14/06/2021
Sindicato cobra do Santander respeito à jornada de bancários em home office
A pressão excessiva pelo cumprimento de metas no Santander para que os bancários realizem suas tarefas diárias está causando frequentemente extrapolação da jornada diária de oito horas.
Representantes dos trabalhadores têm recebido diversos relatos de bancários que estão fazendo horas extras diariamente e também aos finais de semana, sem saber como e se irão recebê-las.
Este fato está ocorrendo com os trabalhadores em home office que assinaram o contrato de teletrabalho, imposto pelo Santander, e sem a participação dos Sindicatos, contrato este que, por sinal, vem evidenciando diariamente o quanto é prejudicial ao trabalhador.
Estes bancários estão fazendo um controle de horas extras em uma planilha de horas excedentes, criadas por eles mesmos, pois não há um sistema disponível pelo banco pra registrar a jornada excedente, embora o Santander tenha total condição sistêmica de implantar ponto eletrônico no teletrabalho. É válido lembrar, ainda, que mesmo que não tenha o ponto em si, há muitas outras maneiras para se fazer controle de jornada.
O acordo de Teletrabalho, assinado pelo trabalhador diretamente com o banco, e sem participação dos Sindicatos, não prevê ponto eletrônico. O movimento sindical já cobrou do Santander uma solução, mas ainda não obteve retorno.
“O home office em tempos de pandemia do coronavírus é essencial para garantir a segurança dos bancários e também para conter o ritmo de contágio da doença. Mas não pode haver abusos por parte do Santander. A jornada de trabalho deve ser garantida pelo banco, e é sua obrigação fornecer mecanismos para que os direitos dos seus funcionários sejam respeitados. Reivindicamos que as horas extras sejam devidamente anotadas para que possam ser pagas corretamente, de acordo com a lei”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
Sem ponto eletrônico e sem ajuda de custo
Além do problema da ausência do ponto eletrônico, o atual acordo de teletrabalho do Santander não prevê ajuda de custo, diferentemente dos que estão sendo negociados pelo Sindicato com os outros bancos. Ou seja, o Santander se recusa a negociar teletrabalho e ainda prejudica os bancários, que arcam com todo o custo de trabalhar em casa.
"O Santander, mais uma vez, mostra sua postura arbitrária, unilateral e de desprezo pela negociação coletiva. É inadmissível que o banco, que tira do Brasil a maior fatia de seu lucro mundial, tente impor prejuízos, financeiros e de qualidade de vida, aos seus trabalhadores”, acrescenta Campolungo.
Denuncie problemas no local de trabalho
Os bancários devem denunciar ao Sindicato qualquer problema no local de trabalho, para que a entidade entre em contato com a direção do banco a fim de buscar solução, garantindo sempre o anonimato do trabalhador.
A atuação do Sindicato se torna mais eficaz com a participação dos trabalhadores, por isso é de fundamental importância que os bancários procurem a entidade para denunciar problemas no local de trabalho e se mantenham sindicalizados.
Procure o Sindicato
O Sindicato está monitorando todos os locais de trabalho e alertando os bancários. Como as informações estão sendo atualizadas constantemente, deixamos aqui nossos canais de comunicação.
> Está com um problema no seu local de trabalho ou seu banco não está cumprindo o acordado? CLIQUE AQUI e denuncie. O sigilo é absoluto.
> Você pode entrar em contato diretamente com um de nossos diretores através de seus contatos pessoais. Confira: Roberto Vicentim - (17) 99135-3215, Júlio Trigo - (17) 99191-6750, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony) - (17) 99141-0844, Sérgio L. De Castro Ribeiro (Chimbica) - (17) 99707-1017, Luiz Eduardo Campolungo - (17) 99136-7822 e Luiz César de Freitas (Alemão) - (11) 99145-5186
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