25/01/2022
Bradesco quadruplica metas em pleno agravamento da pandemia
Mesmo com diversas agências fechadas para sanitização ou desfalcadas com o afastamento de bancários por covid-19 ou influenza (H3N2), o Bradesco está triplicando e em alguns casos quadruplicando metas de vendas. As várias denúncias que chegaram ao movimento sindical dizem respeito a diferentes agências em algumas regiões do país.
Bancários estão pedindo socorro, pois, com a diminuição do número de funcionários devido ao aumento de casos positivos para covid ou H3N2 e com o aumento do número de fechamento de agências em obediência ao protocolo covid, está praticamente impossível entregar os resultados exigidos.
Trabalhadores relatam que as cobranças por mensagens, vídeos, e-mails e telefonemas estão sendo feitas o dia todo e inclusive nos horários fora do expediente bancário.
Segundo as denúncias dos bancários, seus superiores teriam argumentado que o aumento das metas era para compensar as metas não realizadas no ano anterior e ainda antecipar as metas do ano de 2022. Mas, o banco parece não lembrar que no ano passado o país viveu o pior momento da pandemia, com recordes nos números de mortes. O banco parece não lembrar também que, com a chegada da variante Ômicron, o número de contaminações por covid voltou a bater recordes nesse início de ano.
“Metas abusivas significam sobrecarga de trabalho. O resultado desse ambiente altamente estressante, em plena pandemia, é o adoecimento da categoria. Além das vítimas da pandemia, que ficaram com sequelas da covid, temos um número preocupante de funcionários com doenças mentais e físicas”, afirma o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
O dirigente reforça que o assédio moral é uma prática ilegal, que adoece e retira a dignidade dos trabalhadores, e orienta aos funcionários que forem vítimas desse tipo de situação a denunciarem ao Sindicato. "Conquistamos um canal específico de denúncia de assédio moral. Usem dessa ferramenta para combater essa prática tão perversa que muitas insitituições ainda insistem em praticar, mesmo de maneira ilegal. O sigilo é garantido e com total segurança de que os trabalhadores não sofrerão retaliação por parte do superior ou do banco”, ressalta.
Outro fator importante que o banco negligencia é que as demissões em massa e fechamento de agências também não cessaram durante a pandemia, ocasionando a sobrecarga de trabalho e o consequente adoecimento dos trabalhadores, impactando também na entrega dos resultados.
De março de 2020, quando começou a pandemia, até setembro de 2021, o Bradesco extinguiu 9.498 postos de trabalho, segundo o último balanço divulgado pelo banco.
Representantes dos trabalhadores cobraram, na última mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no dia 18 de janeiro, a suspensão das demissões durante a pandemia e das metas abusivas.
Para Trigo, quem tem lucro bilionário não tem justificativa para demitir e precisa mesmo contratar para oferecer atendimento de qualidade aos clientes e usuários, que pagam altas taxas pelos serviços. “Ao invés de reduzir o número de funcionários e implantar agências de negócios, o Bradesco tem que voltar a ser o banco de antes, com as portas abertas para a população e mais bancários para melhor atender e aliviar a rotina estressante e adoecedora que tem imposto aos trabalhadores”, cobra o diretor.
Movimento sindical tomará providências
As entidades representativas da categoria já entraram em contato com o banco cobrando o fim das metas abusivas, deixando claro que esse tipo de cobrança, num momento crítico como este, é desumano e irresponsável.
O Sindicato orienta aos bancários que se sentirem pressionados ou assediados moralmente pela cobrança de metas abusivas a denunciarem à entidade, além de demais problemas como desrespeitos ao protocolo de segurança contra a Covid-19. O sigilo é garantido!
Procure o Sindicato
A participação dos trabalhadores neste processo é fundamental para garantir a saúde e um ambiente saudável para todos. Para isso, devem se manter conectados ao Sindicato, denunciando as condições de trabalho. O sigilo é absoluto!
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> Você pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186
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