 4 de dezembro, com prazo de conclusão dos trabalhos no dia 30 de abril de 2015.
“A participação dos trabalhadores em um processo eleitoral democrático e transparente é essencial para que os bancários sintam-se representados pelos eleitos. Essa foi uma importante conquista”, ressalta o diretor do Sindicato.
Igualdade de oportunidades
Em relação à cláusula de igualdade de oportunidades, o banco concordou com a formação de um grupo de trabalho para a discussão dos dados estatísticos relacionados ao tema.
Saúde
Com o novo acordo, o funcionário demitido poderá dar continuidade ao plano de saúde após o término do prazo estipulado na CCT para assistência médica e hospitalar.
Condições de trabalho
Diante da cobrança dos dirigentes sindicais para a melhoria das condições de trabalho, que tem provocado sobrecarga, estresse, adoecimentos e afastamentos, o banco propõe a criação de uma nova cláusula para tratar das relações laborais e prestação de serviços financeiros, explicitando as práticas recomendadas aos gestores para uma gestão orientativa, práticas não permitidas e práticas recomendadas perante os clientes. O banco se compromete a realizar ampla divulgação das regras de conduta.
No texto, a ser anexado ao aditivo, consta que "as reuniões de planejamento das agências devem ser restritas ao horário da manhã e limitadas a 30 minutos, sempre durante a jornada de trabalho. Devem ser usadas para orientar e dar foco de maneira inspiradora e motivacional, sempre observando o respeito aos funcionários e sem caráter exclusivo de acompanhamento de produção".
Dentre as práticas não permitidas, o banco relaciona as proibições incluídas na convenção coletiva, como a "exposição de ranking nominal em qualquer ambiente público, mesmo áreas internas da agência" e a "cobrança de cumprimento de resultados, no telefone particular do funcionário".
PPRS
O banco apresentou também a proposta de PPRS. O valor de R$ 1.720 pago em fevereiro de 2014 será reajustado pelos índices de reajuste dos dois últimos anos. Com isso, o valor a ser pago em fevereiro de 2015 será corrigido em 8% da Campanha 2013 passando para R$ 1.858. Já o valor a ser creditado em fevereiro de 2016 será reajustado em 8,5% da Campanha 2014, ficando em R$ 2.016.
Folga-assiduidade
O Santander ficou de discutir internamente no prazo de 30 dias as medidas necessárias para se adequar ao cumprimento da cláusula 24ª da convenção coletiva que trata da folga-assiduidade. Esse direito não está vinculado à data de aniversário, como vem sendo feito equivocadamente pelo banco. Essa folga deve ser gozada no melhor dia a critério do funcionário em conjunto com o gestor.
Saúde do trabalhador
Foi agendada indicativamente para o próximo dia 28 uma nova reunião com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, para continuar a discussão sobre a denúncia de existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto.
Os dirigentes sindicais esperam respostas para as medidas cobradas na reunião anterior, como o fim da utilização do prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema.
Avaliação
Para a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a proposta do banco melhorou e traz avanços significativos para os funcionários. Trata-se do único banco privado que possui um aditivo com várias conquistas além da convenção coletiva da categoria.
As reivindicações não atendidas continuarão na agenda de luta do movimento sindical e serão discutidas especialmente no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho.
A Contraf-CUT aguarda a redação final do aditivo e dos demais documentos, a fim de divulgar encaminhamentos aos sindicatos para a realização de assembleias dos funcionários do Santander e deliberação acerca da proposta do banco, o que deve ocorrer nos próximos dias.
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