25/04/2013
Contraf denuncia a parlamentares caos no BB e demissão nos bancos privados
A Contraf-CUT reuniu-se na terça-feira 23 com o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), e com o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), para discutir os principais problemas da categoria bancária, como as demissões, a rotatividade e a terceirização nos bancos privados e as práticas antissindicais e absoluta falta de diálogo no Banco do Brasil. Por conta dessa conduta do BB, o funcionalismo marcou greve de 24 horas no dia 30, em todo o país.
"Estamos muito preocupados com essas questões fundamentais para os bancários. Apesar dos lucros astronômicos, os bancos privados, principalmente o Itaú, estão fechando postos de trabalho e usando a rotatividade para reduzir custos. No Banco do Brasil, todas as portas foram fechadas para o movimento sindical. Por isso, estamos orientando a greve no BB no dia 30", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, aos parlamentares.
Participaram também da reunião, realizada na liderança do PT no Senado, em Brasília, a presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, o presidente eleito do Sindicato de Brasília, Eduardo Araújo, e o diretor de Formação da Contraf-CUT, William Mendes, também coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O senador Wellington Dias, empregado da Caixa, e o deputado Ricardo Berzoini, funcionário do BB, anotaram todas as denúncias e assumiram o compromisso de encaminhar as reivindicações dos bancários.
A perversa política antissindical no BB
"Desde 2010, a relação do movimento sindical com o Banco do Brasil só piora", relatou Eduardo Araújo, citando os descomissionamentos de gestores que não cumprem as metas abusivas impostas pela direção, a penalização por meio de transferências para agências com classificação e remuneração menores, os cancelamentos de férias já programadas e 20 demissões sem justa somente em Brasília.
"A relação com o BB é a pior possível. Os bancários não aguentam mais essa situação", confirmou Juvandia, presidenta do Sindicato de São Paulo.
"Existe uma falta de diálogo absoluta na relação do BB com o movimento sindical e com os funcionários", acusou William Mendes, acrescentando entre os desmandos da direção do banco alteração unilateral na PLR negociada desde 2005 e a implantação das novas funções comissionadas, também unilateralmente, com perdas para os 30 mil funcionários desse segmento.
Demissões e rotatividade nos bancos privados
A Contraf-CUT também denunciou a política dos bancos privados de fechar postos de trabalho, apesar dos lucros exorbitantes, e de manter a rotatividade como mecanismo de redução dos salários, como forma de buscar "eficiência" diante da postura correta da presidenta Dilma Roussef de forçar a queda dos juros e do spread.
"O Itaú cortou mais de nove mil empregos em 2012, o Santander demitiu mais de 1.200 bancários somente em dezembro e o Bradesco fechou quase dois mil postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano", informou Carlos Cordeiro.
"Outro dado preocupante é a rotatividade nos bancos privados, que utilizam esse mecanismo de redução de custos salariais e, com isso, tentam anular, por meio de suas políticas de gestão de pessoas, as conquistas obtidas pela categoria bancária em suas recentes greves e campanhas salariais", acrescentou o presidente da Contraf-CUT.
A Pesquisa de Emprego Bancário realizada pela Contraf e pelo Dieese mostra que o salário médio dos bancários contratados (R$ 2.678,77) em 2012 foi 38,9% inferior ao dos desligados (R$ 4.385,33).
A ameaça da terceirização e dos correspondentes
A Contraf-CUT também manifestou aos parlamentares a preocupação com a discussão sobre a terceirização no Congresso Nacional. Para a Confederação, o parecer favorável do deputado Arthur Maia sobre o substitutivo ao Projeto de Lei 4.330/04, de autoria do deputado Roberto Santiago, abre caminho para uma virtual reforma sindical à revelia de mudanças constitucionais e pode ensejar uma perversa segmentação da classe trabalhadora entre uma parcela amparada pela legislação e por acordos e convenções coletivas e outra parcela precarizada, cujos direitos se limitarão aos patamares mínimos previstos na CLT.
"Se esse projeto de lei for aprovado, a terceirização será ampliada e oficializada no sistema financeiro, precarizando ainda mais as relações de trabalho. Por isso estamos mobilizando os bancários para se juntarem a outros setores da CUT para combater essa legislação. E queremos o apoio dos parlamentares na luta por emprego decente", alertou Carlos Cordeiro.
O presidente da Contraf-CUT que esse risco vem se somar à rápida disseminação dos correspondentes bancários, que os bancos estão usando para expulsar das agências a população de baixa renda, precarizando tanto as relações de trabalho dos bancários quanto o atendimento à sociedade.
Conferência do Sistema Financeiro Nacional
A Contraf-CUT também apresentou aos parlamentares a proposta de realização, em 2014, de uma Conferência Nacional para debater o papel dos bancos no Brasil.
