10/12/2020

Prazo para PDV termina nesta sexta (11); Empregados devem denunciar pressão



O prazo para a adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) se encerra nesta sexta-feira (11). Para as entidades representativas dos bancários e movimentos sindicais, um dos motivos para a reabertura do PDV seria o baixo número de adesão, cerca de 2,3 mil. O banco pretendia que 7,2 mil empregados saíssem.

As regras continuam as mesmas do último programa aberto, com o objetivo de adequar o banco à Emenda Constitucional nº 103, da reforma da previdência.

Os empregados têm denunciado a pressão da gestão da Caixa para aderirem ao PDV. Os relatos são de funções congeladas, mudanças de área, além da entrega de imóveis da estatal, o que tem causado o pânico entre os empregados. Muitos trabalhadores já relatam que estão sendo descomissionados.

“O que estamos vendo é o total desmonte da Caixa. O banco reabriu o PDV logo após o início de uma reestruturação, sem nenhum planejamento. O que parece é que o único intuito foi pressionar os empregados a aderirem ao Plano, pois a Caixa não alcançou o objetivo de mais de sete mil adesões”, afirmou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) orienta que os trabalhadores estejam seguros da escolha. E alerta para que, a qualquer sinal de pressão, o trabalhador acione o sindicato da categoria. "Essa é uma mudança para toda a vida. Então os empregados devem estar seguros dessa mudança. Os colegas devem denunciar para os sindicatos se estiverem recebendo pressão para a adesão", afirmou a coordenadora Comissão, Fabiana Uehara Proscholdt.

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região tem à disposição dos trabalhadores uma assessoria jurídica, em caso de dúvidas com relação ao PDV. Mais informações sobre os agendamentos podem ser obtidas pelo (17) 3522-2409 ou pelo WhatsApp (17) 99259-1987. 

"Está cada vez mais complicado ser atendido na Caixa sem ter que enfrentar longas filas e passar horas na agência para resolver qualquer pendência, sobretudo com os riscos de contaminação por Covid-19. Consequência do desmonte iniciado no governo Temer e reforçado por Bolsonaro, que resultou em um déficit de mais de 17 mil empregados. Somado a isso, o aumento abusivo das metas tem deixado os trabalhadores esgotados e assustados com a possibilidade de perder função em um momento de pandemia. Por conta do pagamento do auxílio emergencial, o problema ficou ainda mais evidente. A Caixa precisa repor, pelo menos, a quantidade que cubra o déficit, agora ampliado pelo PDV", reforça o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

A entidade segue na luta pela convocação de aprovados no concurso público de 2014 para que seja retomada a recomposição do quadro, proporcionando melhores condições de trabalho aos empregados e um atendimento mais adequado ao tamanho da demanda do banco 100% público.
Fonte: Fenae, com edição de Seeb Catanduva

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