08/11/2022

Número de famílias com contas em atraso atinge maior patamar desde 2016

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) - apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) - registrou a maior taxa anual de famílias inadimplentes - ou seja, com contras atrasadas - desde 2016.

Segundo a CNC, os orçamentos domésticos seguem apertados, principalmente entre as famílias de menor renda. 

"O nível de endividamento alto e os juros elevados pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento, ficando mais difícil quitar todos os compromissos financeiros dentro do mês”, ressalva o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Após três altas mensais consecutivas, outubro registrou um recuo de 0,1 ponto percentual e 79,2% das famílias pesquisadas relataram ter dívidas a vencer em diversas modalidades: cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Em relação à inadimplência, a proporção de famílias brasileiras com contas atrasadas aumentou de 30% para 30,3%. No ano, o percentual de inadimplência cresceu 4,6 pontos - o maior aumento desde março de 2016.

Dados do Banco Central (Bacen) mostraram que os juros anuais em todas as linhas de crédito às pessoas físicas atingiram 53,7% em média, em setembro, crescimento de 12,5 p.p.
Fonte: Reconta Aí

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