25/09/2020
Entidades e trabalhadores se mobilizam em campanha contra as demissões no Mercantil

Trabalhadores do Banco Mercantil do Brasil e entidades bancárias de todo o país começam nesta sexta-feira (25) uma campanha contra as demissões de funcionárixs da empresa. O banco anunciou o fechamento das plataformas de serviços em Salvador, Brasília e Recife. A medida provocou, somente este mês, 18 demissões.
O Mercantil descumpre compromisso assumido em negociação de não demitir durante a pandemia. Enquanto desampara dezenas de famílias em meio à crise econômica, o banco acumula lucro de mais de R$ 74 milhões, apenas nos primeiros seis meses de 2020. A campanha será entre xs bancárixs do Mercantil, nas redes sociais e também terá manifestações para denunciar as demissões. Na segunda-feira (28), às 13h, haverá um tuitaço denunciando o banco com a hashtag #MercantilSemCompromisso.
Negociações
Entidades sindicais da categoria bancária se reuniram na terça-feira (22) com a direção do Mercantil do Brasil para cobrar o fim das demissões na empresa. O encontro reuniu representantes do banco, sindicatos, a Federação dos trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
As entidades sindicais reivindicaram que as demissões fossem substituídas pela adesão voluntária à cláusula 62 da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) dos bancários. Essa cláusula trata da requalificação e a realocação de empregados, com o objetivo de aprimoramento técnico. O banco negou o pedido para o cancelamento das demissões. Argumentou que o fechamento das plataformas foi ocasionado pelo baixo retorno financeiro e que o foco principal do Banco se concentra nas praças em que saiu vitorioso nos leilões de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS.
As entidades sindicais reivindicaram a extensão até 31 de dezembro deste ano do acordo ao conquistado junto ao Ministério Público do Trabalho/MG. O acordo concede aos bancários demitidos uma série de benefícios. Entre eles está o pagamento de indenização aos demitidos a partir de R$ 2.500,00, além de R$ 1.000,00 do vale alimentação. Outro benefício é a ampliação da assistência médica hospitalar e do plano odontológico por mais seis meses, sem prejuízo aos prazos garantidos e determinados pela CCT, além da prorrogação pelo mesmo período do seguro de vida.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Audiência pública na Alesp expõe gestão adoecedora dos bancos
- Trabalhadores debatem futuro da Caixa
- Exploração sem limites: Sindicato vai às ruas denunciar a política desumana do Santander
- Coletivos estaduais de bancos públicos e privados se reúnem nos dias 7 e 8 de agosto
- Lucro do Santander cresce às custas dos trabalhadores e do fechamento de agências
- Bradesco lucra R$ 11,9 bilhões no 1º semestre de 2025 e segue fechando agências e postos de trabalho
- Saiba quanto você vai economizar todo mês com as novas faixas de isenção do IR
- Decisão do BC em manter juros em 15% expõe brasileiros a endividamentos e não combate inflação
- Reivindicação histórica: trabalhadores de bancos incorporados poderão migrar para a Cassi e Previ
- Negociações avançam e Mercantil reduz meta da PLR 2025 em resposta à COE
- Novo aulão do tira-dúvidas da Rede do Conhecimento explica como a “Super Quarta” pode impactar seu bolso
- EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - Cooperativas de Crédito
- Bancários de Catanduva e região têm representante finalista no 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Oficina de Formação da Rede UNI Mulheres reforça o cuidado como pilar da ação sindical e da igualdade de gênero
- Bancárias e bancários realizarão 27ª Conferência Nacional em agosto