06/11/2023
Empregados da Caixa precisam manter mobilização

A próxima reunião de negociações para a renovação do acordo específico referente ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, está marcada para esta quinta-feira (9). As negociações estavam estagnadas, mas foram destravadas na quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do dia de luta em defesa do plano, realizadas por todo o país em 30/10.
> Dia Nacional de Luta: Sindicato se mobiliza em defesa de um Saúde Caixa melhor e viável para todos
“Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Nossa intenção é conquistar uma proposta melhor para o ano de 2024 que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa”, completou.
A Caixa se comprometeu a trazer simulações na reunião do dia 9, para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.
Mas, apesar dos avanços, a coordenadora da CEE orienta que as empregadas e os empregados se mantenham atentos às negociações. “Precisamos nos manter mobilizados, pois ainda não houve a renovação do acordo. E, o custeio é uma parte do problema, pois precisamos avançar na melhoria da qualidade do plano”, disse, ao acrescentar que em algumas cidades e regiões os usuários não conseguem atendimento básico. “Para tentar resolver este problema, uma das nossas solicitações é o retorno das antigas Gipes (Gerencias Regionais de Pessoas). Essas estruturas locais são fundamentais não só para atendimento aos usuários, mas também aos credenciados. E, por serem locais, possuem maior conhecimento das necessidades e particularidades de cada região”, disse Fabiana.
“Nossa luta é por um plano de saúde que seja viável para todos e que ofereça assistência à saúde com qualidade para os empregados ativos e aposentados. Desde 2017, o plano vem sofrendo sucessivos ataques e a mobilização dos empregados e entidades sempre foi crucial para combatê-los. Agora, precisamos fortalecer ainda mais a defesa do Saúde Caixa para garantir nosso direito à saúde e a maneira mais efetiva para isso ainda é a mobilização. Vamos mostrar a Caixa que a saúde dos trabalhadores não é negociável, juntos somos mais fortes!”, reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Avanços
A situação que estava sendo imposta pela Caixa para a renovação do Saúde Caixa era tida como muito preocupante pela CEE e pelo Comando Nacional dos Bancários. “Caso a situação não evoluísse, o risco para nós, usuários do plano, seria ter que arcar com as contribuições extraordinárias para custear o déficit deste ano, além do aumento médio de 85% nas mensalidades para o ano que vem. Por isso, a mesa foi tão importante”, explicou o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros. Mas, para o diretor da Fenae, o cenário ainda é delicado, já que faltam apenas oito semanas para o fim do ano e as tratativas precisam se encerrar ainda antes deste prazo. “Temos cobrado que a Caixa assuma diversos custos, que entendemos ser próprios da empresa e não do plano, e assim possamos buscar um custeio melhor” completou.
“Avançamos para resolver o déficit de 2023 usando as reservas técnicas e de contingência e a Caixa se comprometeu a incorporar toda a despesa de pessoal deste ano. Resolvendo essa situação, vamos fazer o debate sobre o futuro do plano para 2024”, explicou, no final da reunião da última quarta-feira, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
Para evitar a cobrança de parcelas extraordinárias em 2024 (referentes a 2023), a Caixa concordou em também usar recursos do fundo de contingência do plano de saúde. Também disse que pode absorver parte dos custos administrativos, ou seja as despesas de pessoal de 2023. A representação dos trabalhadores solicitou que além de 2023, sejam também consideradas as estas despesas dos anos de 2021 e 2022, que foram colocados no custeio indevidamente, já que, mesmo com a restrição estatutária do banco, imposta em 2017, não eram cobrados até 2020. A Caixa ficou de avaliar essa possibilidade.
Veja vídeo gravado pela coordenadora da CEE e pelo diretor da Fenae logo após a reunião de quarta-feira (1º/10).
> Dia Nacional de Luta: Sindicato se mobiliza em defesa de um Saúde Caixa melhor e viável para todos
“Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Nossa intenção é conquistar uma proposta melhor para o ano de 2024 que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa”, completou.
A Caixa se comprometeu a trazer simulações na reunião do dia 9, para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.
