16/09/2014
Negociação com Santander mantém conquistas e bancários querem mais
Crédito: Seeb São Paulo
Dirigentes sindicais discutem novo aditivo do banco à convenção coletiva
Na segunda rodada de negociação concomitante da pauta específica de reivindicações dos funcionários com o Santander, realizada nesta segunda-feira (15), em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos garantiram o compromisso do banco espanhol com a renovação de várias cláusulas do atual acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco ficou também de verificar o atendimento com avanços das demais cláusulas e das novas demandas dos bancários. A terceira rodada foi pré-agendada para a próxima segunda-feira (22), às 10h, a ser confirmada ao longo da semana.
Após muitos debates, iniciados na primeira rodada, ocorrida no último dia 2, os representantes do banco concordaram com a manutenção de uma série de direitos, como o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de seis horas, a licença de dois dias por motivo de doença de filhos, a ampliação do horário para amamentação, a licença para adoção (parental) inclusive para casais homoafetivos e a licença não remunerada para acompanhamento de casos de saúde, dentre outros.
"Trata-se de direitos importantes, que não estão previstos na convenção coletiva da categoria, frutos de um intenso processo de negociações desde 2001, um ano após a privatização do Banespa no governo FHC, quando foi assinado o primeiro aditivo com o Santander", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Os dirigentes sindicais defenderam também a renovação de outras conquistas, mas com avanços para os trabalhadores. Uma delas é o auxílio bolsa de estudo, visando a extensão para a segunda graduação ou pós, bem como o reajuste do valor, incluindo a correção não aplicada em 2013. Outra cláusula é a isonomia do direito à estabilidade pré-aposentadoria de dois anos aos bancários com mais de 25 anos de vínculo empregatício (homens) e 21 anos (mulheres), hoje garantida somente aos oriundos do Banespa.
Queremos mais
Também foram discutidas diversas reivindicações para inclusão no aditivo. Uma das propostas é a criação de um centro de realocação de funcionários, como no caso de fechamento de agências, para evitar demissões. Outra é o adiantamento de férias com parcelamento em dez vezes e sem juros.
Há também demandas como a criação de um auxílio moradia, a isenção de tarifas e redução dos juros para funcionários da ativa e aposentados, o auxílio academia, o pagamento das despesas para a certificação da AMBIMA, o auxílio ao estudo de idiomas e a bolsa de férias, dentre outras.
"Esperamos que o banco venha com respostas positivas na próxima rodada, o que representará valorização para os trabalhadores", salienta Ademir.
Outras reivindicações da minuta específica, que ainda não foram discutidas, serão igualmente debatidas na negociação indicada para segunda-feira que vem.
Prontuário clínico
As entidades sindicais cobraram uma resposta do banco para a denúncia formalizada na primeira rodada sobre a existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. Na ocasião foi entregue um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho.
No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão". Para o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, que trouxe a denúncia, "esse procedimento é descabido, uma vez que não se justifica consultar o médico do banco para decidir se o bancário está inapto".
Os representantes do banco anunciaram que irão trazer na próxima rodada o médico do trabalho, responsável pelas avaliações médicas, para discutir o assunto com os dirigentes sindicais.
Pânico no trabalho
Houve ainda entrega de denúncias pelos sindicatos de Brasília e do Mato Grosso sobre a utilização descabida de atas de concessão de crédito como instrumentos de pressão no trabalho, causando pânico e terror entre funcionários já sobrecarregados e adoecidos, além de penalidades como advertências e até demissões por justa causa.
Os dirigentes sindicais salientaram que o banco tem que acabar com essas práticas abusivas, que também ocorrem em outras regionais, garantindo também respeito à jornada, pois ainda há casos de funcionários que abrem contas universitárias trabalhando até mais de dez horas por dia e sem registro no ponto eletrônico.
Ana Botín
Os representantes do banco apresentaram a primeira mensagem da nova presidente mundial do Santander, Ana Botín, nomeada após a morte do pai Emílio Botín, na última quarta-feira (10). No texto, ela agradece as condolências recebidas e, entre outras frases, diz que "a mudança não nos assusta, ao contrário, nos motiva".
"Esperamos que haja mudança na gestão do banco aqui no Brasil, com mais empregos, condições dignas de trabalho, valorização dos funcionários e aposentados, e melhor atendimento aos clientes", enfatiza Ademir.
