16/11/2023

Caixa retoma crescimento no mercado imobiliário

A Caixa Econômica Federal divulgou na noite da última segunda-feira (13) os dados do seu balanço do terceiro trimestre. O banco registrou, nos nove primeiros meses de 2023, um lucro líquido de R$ 7,8 bilhões, 2,1% maior na comparação com o mesmo período de 2022. Considerando apenas o terceiro trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, aumento de 25,5% em relação ao trimestre anterior.

Os dados também apontam o crescimento de 14,6% da carteira imobiliária do banco, que chegou aos R$ 707,9 bilhões, o que elevou a participação do banco para 68,8% do mercado imobiliário. Há um ano, era de 65,7%. Em volume de contratos de crédito habitacional o valor chegou a R$ 136,9 bilhões, 10,3% maior do que o registrado no fechamento do terceiro trimestre de 2022.

“São dados importantes, que mostram que a Caixa retomou seu papel de financiadora do crescimento econômico do país e, principalmente neste segmento, em que o banco sempre foi líder disparado do mercado”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Mas esse compromisso com o crescimento econômico e desenvolvimento econômico e social do país pode ser observado com outros resultados, como nas operações de financiamento de saneamento e infraestrutura e manutenção do emprego”, completou.

Fabiana se referia ao saldo das operações de saneamento e infraestrutura, que cresceu 6%, no período, totalizando R$ 100,1 bilhões.

Emprego

Com relação ao emprego, houve redução de 168 postos de trabalho em um ano, mas com uma reversão da tendência neste terceiro trimestre, quando houve um incremento de 580 novos postos. “Temos que valorizar essa reversão, mas ainda é muito pouco quando vemos o quadro de sobrecarga enfrentado pelos colegas, com o consequente adoecimento”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa. “Ainda mais quando vemos que houve o aumento de 1,4 milhão de novos clientes em um ano”, completou.

Manter o rumo

A representante dos empregados também ressalta a importância da manutenção da política de investimentos e melhoria da gestão de pessoas. “Estes resultados são da gestão Rita Serrano. É importante que o Carlos Vieira mantenha a preocupação com o desenvolvimento econômico e social do país e com as empregadas e empregados, com ampliação do quadro de pessoal, gestão humanizada no trato com os trabalhadores, sem cobrança abusiva de metas nem assédio e, resolva um dos maiores entraves que temos para ser resolvido ainda neste ano, que é a renovação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) do Saúde Caixa, com a manutenção dos princípios e modelo de custeio, sem o teto de 6,5% da folha de pagamentos para o custeio da Caixa com a saúde dos seus empregados”, concluiu Fabiana.

“Conhecemos os enormes desafios que Rita Serrano enfrentou no período em que esteve à frente do banco para devolver uma Caixa humanizada para os empregados e para fazê-la voltar a ter o papel social imprescindível para reconstrução do país. Nosso papel, reafirmo, continua também na gestão de Carlos Vieira ser o de defender a Caixa pública focada no desenvolvimento e que ofereça boas condições de trabalho. Isso só acontecerá, porém, se o modelo de governança da nova direção for de fato comprometido com o Brasil e seu povo", acrescentou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço da Caixa ou, se preferir, leia a íntegra da análise do balanço feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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