25/07/2023
Afastamento por acidente de trabalho atinge recorde histórico na Caixa em 2022

No último domingo (23), o jornal Folha de S. Paulo publicou um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido da Fenae, que revela um preocupante aumento no número de afastamentos por acidente de trabalho na Caixa em 2022.
Segundo o Dieese, foram 524 empregados afastados – o maior número registrado desde o início da série histórica, em 2012, com 426 afastamentos. A Folha, por meio da coluna da jornalista Mônica Bergamo, destaca que uma parcela significativa desses afastamentos está relacionada a problemas de saúde mental, representando 75% dos casos de acidentes de trabalho em 2022.
“O índice elevado acendeu um alerta na Fenae: em 2012, os afastamentos causados por questões psicológicas representavam apenas 39,4% dos casos”, informou o jornal.
A Folha também informou outro dado preocupante do levantamento – os afastamentos por transtornos mentais dos empregados do banco público são mais expressivos do que em toda a categoria bancária, onde o percentual chegou a 57,1% no ano passado. Essa discrepância se torna ainda mais evidente quando comparada ao mercado de trabalho em geral, que registrou um índice de 6,7%.
O veículo destacou a opinião do presidente da Fenae, Sergio Takemoto. Para ele, a gestão de Pedro Guimarães é um dos fatores que contribuíram para o expressivo aumento de afastamentos por adoecimento mental. “A gestão de medo e assédio causou adoecimento e sofrimento entre os empregados”, disse Takemoto à Folha.
Embora Takemoto reconheça a mudança positiva no clima organizacional com a nova gestão do banco, com maior abertura para discutir e melhorar as condições de trabalho, ainda há mudanças a serem feitas. “A cobrança por metas abusivas ainda é um ponto crítico no banco, causando o adoecimento psicológico aos empregados”, afirmou o presidente da Fenae ao jornal.
"O adoecimento entre os empregados da Caixa não pode se tornar uma epidemia. Estamos atentos a esse cenário e trabalhando efetivamente para transformá-lo. Existe uma necessidade urgente de dar melhores condições de trabalho para todos os empregados, e isso inclui, sobretudo, combater as práticas de assédio, com o enfrentamento de metas abusivas e assédio moral. A questão perpassa ainda a defesa do Saúde Caixa, uma conquista dos trabalhadores que permite a assistência à saúde nos momentos em que mais precisarem. A Caixa e o governo precisam entender que o plano não é despesa, é investimento em saúde e bem-estar. Reforçamos aos empregados que, para que nossa ação seja bem-sucedida, é essencial a participação de todos. Se você for vítima de assédio ou presenciar esse tipo de situação em sua agência, entre em contato imediatamente com o Sindicato. Não aceite pressão, não tenha medo e denuncie. O sigilo é absoluto. O Sindicato está na luta com você!", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Sindicato e Contraf-CUT lançam campanha "Menos Metas, Mais Saúde" por um ambiente de trabalho saudável
O movimento sindical bancário está empenhado em promover uma mudança significativa no ambiente de trabalho dos profissionais do setor financeiro. Através da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, a Contraf-CUT, juntamente com os Sindicatos, lançou a iniciativa #BoraConversar, com o objetivo de conscientizar sobre os impactos prejudiciais das metas abusivas e incentivar o diálogo sobre assédio moral no ambiente corporativo.
“A conscientização sobre os efeitos negativos das metas abusivas é o primeiro passo para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Os bancários são encorajados a relatar casos de assédio moral, respeitando a confidencialidade e a privacidade das pessoas envolvidas. Compartilhar essas histórias contribui para a visibilidade do problema, encorajando outros a se manifestarem. As respostas irão nos ajudar a obter avanços nas negociações com os bancos e a construir um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado, onde as metas não sejam prejudiciais à saúde dos profissionais. Por isso a participação de todos é fundamental”, explicou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio Trigo.
> Clique aqui e #BoraConversar!
Segundo o Dieese, foram 524 empregados afastados – o maior número registrado desde o início da série histórica, em 2012, com 426 afastamentos. A Folha, por meio da coluna da jornalista Mônica Bergamo, destaca que uma parcela significativa desses afastamentos está relacionada a problemas de saúde mental, representando 75% dos casos de acidentes de trabalho em 2022.
“O índice elevado acendeu um alerta na Fenae: em 2012, os afastamentos causados por questões psicológicas representavam apenas 39,4% dos casos”, informou o jornal.
A Folha também informou outro dado preocupante do levantamento – os afastamentos por transtornos mentais dos empregados do banco público são mais expressivos do que em toda a categoria bancária, onde o percentual chegou a 57,1% no ano passado. Essa discrepância se torna ainda mais evidente quando comparada ao mercado de trabalho em geral, que registrou um índice de 6,7%.
O veículo destacou a opinião do presidente da Fenae, Sergio Takemoto. Para ele, a gestão de Pedro Guimarães é um dos fatores que contribuíram para o expressivo aumento de afastamentos por adoecimento mental. “A gestão de medo e assédio causou adoecimento e sofrimento entre os empregados”, disse Takemoto à Folha.
Embora Takemoto reconheça a mudança positiva no clima organizacional com a nova gestão do banco, com maior abertura para discutir e melhorar as condições de trabalho, ainda há mudanças a serem feitas. “A cobrança por metas abusivas ainda é um ponto crítico no banco, causando o adoecimento psicológico aos empregados”, afirmou o presidente da Fenae ao jornal.
"O adoecimento entre os empregados da Caixa não pode se tornar uma epidemia. Estamos atentos a esse cenário e trabalhando efetivamente para transformá-lo. Existe uma necessidade urgente de dar melhores condições de trabalho para todos os empregados, e isso inclui, sobretudo, combater as práticas de assédio, com o enfrentamento de metas abusivas e assédio moral. A questão perpassa ainda a defesa do Saúde Caixa, uma conquista dos trabalhadores que permite a assistência à saúde nos momentos em que mais precisarem. A Caixa e o governo precisam entender que o plano não é despesa, é investimento em saúde e bem-estar. Reforçamos aos empregados que, para que nossa ação seja bem-sucedida, é essencial a participação de todos. Se você for vítima de assédio ou presenciar esse tipo de situação em sua agência, entre em contato imediatamente com o Sindicato. Não aceite pressão, não tenha medo e denuncie. O sigilo é absoluto. O Sindicato está na luta com você!", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Sindicato e Contraf-CUT lançam campanha "Menos Metas, Mais Saúde" por um ambiente de trabalho saudável
O movimento sindical bancário está empenhado em promover uma mudança significativa no ambiente de trabalho dos profissionais do setor financeiro. Através da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, a Contraf-CUT, juntamente com os Sindicatos, lançou a iniciativa #BoraConversar, com o objetivo de conscientizar sobre os impactos prejudiciais das metas abusivas e incentivar o diálogo sobre assédio moral no ambiente corporativo.
“A conscientização sobre os efeitos negativos das metas abusivas é o primeiro passo para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Os bancários são encorajados a relatar casos de assédio moral, respeitando a confidencialidade e a privacidade das pessoas envolvidas. Compartilhar essas histórias contribui para a visibilidade do problema, encorajando outros a se manifestarem. As respostas irão nos ajudar a obter avanços nas negociações com os bancos e a construir um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado, onde as metas não sejam prejudiciais à saúde dos profissionais. Por isso a participação de todos é fundamental”, explicou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio Trigo.
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