Mas, apesar dos avanços, a coordenadora da CEE orienta que as empregadas e os empregados se mantenham atentos às negociações. “Precisamos nos manter mobilizados, pois ainda não houve a renovação do acordo. E, o custeio é uma parte do problema, pois precisamos avançar na melhoria da qualidade do plano”, disse, ao acrescentar que em algumas cidades e regiões os usuários não conseguem atendimento básico. “Para tentar resolver este problema, uma das nossas solicitações é o retorno das antigas Gipes (Gerencias Regionais de Pessoas). Essas estruturas locais são fundamentais não só para atendimento aos usuários, mas também aos credenciados. E, por serem locais, possuem maior conhecimento das necessidades e particularidades de cada região”, disse Fabiana.
“Nossa luta é por um plano de saúde que seja viável para todos e que ofereça assistência à saúde com qualidade para os empregados ativos e aposentados. Desde 2017, o plano vem sofrendo sucessivos ataques e a mobilização dos empregados e entidades sempre foi crucial para combatê-los. Agora, precisamos fortalecer ainda mais a defesa do Saúde Caixa para garantir nosso direito à saúde e a maneira mais efetiva para isso ainda é a mobilização. Vamos mostrar a Caixa que a saúde dos trabalhadores não é negociável, juntos somos mais fortes!”, reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Avanços
A situação que estava sendo imposta pela Caixa para a renovação do Saúde Caixa era tida como muito preocupante pela CEE e pelo Comando Nacional dos Bancários. “Caso a situação não evoluísse, o risco para nós, usuários do plano, seria ter que arcar com as contribuições extraordinárias para custear o déficit deste ano, além do aumento médio de 85% nas mensalidades para o ano que vem. Por isso, a mesa foi tão importante”, explicou o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros. Mas, para o diretor da Fenae, o cenário ainda é delicado, já que faltam apenas oito semanas para o fim do ano e as tratativas precisam se encerrar ainda antes deste prazo. “Temos cobrado que a Caixa assuma diversos custos, que entendemos ser próprios da empresa e não do plano, e assim possamos buscar um custeio melhor” completou.
“Avançamos para resolver o déficit de 2023 usando as reservas técnicas e de contingência e a Caixa se comprometeu a incorporar toda a despesa de pessoal deste ano. Resolvendo essa situação, vamos fazer o debate sobre o futuro do plano para 2024”, explicou, no final da reunião da última quarta-feira, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
Para evitar a cobrança de parcelas extraordinárias em 2024 (referentes a 2023), a Caixa concordou em também usar recursos do fundo de contingência do plano de saúde. Também disse que pode absorver parte dos custos administrativos, ou seja as despesas de pessoal de 2023. A representação dos trabalhadores solicitou que além de 2023, sejam também consideradas as estas despesas dos anos de 2021 e 2022, que foram colocados no custeio indevidamente, já que, mesmo com a restrição estatutária do banco, imposta em 2017, não eram cobrados até 2020. A Caixa ficou de avaliar essa possibilidade.
Veja vídeo gravado pela coordenadora da CEE e pelo diretor da Fenae logo após a reunião de quarta-feira (1º/10).
Reajustes
Mesmo com as alternativas que vem sendo discutidas na negociação deste ano, os trabalhadores avaliam que, para o ano que vem, os debates sobre a sustentabilidade do Saúde Caixa devem ser mantidos, com a defesa da manutenção dos mesmos princípios e características, além da melhoria da qualidade de atendimento e ampliação da rede credenciada.
“A Caixa vem pedindo que sejam feitos reajustes e cobranças de todos os usuários, não tendo mais a trava de dois dependentes. Entretanto, entendemos que tem que ter um teto para não onerar a renda dos titulares e acabar inviabilizando sua permanência no plano de saúde”, disse Fabiana.
Com relação às mensalidades, a coordenadora da CEE observou que a cobrança é proporcional aos rendimentos de cada empregado. “Então, as mensalidades já são reajustadas na medida em que há aumento nos salários. E a entrada de mais recursos pode ser resolvida pela própria Caixa, com a reversão da política de redução de pessoal que, além de permitir o aumento de usuários contribuintes, reduz a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento e os custos médicos do Saúde Caixa. Temos que avançar também nesse debate”, concluiu a coordenadora da CEE.
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