13/04/2010

Bancários conquistam 600 novas bolsas de estudo no Itaú Unibanco

Em negociação realizada na segunda-feira, Contraf-CUT ampliou de 3,4 mil para 4 mil bolsas de auxílio-educação. Nova negociação foi marcada para dia 23.

O número de bolsas do programa de auxílio-educação do Itaú Unibanco aumentará de 3,4 mil para 4 mil este ano. O avanço foi conquistado pelos trabalhadores em negociação entre a Contraf-CUT e o banco, na segunda-feira, 12, em São Paulo.

"Trata-se de um avanço importante para os trabalhadores, pois qualifica a formação profissional", avalia Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco. As 600 novas bolsas garantidas serão pagas retroativamente a fevereiro de 2010. Os critérios de desempate e o prazo para inscrição serão divulgados nos próximos dias.

Fusão

Os trabalhadores cobraram do banco respostas quanto às implicações do processo de fusão entre Itaú e Unibanco, especialmente quanto às demissões. Os representantes dos bancários questionaram o aumento no número de demissões nos últimos meses.

O banco afirmou que os desligamentos são decorrentes de adesões ao incentivo de aposentadoria. Os dirigentes sindicais reivindicaram que a empresa apresente um levantamento das demissões e contratações ocorridas entre janeiro e abril deste ano, incluindo os bancários que aderiram ao incentivo de aposentadoria, bem como os números atualizados da central de realocação.

Insegurança

Outro ponto debatido foi a falta de segurança das agências do Unibanco que estão passando por reformas. As unidades ficam sem porta de segurança durante as obras, o que deixa os bancários inseguros. Os trabalhadores cobram o fechamento das agências durante as obras.

"O Itaú retrocedeu. Na década de 1990 montamos juntos um cronograma de instalação das portas de segurança, para que nenhum bancário ou cliente ficasse exposto. O mesmo deve ser feito agora", afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Itaú Unibanco.

PLR, saúde e terceirização

Os trabalhadores mais uma vez reivindicaram do banco o pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2,2 salários para todos, mas a empresa manteve sua posição contrária. Os representantes dos bancários cobraram uma série de esclarecimentos sobre o tema. Os diretores de Controle Econômico e de Recursos Humanos do banco, presentes na mesa de negociação, concordaram em responder os questionamentos. As perguntas serão enviadas por meio de carta à direção da empresa e suas respostas serão divulgadas para os bancários.

Os bancários cobraram ainda que seja iniciado debate sobre pontos pendentes na questão do convênio médico. A pedido dos trabalhadores, o banco concordou em trazer para a próxima negociação o diretor de Benefícios, responsável pela gestão do plano de saúde.

Outro ponto a ser retomado diz respeito ao processo de terceirização, que tem se intensificado dentro da empresa, especialmente no crédito consignado, serviço específico de bancários que vem sendo terceirizado. O banco se comprometeu a trazer informações sobre o tema.

Nova negociação dia 23

A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 23 de abril (sexta-feira).

Fonte: Contraf-CUT


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