24/09/2021
Bancários devem participar de atos em defesa da democracia e dos direitos

“Frente aos atuais ataques contra a democracia, às instituições do Estado, o patrimônio público, ao exercício da liberdade e da cidadania e, principalmente, aos direitos sociais e trabalhistas, defendemos a intensificação da organização e da mobilização da classe trabalhadora na resistência contra a ascensão do pensamento golpista de cunho fascista e do neoliberalismo, que atentam contra as garantias democráticas e sociais.”
Este é o primeiro parágrafo da resolução em “defesa da democracia plena e contra os ataques aos direitos do povo brasileiro”, aprovada pelos delegados e delegadas da 23ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorreu nos dias 3 e 4 de setembro.
O texto lembra que os ataques às pautas territoriais, de gênero, étnicas e trabalhistas são a tônica daqueles que ocupam o poder central da nação, que pregam a naturalização da desigualdade social e da violência como instrumento político. Este pensamento já levou milhões de brasileiros à fome e ao desemprego.
“A cada dia que vamos ao mercado vemos que os preços dos produtos, principalmente dos alimentos, estão mais caros. O dinheiro que antes dava para encher um carrinho de compras, hoje é o que se gasta com as compras emergenciais na mercearia da esquina para, no máximo, alguns dias. Com os remédios acontece a mesma coisa. Mas, o mais grave é que os salários não acompanham as altas de preços e os trabalhadores, a cada reforma, a cada medida do governo, perde mais direitos e mais poder de compra”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “E não me venha colocar a culpa na pandemia, ou na ‘crise’. Os males que estamos tendo que enfrentar tem suas origens nas políticas implementadas pelo governo Bolsonaro, que beneficia o mercado financeiro e os empresários e prejudica os trabalhadores”, completou.
Este é um dos motivos pelos quais a 23ª Conferência Nacional dos Bancários tirou como uma de suas resoluções a mobilização e engajamento da categoria nos atos em defesa da democracia e dos direitos organizados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, junto às Centrais Sindicais contra os desmandos do governo Bolsonaro e tudo o que este representa.
> Leia a íntegra das resoluções da 23ª Conferência Nacional dos Bancários
Comunicado da CUT
Neste mesmo sentido, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) emitiu um comunicado sobre as manifestações que acontecerão em 2 de outubro à sua direção nacional, estaduais, ramos e entidades filiadas pedindo para que todos:
- Priorizem a mobilização e organização dos atos no dia 2 de outubro;
- Mobilizem nossas categorias nos locais de trabalho;
- Mobilizem a população nos bairros, terminais de transporte e locais de maior circulação, através do uso de carros de som, realização de mutirões de panfletagem, colagens etc.;
- Defendam no dia 2 de outubro: Fora Bolsonaro, Impeachment Já! Em defesa da vida, da democracia e da renda do povo! Contra a fome, o desemprego e a carestia! Mais serviços públicos e soberania: contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e as Privatizações!;
- Construam a maior e mais ampla manifestação popular, convidando todas as forças democráticas comprometidas com a luta pelo Fora Bolsonaro! Com liberdade e respeito às bandeiras de luta de todos os movimentos;
- Realizem plenárias nacional e estaduais de organização e mobilização com nossos sindicatos e ramos;
- Deem visibilidade às nossas ações e bandeiras nas redes sociais das entidades, dirigentes e militantes;
- Envolvam todos os setores na luta dos servidores, organizando um novo dia de mobilização e luta;
- Construam unidade com as frentes e centrais nos estados para organizar os atos conjuntamente e ampliem a mobilização;
- Garantam a visibilidade da CUT e de nossas bandeiras de luta nos atos (faixas, bandeiras, bonés, balões etc.);
- Organizem e assegurem a segurança física e sanitária dos participantes com a distribuição de máscaras e álcool gel para os manifestantes e com a montagem de grupos de apoio jurídico e de segurança.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Por unanimidade, STF reconhece existência de racismo estrutural no Brasil. Entenda
- Novo salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026
- Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu
- Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio
- Com início do recesso no Congresso, movimento sindical bancário projeta para 2026 atuação nas pautas de interesse dos trabalhadores
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade