10/12/2020

Despejo das áreas promovido por Guimarães, PDVs e o bônus aos VPs: qual a relação?



Os empregados podem ficar à míngua, passar por processos de reestruturação tocados de maneira informal e sem a mínima transparência pelos vice-presidentes e diretores do banco (porém, confirmados pela atualização do MN OR005), sofrer com transferências realizadas de forma perversa e com intenções mal explicadas e passar por um verdadeiro “despejo” dentro da própria empresa, tendo que procurar um novo lugar para acomodar sua área sem qualquer cronograma, apoio ou orientação. Para os executivos da empresa (presidente, VPs e diretores), vale tudo para garantir seus bônus.

A orientação para a redução da empresa como parâmetro para o pagamento dos bônus é relatada pelo Broadcast em matéria assinada por Aline Bronzati em 6 de dezembro, publicada pelo Estadão e replicada em diversos sites.

Esta determinação da alta gestão da Caixa tem causado entre os empregados enorme insatisfação e perplexidade. O sentimento é de descrença em Pedro Guimarães, Paulo Ângelo, Girlana Peixoto, entre outros, já que a impressão de falta de rumo que a direção da empresa passa, para quem tenta encontrar racionalidade em suas ações, é enorme.

Em visita a unidades que estão sendo despejadas, representantes dos empregados encontraram áreas que estão instaladas em prédios há menos de um ano, e cujo contrato de locação, vigente, impõe multa à Caixa em caso de rescisão. Outra área, no mesmo prédio, que também foi instalada lá recentemente, ainda está com a reforma em andamento, teve há pouquíssimo tempo balcões instalados e recebeu carpete e luminárias para terminar a reforma que está sendo feita para adequação do local. Mesmo assim, com a reforma em andamento, recebeu a notícia que deveria desocupar o local e procurar algum local em agência disponível para se mudar.

“Recentemente, a rede passou por uma reestruturação que previa a migração dos negócios com clientes de grande porte para outra estrutura, vinculada à Vicat, que funcionaria segregada das chamadas unidades de varejo. A justificativa para a segregação seria a necessidade de um tratamento diferenciado aos clientes de atacado. Agora, da forma como está ocorrendo esta mudança, a área responsável por atender estes será na verdade um ‘puxadinho’ em uma agência”, relata o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Este tipo de atitude só aumenta o descrédito que os empregados têm nas ações da direção do banco. Ninguém é contra buscar economia, mas deve haver respeito, diálogo e planejamento. O foco das mudanças deve ser a sustentabilidade da Caixa, e não o pagamento de bônus aos executivos”, complementa.

"O Sindicato reforça sua reivindicação à direção da Caixa por mais transparência e respeito às pessoas que estão passando por esse processo de incertezas, instaurado nas agências por conta de uma reestruturação imposta pelo banco de maneira abrupta e sem diálogo prévio com a representação dos empregados. A situação piora ainda mais a saúde mental dos trabalhadores, que já está abalada em decorrência da pandemia e da sobrecarga de trabalho, e que pode refler não somente na vida deles, mas também de seus familiares.  A Caixa não pode simplesmente mudar a vida das pessoas sem nenhum tipo de negociação e organização. Cobramos que o banco respeite o acordo assinado por ele e esclareça o que pretende fazer", reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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