Fonte: Contraf-CUT
Dirigentes sindicais discutem novo aditivo do banco à convenção coletiva
Na segunda rodada de negociação concomitante da pauta específica de reivindicações dos funcionários com o Santander, realizada nesta segunda-feira (15), em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos garantiram o compromisso do banco espanhol com a renovação de várias cláusulas do atual acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco ficou também de verificar o atendimento com avanços das demais cláusulas e das novas demandas dos bancários. A terceira rodada foi pré-agendada para a próxima segunda-feira (22), às 10h, a ser confirmada ao longo da semana.
Após muitos debates, iniciados na primeira rodada, ocorrida no último dia 2, os representantes do banco concordaram com a manutenção de uma série de direitos, como o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de seis horas, a licença de dois dias por motivo de doença de filhos, a ampliação do horário para amamentação, a licença para adoção (parental) inclusive para casais homoafetivos e a licença não remunerada para acompanhamento de casos de saúde, dentre outros.
"Trata-se de direitos importantes, que não estão previstos na convenção coletiva da categoria, frutos de um intenso processo de negociações desde 2001, um ano após a privatização do Banespa no governo FHC, quando foi assinado o primeiro aditivo com o Santander", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Os dirigentes sindicais defenderam também a renovação de outras conquistas, mas com avanços para os trabalhadores. Uma delas é o auxílio bolsa de estudo, visando a extensão para a segunda graduação ou pós, bem como o reajuste do valor, incluindo a correção não aplicada em 2013. Outra cláusula é a isonomia do direito à estabilidade pré-aposentadoria de dois anos aos bancários com mais de 25 anos de vínculo empregatício (homens) e 21 anos (mulheres), hoje garantida somente aos oriundos do Banespa.
Queremos mais
Também foram discutidas diversas reivindicações para inclusão no aditivo. Uma das propostas é a criação de um centro de realocação de funcionários, como no caso de fechamento de agências, para evitar demissões. Outra é o adiantamento de férias com parcelamento em dez vezes e sem juros.
Há também demandas como a criação de um auxílio moradia, a isenção de tarifas e redução dos juros para funcionários da ativa e aposentados, o auxílio academia, o pagamento das despesas para a certificação da AMBIMA, o auxílio ao estudo de idiomas e a bolsa de férias, dentre outras.
"Esperamos que o banco venha com respostas positivas na próxima rodada, o que representará valorização para os trabalhadores", salienta Ademir.
Outras reivindicações da minuta específica, que ainda não foram discutidas, serão igualmente debatidas na negociação indicada para segunda-feira que vem.
Prontuário clínico
As entidades sindicais cobraram uma resposta do banco para a denúncia formalizada na primeira rodada sobre a existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. Na ocasião foi entregue um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho.
No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão". Para o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, que trouxe a denúncia, "esse procedimento é descabido, uma vez que não se justifica consultar o médico do banco para decidir se o bancário está inapto".
Os representantes do banco anunciaram que irão trazer na próxima rodada o médico do trabalho, responsável pelas avaliações médicas, para discutir o assunto com os dirigentes sindicais.
Pânico no trabalho
Houve ainda entrega de denúncias pelos sindicatos de Brasília e do Mato Grosso sobre a utilização descabida de atas de concessão de crédito como instrumentos de pressão no trabalho, causando pânico e terror entre funcionários já sobrecarregados e adoecidos, além de penalidades como advertências e até demissões por justa causa.
Os dirigentes sindicais salientaram que o banco tem que acabar com essas práticas abusivas, que também ocorrem em outras regionais, garantindo também respeito à jornada, pois ainda há casos de funcionários que abrem contas universitárias trabalhando até mais de dez horas por dia e sem registro no ponto eletrônico.
Ana Botín
Os representantes do banco apresentaram a primeira mensagem da nova presidente mundial do Santander, Ana Botín, nomeada após a morte do pai Emílio Botín, na última quarta-feira (10). No texto, ela agradece as condolências recebidas e, entre outras frases, diz que "a mudança não nos assusta, ao contrário, nos motiva".
"Esperamos que haja mudança na gestão do banco aqui no Brasil, com mais empregos, condições dignas de trabalho, valorização dos funcionários e aposentados, e melhor atendimento aos clientes", enfatiza Ademir.
Fonte: Contraf-CUT
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