09/11/2020
Caixa divulga antecipação do pedido de férias em até três períodos para os empregados

A Caixa divulgou a antecipação do pedido de férias em até três períodos para os empregados. A divisão do período foi negociada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), representando o Sindicato na mesa de negociações durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2020. Já a antecipação é uma reivindicação direta dos trabalhadores. De acordo com o Acordo Coletivo de Trabalho, a Caixa teria até março de 2021 para fazer a implementação.
Em um vídeo divulgado na última quinta-feira (05), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que as demandas foram ouvidas pela Caixa, durante visitas pelo Brasil. "Aqueles pedidos que vocês fazem, nós analisamos, e todos aqueles que sejam matematicamente viáveis, que sejam meritocráticos, nós atendemos", afirmou.
A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, lembra que a cobrança para as férias parceladas foi dos empregados e debatida em mesa de negociação. "Esse avanço no parcelamento foi algo solicitado pelos empregados da Caixa e a Comissão de Empregados fez a reivindicação. Essa questão do Pedro Guimarães dizer que foi matematicamente viável é uma falácia, pois houve uma série de outras coisas, mas que não foram atendidas porque tem custo", afirmou.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, ressalta a importância da notícia, haja vista o banco ter atendido à uma reivindicação antiga dos empregados. Mas, destaca também a necessidade urgente da direção da Caixa atender às solicitações das entidades representativas sobre as condições de trabalho nas agências. "Os empregados da Caixa, sejam aqueles na linha de frente ou que permanecem em home office, estão dando o maior exemplo de compromisso com o país ao atender milhares de trabalhadores durante a pandemia. Estão trabalhando incasavelmente no pagamento do auxílio emergencial e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) emergencial. Entretanto, é inegável também que sem condições apropriadas de trabalho, os empregados estão sobrecarregados e amedrontados pelo risco de contaminação. Reivindicamos que a Caixa tenha como prioridade a questão de proteção contra a Covid-19, o respeito à jornada de trabalho e o fim das metas abusivas", reforça o diretor.
Para a coordenadora da CEE, a questão também vai além do planejamento de férias. “O Pedro Guimarães diz que, agora, os trabalhadores poderão planejar as férias de verão. Mas a questão não é essa. As condições de trabalho estão precárias e quem está nas unidades está trabalhando sem as devidas condições. A direção da Caixa e o governo continuam com a agenda de desmantelar a empresa e está estressando os empregados”.
Novas Contratações
Com um déficit de mais de 17 mil empregados, a Caixa está longe de conseguir novas contratações. A CEE/Caixa e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) vem reivindicando sistematicamente a reposição dos trabalhadores, para assim, melhorar as condições de trabalho dos empregados.
“O Governo tenta, a todo custo, criar justificativa para a reforma. Uma delas é que o Estado brasileiro está inchado, com servidores demais. Mas o que percebemos é um número muito longe de atender a população que mais precisa dos serviços públicos. Tentam sucatear os serviços para justificar o repasse para a iniciativa privada. É o que eles querem”, avaliou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
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