"Entendemos que o Sistema Financeiro que o país necessita deve ser controlado democraticamente pela sociedade e direcionado, efetivamente, ao desenvolvimento do país e aos interesses da sociedade, como prevê o Artigo 192 da Constituição Federal", concluiu Carlos Cordeiro.
"Estamos muito preocupados com essas questões fundamentais para os bancários. Apesar dos lucros astronômicos, os bancos privados, principalmente o Itaú, estão fechando postos de trabalho e usando a rotatividade para reduzir custos. No Banco do Brasil, todas as portas foram fechadas para o movimento sindical. Por isso, estamos orientando a greve no BB no dia 30", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, aos parlamentares.
Participaram também da reunião, realizada na liderança do PT no Senado, em Brasília, a presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, o presidente eleito do Sindicato de Brasília, Eduardo Araújo, e o diretor de Formação da Contraf-CUT, William Mendes, também coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O senador Wellington Dias, empregado da Caixa, e o deputado Ricardo Berzoini, funcionário do BB, anotaram todas as denúncias e assumiram o compromisso de encaminhar as reivindicações dos bancários.
A perversa política antissindical no BB
"Desde 2010, a relação do movimento sindical com o Banco do Brasil só piora", relatou Eduardo Araújo, citando os descomissionamentos de gestores que não cumprem as metas abusivas impostas pela direção, a penalização por meio de transferências para agências com classificação e remuneração menores, os cancelamentos de férias já programadas e 20 demissões sem justa somente em Brasília.
"A relação com o BB é a pior possível. Os bancários não aguentam mais essa situação", confirmou Juvandia, presidenta do Sindicato de São Paulo.
"Existe uma falta de diálogo absoluta na relação do BB com o movimento sindical e com os funcionários", acusou William Mendes, acrescentando entre os desmandos da direção do banco alteração unilateral na PLR negociada desde 2005 e a implantação das novas funções comissionadas, também unilateralmente, com perdas para os 30 mil funcionários desse segmento.
Demissões e rotatividade nos bancos privados
A Contraf-CUT também denunciou a política dos bancos privados de fechar postos de trabalho, apesar dos lucros exorbitantes, e de manter a rotatividade como mecanismo de redução dos salários, como forma de buscar "eficiência" diante da postura correta da presidenta Dilma Roussef de forçar a queda dos juros e do spread.
"O Itaú cortou mais de nove mil empregos em 2012, o Santander demitiu mais de 1.200 bancários somente em dezembro e o Bradesco fechou quase dois mil postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano", informou Carlos Cordeiro.
"Outro dado preocupante é a rotatividade nos bancos privados, que utilizam esse mecanismo de redução de custos salariais e, com isso, tentam anular, por meio de suas políticas de gestão de pessoas, as conquistas obtidas pela categoria bancária em suas recentes greves e campanhas salariais", acrescentou o presidente da Contraf-CUT.
A Pesquisa de Emprego Bancário realizada pela Contraf e pelo Dieese mostra que o salário médio dos bancários contratados (R$ 2.678,77) em 2012 foi 38,9% inferior ao dos desligados (R$ 4.385,33).
A ameaça da terceirização e dos correspondentes
A Contraf-CUT também manifestou aos parlamentares a preocupação com a discussão sobre a terceirização no Congresso Nacional. Para a Confederação, o parecer favorável do deputado Arthur Maia sobre o substitutivo ao Projeto de Lei 4.330/04, de autoria do deputado Roberto Santiago, abre caminho para uma virtual reforma sindical à revelia de mudanças constitucionais e pode ensejar uma perversa segmentação da classe trabalhadora entre uma parcela amparada pela legislação e por acordos e convenções coletivas e outra parcela precarizada, cujos direitos se limitarão aos patamares mínimos previstos na CLT.
"Se esse projeto de lei for aprovado, a terceirização será ampliada e oficializada no sistema financeiro, precarizando ainda mais as relações de trabalho. Por isso estamos mobilizando os bancários para se juntarem a outros setores da CUT para combater essa legislação. E queremos o apoio dos parlamentares na luta por emprego decente", alertou Carlos Cordeiro.
O presidente da Contraf-CUT que esse risco vem se somar à rápida disseminação dos correspondentes bancários, que os bancos estão usando para expulsar das agências a população de baixa renda, precarizando tanto as relações de trabalho dos bancários quanto o atendimento à sociedade.
Conferência do Sistema Financeiro Nacional
A Contraf-CUT também apresentou aos parlamentares a proposta de realização, em 2014, de uma Conferência Nacional para debater o papel dos bancos no Brasil.
"Entendemos que o Sistema Financeiro que o país necessita deve ser controlado democraticamente pela sociedade e direcionado, efetivamente, ao desenvolvimento do país e aos interesses da sociedade, como prevê o Artigo 192 da Constituição Federal", concluiu Carlos Cordeiro.
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