30/08/2022
Câmara recebe requerimento contra uso político da Caixa

O uso político da Caixa Econômica Federal para promover a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, os critérios de meritocracia adotados pelo banco e a criação de uma subcomissão para acompanhar a apuração das denúncias de assédio sexual são objetos de requerimentos apresentados pela deputada federal Erika Kokay (PT/DF), na Câmara. Os documentos foram protocolados na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), na última quinta-feira (25).
No Requerimento 109/2022, a deputada pede a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para justificar as “atividades de campanha eleitoral” da presidente da Caixa, em horário de expediente. Nas divulgações do programa Caixa Pra Elas, Marques marca Jair Bolsonaro em suas publicações nas redes sociais. De acordo com a Lei que estabelece normas para as eleições, agentes públicos são proibidos de fazer campanha eleitoral em horário de trabalho.
“Pedimos a convocação do ministro da Economia para que esclareça à sociedade essa postura absolutamente ilegal da presidente da Caixa de utilizar a instituição como se fosse um palanque eleitoral”, informou a deputada. “Não podemos permitir que esse crime eleitoral aconteça dentro da instituição. Respeitem a Caixa!”, disse.
Em outro documento, Kokay também solicita a convocação do ministro para esclarecer os critérios de meritocracia adotados pela Caixa. O texto informa que o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmava conduzir uma administração baseada em conceitos meritocráticos; “Os fatos demonstraram, entretanto, que a tal meritocracia era apenas uma máscara para esconder as práticas abusivas do assédio moral e criminosas do assédio sexual”.
O documento também destaca a ausência de parâmetros técnicos para o preenchimento das funções e cargos de direção no banco enquanto empregados altamente qualificados são discriminados e excluídos de processo seletivo por terem participado de greve – direito garantido na Constituição. “O que prevalece na empresa é o critério de apadrinhamento de algumas pessoas e o de perseguição a outras”, disse a deputada, no Requerimento.
Assédio Sexual – A CTASP também recebeu o requerimento para a constituição de uma subcomissão de acompanhamento dos trabalhos de apuração das denúncias de assédio sexual praticados pelo ex-presidente, Pedro Guimarães, contra empregadas do banco.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e pela corregedoria do banco.
Os requerimentos apresentados e seus desdobramentos serão acompanhados pelo Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, que segue em alerta contra a perpetuação do modelo de gestão de Pedro Guimarães, que adoeceu os trabalhadores e colocou o banco nas manchetes de forma extremamente negativa.
"Estamos em plena Campanha Nacional e uma de nossas reivindicações é a inclusão de uma cláusula contra assédio sexual na nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), além de uma apuração rigorosa do que aconteceu na Caixa. Queremos evitar que outros casos se repitam nos bancos. Não permitiremos que este tipo de conduta volte a se repetir, nem mesmo o uso político de uma instituição pública que é patrimônio dos brasileiros, que deveria estar exclusivamente a serviço da população e não como palanque para candidato", ressaltou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
No Requerimento 109/2022, a deputada pede a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para justificar as “atividades de campanha eleitoral” da presidente da Caixa, em horário de expediente. Nas divulgações do programa Caixa Pra Elas, Marques marca Jair Bolsonaro em suas publicações nas redes sociais. De acordo com a Lei que estabelece normas para as eleições, agentes públicos são proibidos de fazer campanha eleitoral em horário de trabalho.
“Pedimos a convocação do ministro da Economia para que esclareça à sociedade essa postura absolutamente ilegal da presidente da Caixa de utilizar a instituição como se fosse um palanque eleitoral”, informou a deputada. “Não podemos permitir que esse crime eleitoral aconteça dentro da instituição. Respeitem a Caixa!”, disse.
Em outro documento, Kokay também solicita a convocação do ministro para esclarecer os critérios de meritocracia adotados pela Caixa. O texto informa que o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmava conduzir uma administração baseada em conceitos meritocráticos; “Os fatos demonstraram, entretanto, que a tal meritocracia era apenas uma máscara para esconder as práticas abusivas do assédio moral e criminosas do assédio sexual”.
O documento também destaca a ausência de parâmetros técnicos para o preenchimento das funções e cargos de direção no banco enquanto empregados altamente qualificados são discriminados e excluídos de processo seletivo por terem participado de greve – direito garantido na Constituição. “O que prevalece na empresa é o critério de apadrinhamento de algumas pessoas e o de perseguição a outras”, disse a deputada, no Requerimento.
Assédio Sexual – A CTASP também recebeu o requerimento para a constituição de uma subcomissão de acompanhamento dos trabalhos de apuração das denúncias de assédio sexual praticados pelo ex-presidente, Pedro Guimarães, contra empregadas do banco.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e pela corregedoria do banco.
Os requerimentos apresentados e seus desdobramentos serão acompanhados pelo Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, que segue em alerta contra a perpetuação do modelo de gestão de Pedro Guimarães, que adoeceu os trabalhadores e colocou o banco nas manchetes de forma extremamente negativa.
"Estamos em plena Campanha Nacional e uma de nossas reivindicações é a inclusão de uma cláusula contra assédio sexual na nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), além de uma apuração rigorosa do que aconteceu na Caixa. Queremos evitar que outros casos se repitam nos bancos. Não permitiremos que este tipo de conduta volte a se repetir, nem mesmo o uso político de uma instituição pública que é patrimônio dos brasileiros, que deveria estar exclusivamente a serviço da população e não como palanque para candidato", ressaltou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
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