21/10/2020
Entidades representativas questionam plano de abrir capital de área digital da Caixa
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Após o ministro Paulo Guedes anunciar, na terça (20), que o governo planeja abrir o capital do braço digital da Caixa Econômica Federal nos próximos seis meses, o movimento sindical reagiu contra a medida por considerar que a área é estratégica e rentável ao Brasil.
“Querem entregar para o mercado algo que ainda nem existe e que deveria ser mantido nas mãos do país, em benefício principalmente à população mais carente”, afirmou Sérgio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
O braço da Caixa Econômica foi estruturado para o pagamento do Auxílio Emergencial e outros benefícios sociais durante a pandemia do coronavírus. “Na pandemia, digitalizamos 64 milhões de pessoas. Quanto vale um banco que tem 64 milhões de pessoas que foram bancarizadas pela primeira vez e serão leais pelo resto da vida?”, disse o ministro em live com investidores.
"Se o próprio ministro sugere que o banco digital será muito rentável, para que vendê-lo, então? É inacreditável como este governo funciona”, acrescentou Takemoto.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, o governo demonstra estar mais preocupado em garantir lucro à iniciativa privada do que à nação. "A abertura de capital das subsidiárias, da área digital do banco, é uma forma disfarçada, mas ao mesmo tempo muito clara de privatizar a Caixa. É isso que o mercado financeiro quer, e o ministro Paulo Guedes já mostrou estar a serviço desse mercado. Nossa unidade nesse momento é fundamental para mobilizar toda a sociedade contra mais essa medida que vai enfraquecer as ações desenvolvidas pela Caixa e prejudicar o país", ressaltou o diretor.
Em junho do ano passado, o STF decidiu que o governo não pode privatizar estatais (as chamadas “empresas-mães”) sem o aval do Congresso e sem licitação, conforme determina a Constituição. A Corte também entendeu que as subsidiárias não necessitam de permissão do Legislativo para serem vendidas. A Medida Provisória 995/2020, em vigor desde o dia 7 de agosto, permitiu a venda de unidades vinculadas à Caixa como caminho para a privatização do banco público.
Duas ações na Corte questionam a MP 995 e a venda maquiada de estatais. Tanto a protocolada por seis partidos da oposição (PT, PSOL, PCdoB, PDT, Rede e PSB) quanto a ingressada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pedem a concessão imediata de cautelar para a suspensão dos efeitos da medida provisória e também solicita que o Supremo declare a inconstitucionalidade da MP.
"É preciso também mobilizar amigos e familiares, pois a Caixa é um patrimônio de todos os brasileiros e sua privatização coloca em risco dezenas de políticas públicas fomentadas pela instituição, e que são fundamentais para o desenvolvimento do país. O momento, de constantes ameaças ao banco público e aos seus trabalhadores, exige reação imediata de todos nós. É preciso mobilizar todas as forças para barrar mais esta manobra. Vamos fazer pressão no Congresso e mostrar que não concordamos com esse ataque”, convoca o diretor.
“Querem entregar para o mercado algo que ainda nem existe e que deveria ser mantido nas mãos do país, em benefício principalmente à população mais carente”, afirmou Sérgio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
O braço da Caixa Econômica foi estruturado para o pagamento do Auxílio Emergencial e outros benefícios sociais durante a pandemia do coronavírus. “Na pandemia, digitalizamos 64 milhões de pessoas. Quanto vale um banco que tem 64 milhões de pessoas que foram bancarizadas pela primeira vez e serão leais pelo resto da vida?”, disse o ministro em live com investidores.
"Se o próprio ministro sugere que o banco digital será muito rentável, para que vendê-lo, então? É inacreditável como este governo funciona”, acrescentou Takemoto.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, o governo demonstra estar mais preocupado em garantir lucro à iniciativa privada do que à nação. "A abertura de capital das subsidiárias, da área digital do banco, é uma forma disfarçada, mas ao mesmo tempo muito clara de privatizar a Caixa. É isso que o mercado financeiro quer, e o ministro Paulo Guedes já mostrou estar a serviço desse mercado. Nossa unidade nesse momento é fundamental para mobilizar toda a sociedade contra mais essa medida que vai enfraquecer as ações desenvolvidas pela Caixa e prejudicar o país", ressaltou o diretor.
Em junho do ano passado, o STF decidiu que o governo não pode privatizar estatais (as chamadas “empresas-mães”) sem o aval do Congresso e sem licitação, conforme determina a Constituição. A Corte também entendeu que as subsidiárias não necessitam de permissão do Legislativo para serem vendidas. A Medida Provisória 995/2020, em vigor desde o dia 7 de agosto, permitiu a venda de unidades vinculadas à Caixa como caminho para a privatização do banco público.
Duas ações na Corte questionam a MP 995 e a venda maquiada de estatais. Tanto a protocolada por seis partidos da oposição (PT, PSOL, PCdoB, PDT, Rede e PSB) quanto a ingressada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pedem a concessão imediata de cautelar para a suspensão dos efeitos da medida provisória e também solicita que o Supremo declare a inconstitucionalidade da MP.
"É preciso também mobilizar amigos e familiares, pois a Caixa é um patrimônio de todos os brasileiros e sua privatização coloca em risco dezenas de políticas públicas fomentadas pela instituição, e que são fundamentais para o desenvolvimento do país. O momento, de constantes ameaças ao banco público e aos seus trabalhadores, exige reação imediata de todos nós. É preciso mobilizar todas as forças para barrar mais esta manobra. Vamos fazer pressão no Congresso e mostrar que não concordamos com esse ataque”, convoca o diretor.
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