18/08/2022
Lucro da Caixa cai no primeiro semestre de 2022
A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2022, resultado que representa queda de 59,66% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 1,8 bilhão, 27,9% menor em relação ao trimestre anterior.
Nos primeiros seis meses de 2021, o resultado havia sido impactado por ganhos com a venda de ativos na participação relativa da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão), das ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão) – todos itens não recorrentes, também chamados de extraordinários, que elevaram o lucro naquele momento.
Sem as receitas desses negócios, os resultados do primeiro semestre deste ano foram bastante inferiores, afinal o setor da seguridade respondia por grande parte do resultado da instituição até então. No período, a Caixa usou créditos tributários, sem os quais a queda no lucro teria sido ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com acentuada queda de 9,46 pontos percentuais (p.p.).
No período de doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7%, e totalizou R$ 928,2 bilhões; no segmento de pessoas físicas, de 23,2% (R$ 127,3 bilhões); e no de pessoas jurídicas, de 8,2% (R$ 81,3 bilhões).
Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11%. As operações de saneamento e infraestrutura foram 2,2% maiores, e somaram R$ 93,6 bilhões. O maior destaque foi do crédito rural, que saltou 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões.
A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 1,89%, com redução de 0,57 p.p. na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito foram de R$ 7,8 bilhões, acréscimo de 51,97%.
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias alcançaram R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 5,49% em doze meses. As despesas de pessoal, já incluída a PLR, somaram de R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 4,39%. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.
"A redução do lucro da Caixa, se comparado em relação ao mesmo período do ano anterior, é também consequência do processo de desmonte, o qual o banco público vem sofrendo há anos. Entretanto, os números referentes às receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias demonstram que a Caixa tem total condições de atender às reivindicações da categoria, ao invés de insistir em retirar direitos na mesa de negociação com os trabalhadores. Não vamos retroceder. A Caixa pode e deve oferecer melhores condições de trabalho para seus empregados, que estão adoecendo pela sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções, metas abusivas e assédio”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Após forte atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014 e preencheu 2.639 postos de trabalho em doze meses e encerrou o primeiro semestre de 2022 com 86.901 empregados e empregadas. Ao mesmo tempo, o banco captou 3,3 milhões de novos clientes. Com isso, cada empregado ou empregada passou a ser responsável, em média, por atender 1.714,4 clientes. Em comparação ao primeiro semestre de 2021, não foram fechadas agências e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades de Caixa Aqui e 75 casas lotéricas.
Nos primeiros seis meses de 2021, o resultado havia sido impactado por ganhos com a venda de ativos na participação relativa da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão), das ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão) – todos itens não recorrentes, também chamados de extraordinários, que elevaram o lucro naquele momento.
Sem as receitas desses negócios, os resultados do primeiro semestre deste ano foram bastante inferiores, afinal o setor da seguridade respondia por grande parte do resultado da instituição até então. No período, a Caixa usou créditos tributários, sem os quais a queda no lucro teria sido ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com acentuada queda de 9,46 pontos percentuais (p.p.).
No período de doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7%, e totalizou R$ 928,2 bilhões; no segmento de pessoas físicas, de 23,2% (R$ 127,3 bilhões); e no de pessoas jurídicas, de 8,2% (R$ 81,3 bilhões).
Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11%. As operações de saneamento e infraestrutura foram 2,2% maiores, e somaram R$ 93,6 bilhões. O maior destaque foi do crédito rural, que saltou 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões.
A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 1,89%, com redução de 0,57 p.p. na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito foram de R$ 7,8 bilhões, acréscimo de 51,97%.
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias alcançaram R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 5,49% em doze meses. As despesas de pessoal, já incluída a PLR, somaram de R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 4,39%. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.
"A redução do lucro da Caixa, se comparado em relação ao mesmo período do ano anterior, é também consequência do processo de desmonte, o qual o banco público vem sofrendo há anos. Entretanto, os números referentes às receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias demonstram que a Caixa tem total condições de atender às reivindicações da categoria, ao invés de insistir em retirar direitos na mesa de negociação com os trabalhadores. Não vamos retroceder. A Caixa pode e deve oferecer melhores condições de trabalho para seus empregados, que estão adoecendo pela sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções, metas abusivas e assédio”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Após forte atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014 e preencheu 2.639 postos de trabalho em doze meses e encerrou o primeiro semestre de 2022 com 86.901 empregados e empregadas. Ao mesmo tempo, o banco captou 3,3 milhões de novos clientes. Com isso, cada empregado ou empregada passou a ser responsável, em média, por atender 1.714,4 clientes. Em comparação ao primeiro semestre de 2021, não foram fechadas agências e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades de Caixa Aqui e 75 casas lotéricas.

Fonte: Demonstrações Financeiras da Caixa Econômica Federal (2º trimestre de 2022).
Elaborado pela Rede Bancários – Dieese.
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