06/02/2023

Santander lança novo “Desendivida” durante a semana

O banco Santander encaminhou um comunicado institucional aos seus funcionários, na última sexta-feira (3), informando que as agências funcionarão em horário estendido, das 9h às 18h, de 6 a 10 de fevereiro para atender, exclusivamente os clientes que queiram negociar dívidas.

A ação faz parte do programa “Desendivida”, criado pelo Santander no início de 2022. Na ocasião, o banco tentou abrir as agências aos sábados e foi alvo de inúmeras ações judiciais, que obtiveram liminares impedindo a abertura das agências.

“As liminares que impediram a abertura das agências aos sábados serviram de lição para o banco, que desta vez vai realizar o programa durante a semana em horário estendido. Mas, o banco ainda não aprendeu que deve negociar as ações que envolvam os trabalhadores”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

A coordenadora da COE lembrou ainda que o banco tem um normativo interno sobre a compensação de horas.

“Nós já cobramos do banco que sejam mantidas as condições de saúde e de segurança dos trabalhadores e que sejam devidamente registradas as horas de trabalho, inclusive as pausas para almoço, e que, já que o banco nos impôs esse normativo que prevê a compensação de horas e não o pagamento de horas-extras, que ele garanta que os gestores não vão apresentar qualquer tipo de empecilho para que as horas trabalhadas a mais sejam efetivamente compensadas em horas de descanso dos trabalhadores”, disse, ao ressaltar que o movimento sindical defende que as horas trabalhadas a mais devem ser pagas, e não compensadas, e que o normativo de compensação de horas foi criado pelo Santander, após a reforma trabalhista de 2017, sem qualquer tipo de negociação com as entidades de representação sindical dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região vai acompanhar não apenas o expediente estendido durante a semana, mas os desdobramentos para a compensação das horas trabalhadas a mais ou outra forma de compensação que possa vir a ser definida, como o seu devido pagamento.

“Orientamos que todos trabalhadores que se sentirem prejudicados, forem impedidos de compensar as horas ou sofrerem algum tipo de assédio em decorrência da ação, que entrem em contato conosco para que possamos avaliar os casos e tomarmos as medidas necessárias em defesa dos direitos da categoria”, ressaltou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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