29/12/2020
Entidades denunciam assédio e fazem Mercantil assinar cláusula sobre conflitos

Foi realizada, no dia 23 de dezembro, uma reunião entre representantes dos trabalhadores e a direção do Banco Mercantil do Brasil para discutir novas denúncias de assédio moral praticado pela Gerência Executiva de Atendimento e Suporte à Rede.
Representantes dos trabalhadores levaram ao conhecimento do banco os relatos dos funcionários assediados. Socos na mesa, gritaria, palavras depreciativas e de baixo calão, cobrança exacerbadas de metas por telefone e whatsapp, funcionários sendo obrigados a fazer favores pessoais aos superiores, como compras de supermercado e idas a cartórios, ameaças de demissão e comparações entre salários de funcionários, viraram práticas constantes. Os funcionários em home office ainda são obrigados a tirar foto quando começam a trabalhar e ao terminarem.
O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte teve acesso a um vídeo, do dia 30 de outubro, em plena pandemia, quando foi realizado um evento na agência Matriz do banco, em comemoração ao cumprimento da meta global, em que os funcionários foram obrigados a se aglomerarem sem máscaras e a gritarem palavras de exaltação, tudo isso acompanhado de bandinha de música e grande estardalhaço. Logo após a realização do evento, os casos de Covid-19 aumentaram consideravelmente entre os funcionários que participaram do evento.
Em relação a isso, os representantes do banco se comprometam a levar as denúncias aos órgãos superiores da empresa, solicitando o prazo de resposta até o dia 20 de janeiro de 2021. O Mercantil também anunciou que irá aderir à cláusula 61, da CCT, com a adoção de mecanismos de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do banco e coordenador nacional da COE/BMB, as denúncias são gravíssimas e têm que ser apuradas. Ele ressalta que o anúncio da adesão espontânea do Mercantil à cláusula 61 da CCT é um grande avanço para a luta dos trabalhadores e dos Sindicatos.
“Antes de mais nada, é um compromisso do banco para que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho. Não admitiremos mais o assédio moral no Mercantil do Brasil. Daí a importância de todos se filiarem para que tenhamos um Sindicato forte e atuante em defesa dos direitos da categoria.
"Os funcionários estão se esforçando para oferecer atendimento de qualidade aos clientes, colocando suas vidas em risco em plena pandemia, e merecem no mínimo um ambiente saudável para trabalhar, livre de assédio moral", acrescenta o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo.
O diretor lembra aos colegas que estão sendo excessivamente cobrados e pressionados, ou que presenciarem posturas em desacordo com o que está acordado com o Sindicato, para denunciar imediatamente.
O Sindicato, que sempre esteve ao lado dos bancários, tem um canal de denúncias contra o assédio moral. As queixas, com garantia de anonimato, podem ser feitas pela ferramenta Denuncie, no site da entidade, ou através do contato (17) 99259-1987.
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