20/09/2024
Funcef: movimento sindical rejeita retirada de direitos na proposta de equacionamento e indica voto não à consulta
A Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) promoveu, na quinta-feira (19), uma live para discutir a proposta de equacionamento apresentada pela Funcef (Fundação dos Economiários Federais) e a Caixa. A entidade, juntamente com seus parceiros, posicionou-se firmemente contra a proposta, ressaltando a retirada de direitos dos participantes do plano REG/Replan Saldado e defendendo alternativas que possam preservar os benefícios sem prejudicar os trabalhadores e aposentados da Caixa.
Sergio Takemoto, presidente da Fenae, destacou que a diretoria da entidade, assim como os participantes, é favorável à redução do equacionamento, mas contrária a qualquer medida que retire direitos. Ele lembrou que a Fenae tentou, sem sucesso, incluir as entidades no Grupo de Trabalho entre Funcef e Caixa para discutir uma proposta mais justa, com acesso transparente aos dados e prazos definidos. "Uma outra proposta era possível, mas não fomos atendidos. Por isso, somos contrários a essa proposta apresentada pela Caixa e Funcef. Queremos que todos os participantes do plano participem da consulta pública, mas que votem ‘não’, para que a gente construa uma nova opção que não retire direitos", ressaltou.
Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae, também presente na live, fez um histórico da proposta atual e enfatizou que ela não atende às expectativas dos participantes. Ele criticou o fato de Funcef e Caixa não terem incluído as entidades representativas nas discussões. "Queremos a redução da contribuição extraordinária, mas sem mexer nos benefícios concedidos, que são direitos por lei. Outra proposta, mais favorável aos participantes, é possível com a devida participação dos interessados”, pontuou.
Eliane Brasil, representante da Contraf/CUT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), também lamentou a exclusão das entidades representativas nas negociações com a Funcef e Caixa. Ela reforçou a importância de se criar uma mesa permanente de negociação e garantir que os trabalhadores ativos e aposentados sejam ouvidos, destacando o empenho em proteger os direitos conquistados ao longo dos anos.
Jair Pedro Ferreira, diretor de Benefícios da Funcef, lembrou conquistas anteriores, como a melhoria no saldamento em 2006, e frisou a importância da participação ativa dos 53 mil participantes do REG/Replan Saldado no processo de consulta da Funcef. Segundo ele, graças à insistente discussão da Fenae e outras entidades, como Contraf-CUT e Anapar, a meta atuarial deverá ser ajustada, passando de 4,5% para 4,85%, “sem comprometer a política de investimentos da Fundação. Mas há outros temas cruciais em debate, como o contencioso. A redução das contribuições extraordinárias é o principal objetivo e o envolvimento dos participantes é fundamental para o sucesso dessas negociações”, destacou.
Francisca de Assis, diretora da Fenae participou da live como representante dos aposentados da Caixa. Ela trouxe a perspectiva dos aposentados e questionou os impactos reais da proposta para aqueles próximos da aposentadoria. Ela ressaltou que a Funcef não tem autonomia para modificar benefícios sem um amplo debate e criticou a falta de clareza sobre as vantagens prometidos pela nova proposta. "Nós já fizemos uma pesquisa e a maioria dos aposentados respondeu ser contra o alongamento do prazo de equacionamento", afirmou, pedindo maior transparência nos dados e estudos apresentados pela Funcef.
Takemoto, ao final, reforçou o caráter mutualista do fundo e a importância de todos os participantes se manifestarem contra a proposta atual para que se possa construir uma alternativa que não retire direitos. "Não podemos aceitar que Caixa e Funcef decidam sobre o nosso futuro sem nossa participação", concluiu.
Leonardo Quadros, nas considerações finais, alertou que, caso a proposta seja aprovada, os participantes trocarão uma renda vitalícia por uma contribuição temporária. Ele reforçou que a única forma de evitar a retirada de direitos é rejeitar a proposta, permitindo que novas negociações possam avançar em benefício dos participantes.
Durante a live, a Fenae fez uma enquete para saber a opinião dos participantes sobre a proposta. Até o final da live, 71% responderam contrariamente à proposta.
