16/03/2011

Bancários exigem que Banco do Brasil cumpra acordo sobre incorporados da Nossa Caixa

Representantes dos trabalhadores cobraram da direção do Banco do Brasil que as diferenças de salário base surgidas na ocasião da incorporação com a Nossa Caixa recebam reajuste salarial de 13% e não de 7,5%, conforme feito pela instituição, o que gera perdas não apenas diretas mas também indiretas, como no cálculo do PCS.

Para tal, os bancários exigem que tais diferenças deixem de compor o VCPI (Vencimento de Caráter Pessoal Incorporados) e passem a ser enquadradas como VCP do VP (Vencimento de Caráter Pessoal do Vencimento Padrão), esta última criada pela direção do BB em 1998 para corrigir perdas salariais consequentes de uma reestruturação.

“O banco usou os 13% para reajustar o VCP do VP e 7,5% no VCPI. Porém, na campanha do ano passado, a direção concordou que a diferença dos salários- base para quem vem de bancos incorporados seriam enquadradas como VCP do VP automaticamente e seriam praticados os 13%”, diz o dirigente sindical Irinaldo Barros. “Estão claramente descumprindo o acordo definido em mesa de negociação e assinado também por eles”, completa.

Irinaldo lembra que ao fazer o reajuste menor, a direção do banco promove arrocho no salário-base, o que é proibido.

Além de diferenças salariais, o VCPI é composto, também, por anuênio, sexta parte e VNC, os quais permaneceriam como estão.

PCS – Outro ponto em que os bancários perdem se o banco não cumprir com o acordo é no PCS (Plano de Cargos e Salários), pois não há previsão de reajuste para o VCPI, apenas para o VP e o VCP do VP. Ou seja, quando o trabalhador reunisse as condições de aumento previstas no plano, não as receberia.

“Não aceitamos essa diferenciação de cálculo em cima de salário-base, afinal, são todos trabalhadores do Banco do Brasil e não podemos aceitar uma prática ilegal. Além de estar descumprindo um acordo e promovendo arrocho salarial, o banco trata de forma desigual funcionários iguais, o que jamais iremos aceitar”, completa Irinaldo.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo


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