03/12/2020
Empregados denunciam mudança constante de regras de metas imposta pela Caixa

Mudanças nas metas estabelecidas e inclusão de novas metas vêm surpreendendo os empregados da Caixa Econômica Federal, prejudicando a avaliação das unidades, equipes e os próprios trabalhadores.
“Um clima de desorientação e assédio se instala no ambiente de trabalho da Caixa. E isso é péssimo! Gestores falam em metas desafiadoras, mas o que vemos são metas pra lá de adoecedoras e que desconsideram, inclusive, o cenário de pandemia que ainda vivenciamos. Tá faltando não só planejamento da direção da Caixa, mas principalmente respeito com seus empregados”, avaliou a coordenadora da Comissão de Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
De acordo com as últimas denúncias dos empregados da empresa, com as alterações recentes no Conquiste, as agências caíram 10 pontos, em média. Antes das mudanças, quase todas estavam em Alta Performance, e muitas com as metas batidas até o final do ano. Agora, quem ainda não saiu da Alta Performance, está se mantendo por muito pouco.
Para o diretor-presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros, um gestor não consegue realizar seu planejamento se o executivo da empresa muda a todo momento o foco das cobranças. “Como é possível alterar as ‘regras do jogo’ do meio pro final da partida? Não se gerencia o que não se mede”, observou o dirigente da Apcef/SP citando o estatístico e professor universitário estadunidense William Deming. “Mas, a atual direção do banco parece que não sabe nem quer saber o que pretende medir, já que altera o Conquiste constantemente”, completou.
Itens que até recentemente faziam parte do Conquiste e eram bastante cobrados, como o “home broker”, foram excluídos, enquanto outros itens foram incluídos. A cobrança sobre o “home broker” ocorreu com mais força no período em que havia, pela direção do banco, a perspectiva da primeira venda ações de áreas do banco, como a Caixa Seguridade, (IPO – sigla em Inglês).
“Mais uma vez, os empregados se mostram indignados, com toda a razão. Esperamos um diálogo mais transparente com a Caixa e, principalmente, que o banco respeite e valorize seu corpo funcional”, concluiu Fabiana.
Mesa permanente
Este tema (aumento das metas e seus reflexos) está pautado no debate da mesa de negociações com a Caixa, que está ocorrendo na tarde desta quinta-feira (3). Acompanhe no site do Sindicato os desdobramentos da mesa permanente de negociação.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Saiba o que é isenção fiscal que custa R$ 860 bi em impostos que ricos não pagam
- Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
- Saúde não é privilégio, é direito! Empregados de Catanduva e região vão à luta contra os ataques ao Saúde Caixa
- Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
- Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
- Dia Nacional de Luta: Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
- Afubesp denuncia violência contra idosos cometida pelo Santander
- Audiência Pública na Alesp denuncia projeto de terceirização fraudulenta do Santander e os impactos sociais do desmonte promovido pelo banco
- Conheça os eixos temáticos dos debates das conferências regionais e estaduais dos bancários
- Inscrições abertas para o 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Conferência Livre de Mulheres Trabalhadoras da CUT-SP destaca desafios da autonomia econômica feminina no Brasil
- Coletivo Nacional de Segurança Bancária debate propostas para reforçar a proteção nas agências
- Contraf-CUT, Fenaban e Ceert avançam nos debates para o 4º Censo da Diversidade
- Saúde dos bancários em foco: Sindicato participa de seminário sobre NR-1
- Folga assiduidade: bancários têm até 31 de agosto para usufruí-la