01/07/2011

Bancários vão retomar mobilizações contra demissões no Itaú Unibanco

Os trabalhadores do Itaú Unibanco de todo o país irão retomar as mobilizações contra as demissões na empresa. A proposta foi definida nesta terça-feira, 28, em São Paulo, durante reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE), órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco.

"Os bancários estão com medo de perder seus empregos, especialmente após a entrevista de Roberto Setúbal à revista Exame em que ele afirma que 'é hora de cortar'", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da COE Itaú Unibanco. "Os bancários enfrentam péssimas condições de trabalho, pressão constante por metas elevadas e sobrecarga de serviço que levam ao adoecimento", diz.

Para combater essa situação, as entidades sindicais irão relançar a campanha nacional contra as demissões, deflagrada em 2010. A ideia é organizar atividades e materiais específicos para mobilizar os trabalhadores e denunciar aos clientes as práticas do Itaú Unibanco. "A política do banco também prejudica a clientela, que sofre com filas e ainda paga tarifas elevadas. Isso tem que mudar", sustenta Jair.

A reunião da COE Itaú Unibanco começou com uma avaliação da situação dos funcionários do banco. O aumento no número de demissões foi relatado por dirigentes sindicais de todas as partes do país, com foco na região Sudeste - especialmente as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mas também em cidades do interior. De acordo com os relatos, o banco impõe uma grande rotatividade no emprego, demitindo principalmente os trabalhadores com maior tempo de casa.

A falta de funcionários vem causando intensa queda nas condições de trabalho dos bancários, que estão sobrecarregados. "Tem se tornado comum que o gerente operacional da agência abra um caixa para trabalhar no atendimento, o que é um caso de desvio de função", afirma Jair. "Além disso, é uma política equivocada do banco, que aproveita mal esse trabalhador, cuja função é fechar negócios para a empresa", completa.

Fonte: Fetec/SP

 


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