O temor de uma terceira e mais letal onda do novo coronavírus e o risco de disseminação da nova cepa indiana, que já está no Brasil, levou pelo menos cinco estados a anteciparem o calendário de vacinação contra a Covid-19, doença provocada pelo vírus. A corrida pela imunização gerou uma “disputa” do bem para ver quem vacina mais pessoas em São Paulo, Maranhão, Pará, Paraná e Rio de Janeiro.

Na prática, todos ganham com a imunização no momento em que o Brasil se aproxima de 500 mil vidas perdidas desde o início da pandemia, em março de 2020, e a média diária de morte se aproxima mais uma vez  de 2 mil.

Estudo da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista, divulgado pela TV Globo, mostra que se o Brasil ampliasse para dois milhões de doses de vacinas aplicadas por dia, 20 mil vidas seriam salvas todo mês. O estudo aponta que 60 mil mortes poderiam ter sido evitadas nos últimos três meses caso o ritmo de vacinação fosse mais acelerado.

O atraso da vacinação no país é responsabilidade do governo Jair Bolsonaro (ex-PSL), que ignorou todos os e-mails de oferta de vacinas feitos pela Pfizer no ano passado, demorou até para comprar a CoronaVac, produzida pelo  Instituto Butantan, e investiu na produção de um medicamento inefiaz contra a doença, a cloroquina, no negacionismo e nas aglomerações.

São Paulo

O governador João Doria (PSDB) antecipou em um mês o calendário de vacinação contra a Covid-19. O anúncio foi feito no último domingo (13) na sede do governo paulista.

Segundo o governo, até 15 de setembro todos os adultos já terão recebido a primeira dose de vacina contra a Covid-19.

O calendário de vacinação no estado de São Paulo ficou assim:

Sindicato luta pela vacinação da categoria bancária 
 

O Sindicato, junto às demais entidades de representação da categoria, tem lutado desde o início da vacinação no país pela inclusão dos bancários e bancárias no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização contra o Coronavírus. São campanhas, abaixo-assinados, ofícios encaminhados às prefeituras e aos governos estadual e federal, além de ações nas redes sociais para pressionar pela proteção à saúde e à vida dos trabalhadores.

“Na linha de frente desde o início da pandemia, assim como os profissionais de saúde, a categoria não deixou de trabalhar nem um dia sequer para atender a população.  Prestamos um serviço essencial que não é reconhecido nem pelos bancos e nem pelo governo. A vida não pode esperar. Vacina já para a categoria bancária e para todos!”, ressalta o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.

Como sindicato cidadão, além de lutar pela imunização da categoria e da população, a entidade busca alertar também sobre a importância da vacina. Caso você tenha perdido o prazo da segunda dose, procure mesmo assim o quanto antes um posto de vacinação. Ao não completar o esquema vacinal, você não coloca em risco somente a sua saúde, mas compromete a barreira de proteção contra a Covid-19 como um todo.

'Xepa' da vacina Covid-19: Catanduva abre cadastro de doses sobrantes para pessoas

Em Catanduva, a Prefeitura abriu cadastro para que pessoas com comorbidades e deficiências permanentes, a partir de 18 anos, possam ser vacinadas contra a Covid-19, a chamada Xepa da Vacina.

As doses sobrantes são aplicadas próximo ao término do horário de funcionamento dos pontos de imunização, para evitar perda da vacina em frascos já abertos naquele dia.

É válido destacar a importância de, no momento do preenchimento do formulário cadastral, adicionar um telefone para que os profissionais de saúde consigam realizar o contato de maneira mais rápida. 

O cadastro deve ser efetuado no site da Prefeitura (http://www.catanduva.sp.gov.br/vacinados/formularios-covid-19/).

Algumas outras cidades da região, pertencentes à base do Sindicato, também aderiram à prática. Informe-se pela Prefeitura ou nas unidades de saúde do seu município. 

"Ainda que você já tenha recebido as duas doses contra o coronavírus e se vacinado contra a gripe H1N1, continue adotando as medidas de proteção como o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento social. Espalhe esta informação!", ressalta Campolungo.