12/04/2024

Câmara Federal pede esclarecimentos de presidente da Caixa sobre transferência das operações das loterias

A Câmara Federal aprovou na última quarta-feira (10) o convite para que o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, preste esclarecimentos sobre o andamento do processo de transferência das operações das loterias federais para uma empresa subsidiária da estatal.

O requerimento foi assinado pelo deputado federal Tadeu Veneri (PT) e votado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. 

Em conjunto com a deputada federal Eryka Kokay (PT), foi realizada na semana passada uma audiência pública que demonstrou a necessidade de dar transparência à proposta que está sendo discutida no Conselho de Administração da Caixa.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçlaves Neto (Tony), explica que os mais prejudicados por essa medida não serão apenas o banco e seus empregados, mas a sociedade e a população beneficiária das políticas sociais que recebem recursos da arrecadação dos jogos. Vale lembrar que cerca de 40% da arrecadação são repassadas para áreas como saúde, seguridade social, esporte, cultura, segurança pública e educação, incluindo programas como o Fies.

"É preciso que os brasileiros saibam que pode haver perda de investimentos na sociedade e enfraquecimento do banco público. Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve duas tentativas para passar a Lotex para a iniciativa privada, mas sem sucesso, após forte pressão dos trabalhadores, movimento sindical e parlamentares. E é preciso que toda a população se some a esta luta, entidades e parlamentares se unam para barrar esse plano de privatização, que coloca em risco o caráter público do banco, imprescindível para o desenvolvimento do país e para o aumento do bem-estar social", destacou Tony.

“Essa é mais uma tentativa de transferir uma atividade fundamental da Caixa para uma subsidiária. Se a Caixa não tem condições de tocar sozinha esse processo, a solução não é  abrir as portas à privatização, transferindo esse ramo de negócio para outra empresa, como  aconteceu com a Caixa Seguridade e várias outras empresas públicas”, acrescentou Leonardo Quadros, diretor-presidente da Apcef/SP.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS