05/04/2022
Movimento sindical cobra Santander sobre horário estendido nas agências

O movimento sindical cobrou a direção do Santander para que o horário de atendimento das agências volte à regularidade: das 10h às 16h, ou das 10h às 15h nos municípios que assim determinaram, conforme legislação local. A direção do Santander respondeu que este tema está em discussão internamente, e se comprometeu a dar retorno ao movimento sindical até o fim desta semana.
A direção do Santander convocou para o trabalho presencial, a partir de ontem, segunda-feira (4), os funcionários do grupo de risco para a covid-19.
“Ou seja, o cenário atual leva a crer que, para o Santander, a segurança e a prevenção contra o coronavírus dentro das agências para os funcionários, independentemente de comorbidades ou demais fatores que agravam uma infecção, é menos importante do que para os clientes, já que os bancários do grupo de risco foram convocados para o retorno presencial, mas as agências continuam com horário estendido para clientes do grupo de risco para a covid-19”, ressalta Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander).
Durante a pandemia, o Santander, junto como os demais bancos, implementou horário de atendimento preferencial das 9h às 10h nas agências para idosos e pessoas do grupo de risco para o coronavírus.
Atualmente os bancos não procedem mais dessa forma. O horário regular das agências voltou para o horário normal: das 10h às 16h. O Santander, contudo, é o único banco que permanece com horário preferencial das 9h às 10h, e estende o tempo de atendimento até às 16h, inclusive nos municípios onde o horário se encerra às 15h.
“O dia a dia nas agências de todo o páis está um inferno. Após as 14h, o fluxo de clientes tem aumentado consideravelmente, o que gera aglomerações. Os funcionários relatam que não estão conseguindo lidar com sete horas ininterruptas de atendimento, e o fluxo e os processos de trabalho não estão adequados, de forma que os trabalhadores não estão conseguindo lidar com o atendimento ao público, simultaneamente a todo o trabalho burocrático da agência”, relata o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
O movimento sindical questionou a direção do banco na segunda-feira (4) e cobrou que a medida seja revista por meio da regularização do horário de atendimento.
Da forma como está, o banco tem usado a pandemia como pretexto para aumentar a carga de trabalho nas situações que lhe convém, haja visto que uma hora a mais de atendimento significa sobrecarga de trabalho para os bancários. E ainda há denúncias de que, em diversos locais de trabalho, clientes que não são do grupo de risco chegam entre 9h e 10h, e acabam atendidos porque nenhum bancário ousaria recusar atendimento.
"Os lucros do banco aumentam a cada período, assim como a carteira de clientes. Em contrapartida, o número de bancários está sendo reduzido, em um contexto de aumento de pressão pelo cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros cada vez maiores, o que está resultando em uma epidemia de adoecimentos relacionados ao trabalho. Aumentar o horário de atendimento não é a solução. O que banco precisa e possui condições suficientes para isso é contratar mais funcionários, melhorar a capacitação e o treinamento, e revisar e reestruturar os processos e sistemas a fim de garantir um atendimento de qualidade para o cliente, e um ambiente de trabalho saudável", acrescenta Vicentim.
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