26/12/2022
Presente de Natal da direção? Empregados são surpreendidos com regras que restringem pagamento do Bônus Caixa

Os critérios definidos pela diretoria da Caixa para o pagamento do Bônus Caixa têm gerado diversas reclamações entre os empregados. O programa (que alcança apenas alguns segmentos) prevê, entre suas premissas, que os empregados que compõem seu público-alvo precisam ter, cumulativamente, uma determinada nota na GDP, e sua unidade de lotação, ter alcançado determinada nota no Conquiste.
Agora, a direção “inova”, estabelecendo que não basta nem alcançar o “Azul” do Conquiste: também é necessário atingir ao menos 90% de “Geração de Valor”, para que os empregados da unidade que são público-alvo se habilitem ao Bônus.
O movimento sindical sempre foi contrário ao modelo de bônus adotado pela direção da Caixa, pois, além de ser aplicado apenas a uma parte dos empregados, tem as regras estabelecidas unilateralmente pela empresa, e se presta a reduzir a verba disponível para ser aplicada em outras finalidades, como o pagamento da PLR. Os problemas observados nos últimos anos mostraram que a crítica é correta: em 2021 muitos empregados precisaram devolver parte do dinheiro, em 2020 o então presidente prometeu uma “surpresa” para o bônus (que se materializou em um aumento das metas no último mês do ano, deixando o pagamento mais distante), entre outros desacertos da administração – revertidos, ao menos em parte, após atuação das entidades representativas.
“Toda a política de Recursos Humanos (RH) que amplie a remuneração ou direitos dos trabalhadores é bem-vinda. Os problemas começam quando políticas criam diferenciações entre os trabalhadores, segregando empregados em contemplados ou não. Nós somos contra as arbitrariedades do banco. O bônus Caixa não é negociado com os trabalhadores, diferentemente da PLR. Assim, a Caixa pode fazer e desfazer as regras, deixando os empregados à mercê dessas mudanças, sem ter como questionar e negociar e dando muita margem para a prática de assédio moral", destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Apcef/SP, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Alguns empregados afetados pela decisão da direção do banco dizem que o critério é absurdo, e uma mera forma da direção justificar o não pagamento dos valores.
“O que está acontecendo este ano é mais um absurdo da administração da Caixa. Como a direção pode considerar que uma agência que está em ‘Alta Performance’ não ‘gera valor’? O fato só mostra como a definição das metas pela alta direção do banco é absolutamente descolada da realidade, e a direção, como sempre, acaba penalizando os empregados”, criticou o diretor presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Se a intenção do Bônus é motivar, o efeito conseguido é o contrário. Vamos cobrar da VICOP e da VIRED a revisão do modelo”, concluiu.
Agora, a direção “inova”, estabelecendo que não basta nem alcançar o “Azul” do Conquiste: também é necessário atingir ao menos 90% de “Geração de Valor”, para que os empregados da unidade que são público-alvo se habilitem ao Bônus.
O movimento sindical sempre foi contrário ao modelo de bônus adotado pela direção da Caixa, pois, além de ser aplicado apenas a uma parte dos empregados, tem as regras estabelecidas unilateralmente pela empresa, e se presta a reduzir a verba disponível para ser aplicada em outras finalidades, como o pagamento da PLR. Os problemas observados nos últimos anos mostraram que a crítica é correta: em 2021 muitos empregados precisaram devolver parte do dinheiro, em 2020 o então presidente prometeu uma “surpresa” para o bônus (que se materializou em um aumento das metas no último mês do ano, deixando o pagamento mais distante), entre outros desacertos da administração – revertidos, ao menos em parte, após atuação das entidades representativas.
“Toda a política de Recursos Humanos (RH) que amplie a remuneração ou direitos dos trabalhadores é bem-vinda. Os problemas começam quando políticas criam diferenciações entre os trabalhadores, segregando empregados em contemplados ou não. Nós somos contra as arbitrariedades do banco. O bônus Caixa não é negociado com os trabalhadores, diferentemente da PLR. Assim, a Caixa pode fazer e desfazer as regras, deixando os empregados à mercê dessas mudanças, sem ter como questionar e negociar e dando muita margem para a prática de assédio moral", destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Apcef/SP, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Alguns empregados afetados pela decisão da direção do banco dizem que o critério é absurdo, e uma mera forma da direção justificar o não pagamento dos valores.
“O que está acontecendo este ano é mais um absurdo da administração da Caixa. Como a direção pode considerar que uma agência que está em ‘Alta Performance’ não ‘gera valor’? O fato só mostra como a definição das metas pela alta direção do banco é absolutamente descolada da realidade, e a direção, como sempre, acaba penalizando os empregados”, criticou o diretor presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Se a intenção do Bônus é motivar, o efeito conseguido é o contrário. Vamos cobrar da VICOP e da VIRED a revisão do modelo”, concluiu.
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