"A participação dos trabalhadores e aposentados da Caixa na live deixaram claro que os participantes querem ser ouvidos e que uma nova proposta é necessária. Deixaram claro que não aceitam as medidas da Caixa e Funcef que retiram seus direitos. A Caixa precisa assumir suas responsabilidades e a construção deve ser coletiva, incluindo as entidades representativas dos participantes por meio de um processo de negociação. Entendemos que há alternativas viáveis que não impactam no benefício futuro dos participantes e, por isso, queremos debater de forma conjunta a questão", reforçou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Assista a transmissão completa:
Sergio Takemoto, presidente da Fenae, destacou que a diretoria da entidade, assim como os participantes, é favorável à redução do equacionamento, mas contrária a qualquer medida que retire direitos. Ele lembrou que a Fenae tentou, sem sucesso, incluir as entidades no Grupo de Trabalho entre Funcef e Caixa para discutir uma proposta mais justa, com acesso transparente aos dados e prazos definidos. "Uma outra proposta era possível, mas não fomos atendidos. Por isso, somos contrários a essa proposta apresentada pela Caixa e Funcef. Queremos que todos os participantes do plano participem da consulta pública, mas que votem ‘não’, para que a gente construa uma nova opção que não retire direitos", ressaltou.
Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae, também presente na live, fez um histórico da proposta atual e enfatizou que ela não atende às expectativas dos participantes. Ele criticou o fato de Funcef e Caixa não terem incluído as entidades representativas nas discussões. "Queremos a redução da contribuição extraordinária, mas sem mexer nos benefícios concedidos, que são direitos por lei. Outra proposta, mais favorável aos participantes, é possível com a devida participação dos interessados”, pontuou.
Eliane Brasil, representante da Contraf/CUT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), também lamentou a exclusão das entidades representativas nas negociações com a Funcef e Caixa. Ela reforçou a importância de se criar uma mesa permanente de negociação e garantir que os trabalhadores ativos e aposentados sejam ouvidos, destacando o empenho em proteger os direitos conquistados ao longo dos anos.
Jair Pedro Ferreira, diretor de Benefícios da Funcef, lembrou conquistas anteriores, como a melhoria no saldamento em 2006, e frisou a importância da participação ativa dos 53 mil participantes do REG/Replan Saldado no processo de consulta da Funcef. Segundo ele, graças à insistente discussão da Fenae e outras entidades, como Contraf-CUT e Anapar, a meta atuarial deverá ser ajustada, passando de 4,5% para 4,85%, “sem comprometer a política de investimentos da Fundação. Mas há outros temas cruciais em debate, como o contencioso. A redução das contribuições extraordinárias é o principal objetivo e o envolvimento dos participantes é fundamental para o sucesso dessas negociações”, destacou.
Francisca de Assis, diretora da Fenae participou da live como representante dos aposentados da Caixa. Ela trouxe a perspectiva dos aposentados e questionou os impactos reais da proposta para aqueles próximos da aposentadoria. Ela ressaltou que a Funcef não tem autonomia para modificar benefícios sem um amplo debate e criticou a falta de clareza sobre as vantagens prometidos pela nova proposta. "Nós já fizemos uma pesquisa e a maioria dos aposentados respondeu ser contra o alongamento do prazo de equacionamento", afirmou, pedindo maior transparência nos dados e estudos apresentados pela Funcef.
Takemoto, ao final, reforçou o caráter mutualista do fundo e a importância de todos os participantes se manifestarem contra a proposta atual para que se possa construir uma alternativa que não retire direitos. "Não podemos aceitar que Caixa e Funcef decidam sobre o nosso futuro sem nossa participação", concluiu.
Leonardo Quadros, nas considerações finais, alertou que, caso a proposta seja aprovada, os participantes trocarão uma renda vitalícia por uma contribuição temporária. Ele reforçou que a única forma de evitar a retirada de direitos é rejeitar a proposta, permitindo que novas negociações possam avançar em benefício dos participantes.
Durante a live, a Fenae fez uma enquete para saber a opinião dos participantes sobre a proposta. Até o final da live, 71% responderam contrariamente à proposta.
"A participação dos trabalhadores e aposentados da Caixa na live deixaram claro que os participantes querem ser ouvidos e que uma nova proposta é necessária. Deixaram claro que não aceitam as medidas da Caixa e Funcef que retiram seus direitos. A Caixa precisa assumir suas responsabilidades e a construção deve ser coletiva, incluindo as entidades representativas dos participantes por meio de um processo de negociação. Entendemos que há alternativas viáveis que não impactam no benefício futuro dos participantes e, por isso, queremos debater de forma conjunta a questão", reforçou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Assista a transmissão completa:
> Acesse aqui o material impresso da Fenae, Contraf-CUT e Anapar, produzido para esclarecer a proposta e alertar sobre os riscos de perda de direitos.
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